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Tudo sobre os efeitos colaterais da cetamina no tratamento da depressão
Publicado em: 05 de maio de 2025

Atualizado em: 05 de maio de 2025

Tudo sobre os efeitos colaterais da cetamina no tratamento da depressão

Os efeitos colaterais da cetamina são um alerta importante para quem utiliza ou considera esse medicamento. 

Originalmente desenvolvida como anestésico, a cetamina é hoje empregada no tratamento da depressão resistente, mas seu uso exige cautela. 

Isso porque, embora promova efeitos rápidos no cérebro, já que atua nos receptores de glutamato, os seus riscos não podem ser ignorados. 

Entre os principais perigos dos efeitos colaterais da cetamina estão alucinações, dependência e complicações cardiovasculares. 

Além disso, seu efeito, que pode durar horas, varia conforme a dose e o organismo. 

Neste texto, explicamos o que é a cetamina, como ela age no cérebro, para quem é indicada, seus riscos, contraindicações e a duração dos seus efeitos no organismo.

O que é cetamina?

A cetamina (ou ketamina) é um anestésico potente, usado para sedação e alívio de dores intensas, que inicialmente foi desenvolvida para cirurgias, mas hoje também é aplicada no tratamento de depressão grave em baixas doses.

Além disso, fora do ambiente médico, ela é usada ilegalmente como droga recreativa por causar efeitos alucinógenos e sensação de “desligamento” da realidade. 

Sua ação é única: combina sonolência, redução da dor e perda temporária de memória, algo que outras drogas não fazem simultaneamente.

No entanto, seu uso exige cuidado, pois os efeitos colaterais da cetamina são graves e o medicamento pode causar dependência quando mal administrado.

Para que é indicado a cetamina?

A cetamina é indicada principalmente para tratar casos graves de depressão profunda que não melhoram com outros medicamentos, como a depressão resistente unipolar e bipolar. 

Em muitos pacientes, os efeitos aparecem rapidamente, o que ajuda também em situações de crise, como pensamentos suicidas.

Além disso, pode ser usada no início do tratamento da depressão, até que os antidepressivos tradicionais comecem a agir.

No mais, ela é útil no controle de dores agudas, como as do pós-operatório.

Porém, seu uso deve ser rigorosamente controlado, pois, embora eficaz, os efeitos colaterais da cetamina são intensos, principalmente quando mal administrada. 

Como age a cetamina no cérebro?

A cetamina age no cérebro de forma diferente dos antidepressivos comuns, pois em vez de aumentar serotonina ou dopamina, ela bloqueia um receptor chamado NMDA, ligado ao sistema glutamatérgico — responsável pela excitação dos neurônios.

Na prática, esse bloqueio ajuda a reduzir a dor e melhorar o humor.

A substância também estimula a criação de novas conexões entre os neurônios, o que ajuda a recuperar áreas do cérebro afetadas pela depressão grave.

Como a cetamina ajuda na depressão?

No tratamento da depressão, a cetamina ajuda a aliviar sintomas desta condição em horas ou dias, como pensamentos suicidas e ansiedade severa.

Ela funciona tão rápido porque diferente dos antidepressivos tradicionais, que atuam na serotonina ou dopamina, a cetamina age no glutamato, para estimular a regeneração de conexões cerebrais danificadas pela depressão.

Isso explica seu efeito quase imediato em muitos pacientes.

Uma pesquisa publicada no Journal of Clinical Psychiatry (2022) acompanhou 424 pacientes com depressão resistente tratados com infusões de cetamina. Em apenas 6 semanas:

  • 50% tiveram melhora significativa;
  • 20% apresentaram redução nos sintomas depressivos;
  • metade dos pacientes com ideação suicida melhoraram.

Apesar dos resultados promissores, o tratamento deve ser feito sob supervisão médica, já que os efeitos colaterais da cetamina são severos.

cetamina efeitos colaterais

Quais são os efeitos colaterais da cetamina?

Os efeitos colaterais da cetamina podem incluir:

  • agitação;
  • alucinações;
  • aumento da pressão intraocular;
  • comportamento irracional;
  • clônus (contrações musculares involuntárias) temporário;
  • confusão mental;
  • delírio;
  • êmese (vômitos);
  • excitação;
  • hiperreflexia;
  • hipersalivação;
  • hipertonicidade muscular;
  • irritação temporária na pele;
  • sensação de estar desconectado do próprio corpo;
  • sentir como se estivesse sonhando.

Reforçamos que os efeitos colaterais da cetamina podem surgir logo, durante ou após a aplicação, especialmente quando administrada por via intravenosa em doses subanestésicas. 

E embora muitos desses efeitos sejam leves e passem rapidamente, é importante conhecê-los, já que a cetamina também pode provocar alterações mais intensas no funcionamento do corpo e da mente. 

Quanto tempo dura o efeito da cetamina?

A duração dos efeitos da cetamina varia conforme a forma de uso:

  • via intravenosa (injeção na veia): 30 a 45 minutos (pico rápido, mas efeito passageiro);
  • via intranasal (inalada): 45 a 60 minutos (absorção mais lenta que a intravenosa);
  • via oral (comprimidos/líquido): 1 a 2 horas (tempo maior, porém com menor intensidade).

Embora os efeitos colaterais da cetamina que são psicodélicos (como dissociação e alucinações) desaparecem em poucas horas, os benefícios antidepressivos podem durar dias ou semanas após a aplicação médica controlada.

Mas atenção: o uso recreativo pode prolongar ou intensificar os efeitos, mas aumenta os riscos de colaterais graves. 

Já o tratamento médico deve sempre ser acompanhado por um profissional.

cetamina efeitos colaterais

Quem não pode usar cetamina?

A cetamina é contraindicada para:

  • pessoas com pressão alta descontrolada;
  • portadores de insuficiência cardíaca grave;
  • pacientes com histórico de avc ou aneurisma;
  • indivíduos com arritmias cardíacas significativas;
  • pessoas em crise psicótica ou com esquizofrenia ativa;
  • portadores de glaucoma (aumenta pressão ocular);
  • pacientes com hemorragia intracraniana;
  • alérgicos à cetamina ou componentes da fórmula;
  • usuários recentes de álcool ou drogas depressivas;
  • alcoolistas crônicos;
  • gestantes (só com acompanhamento médico rigoroso);
  • lactantes (risco para o bebê);
  • pacientes com tireotoxicose não controlada;
  • portadores de porfiria aguda.

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Conclusão

A cetamina é uma alternativa eficaz no tratamento da depressão resistente, já que proporciona alívio rápido dos sintomas e promove a regeneração neuronal. 

No entanto, seu uso exige acompanhamento médico devido aos potenciais efeitos colaterais da cetamina, como alucinações, agitação e aumento da pressão ocular. 

Além disso, a duração do efeito varia conforme a forma de administração. 

E embora seja promissora no tratamento de depressão grave e crise suicida, a cetamina deve ser usada com cautela, principalmente em pessoas com condições específicas de saúde. 

No mais, se você busca um tratamento especializado e personalizado, nós, da Clínica Hospitalar Recanto, oferecemos acompanhamento com equipe qualificada. 

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