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Epidemia de drogas injetáveis: Combate necessário

Atualmente, no Brasil e no mundo, existe uma grande variedade de drogas, cada uma com formas específicas de uso e efeitos distintos. Nesse contexto, as drogas injetáveis apresentam riscos elevados, com impactos diretos na dependência, nas comorbidades e no tratamento. Por isso, este texto aborda suas interações com outras substâncias, consequências psicossociais e possibilidades terapêuticas.

O que são as drogas injetáveis?

De modo geral, as drogas injetáveis entram diretamente na corrente sanguínea, principalmente por via intravenosa, mas também podem ser usadas por vias subcutânea ou intramuscular. Assim, produzem efeitos mais rápidos e intensos. Além disso, muitas pertencem ao grupo dos opioides, originalmente derivados da papoula do ópio.

Tipos de drogas injetáveis

Mostrar alguns tipos de drogas que podem ser injetáveis

São diversos os tipos de drogas injetáveis, ilícitas ou lícitas. A heroína, por exemplo, está entre as ilícitas e é considerada um opióide. Sendo classificada como a segunda droga mais prejudicial do mundo para os usuários, segundo um estudo do Comité Científico Independente sobre Drogas do Reino Unido, a heroína é uma droga de fácil dependência. 

Outro exemplo de droga ilícita é a cocaína. É comum o conhecimento de seu uso na forma de inalação, mas em casos de injeção direto na veia, ela é misturada com a heroína para um efeito mais potente. 

Um exemplo de droga medicamentosa que pode levar à dependência é a codeína, medicamento da família da morfina. Este medicamento é indicado para tratamento de dor leve e moderada a intensa e para alcançar esse efeito terapêutico, a codeína funciona como um inibidor do SNC (Sistema Nervoso Central), diminuindo a liberação de neurotransmissores que causam dor. 

Sintomas causados pelo uso de drogas injetáveis

Com o uso contínuo, os sinais de dependência tornam-se mais evidentes, sobretudo para profissionais de saúde. No comportamento, surgem alterações como impulsividade, agressividade, instabilidade emocional, prejuízo do julgamento e redução da coordenação motora. Fisicamente, exames podem indicar alterações como náuseas, vômitos, sonolência, insônia, aceleração cardíaca e respiratória, além de possíveis prejuízos sensoriais.

Riscos associados ao uso das drogas injetáveis

  Os riscos referentes ao uso de drogas injetáveis vão além de seus efeitos. Problemas relacionados ao uso são recorrentes e causam comorbidades secundárias, como danos físicos e a ocorrência de transtornos mentais, como a esquizofrenia, por exemplo. 

Além disso, o uso de drogas injetáveis traz riscos físicos importantes. Substâncias adulterantes adicionadas à droga aumentam a chance de complicações cardíacas, prejuízos visuais e perda auditiva, potencializando ainda mais os danos ao organismo.

Outro risco válido, por exemplo, é relacionado ao compartilhamento de agulhas e seringas. Esta ação traz o risco de adquirir comorbidades referentes à infecções por vírus e bactérias, como a transmissão de hepatite C e B e o vírus HIV (vírus da imunodeficiência humana.)

As drogas injetáveis causam dependência?

Como a aplicação ocorre diretamente na corrente sanguínea, a substância é absorvida quase imediatamente. Assim, provoca alterações rápidas no funcionamento cerebral e no psiquismo, com efeitos mais intensos do que os produzidos por outras vias de uso.

 Com isto, as drogas acionam o sistema de recompensa do cérebro, uma área encarregada de receber estímulos de prazer e transmitir essa sensação para o corpo todo. Esta sensação de prazer e satisfação ocorre instantaneamente fazendo com que o desejo dessas sensações sejam frequentes. 

Diante do exposto, é possível afirmar que drogas injetáveis causam dependência. Esta dependência além de estar relacionada a efeitos químicos no organismo, também tem relação ao uso crônico da droga. 

A importância do apoio familiar

O suporte da família faz com que o adicto sinta segurança em realizar e dar continuidade ao tratamento. Pois, ele tem um porto seguro e sabe que não está sozinho nesta caminhada. Além do apoio, a família se torna uma referência dos pontos positivos da vida do dependente e com isto, ele começa a ter objetivos e metas para sua recuperação e para a sua vida depois do tratamento. 

Profissionais especializados

Para diagnosticar e tratar a dependência química, especialmente o uso de drogas injetáveis, a atuação de uma equipe multidisciplinar é fundamental. Nesse processo, médicos, enfermeiros, psiquiatra, assistente social e psicólogo integram os cuidados clínicos e psicossociais, garantindo um tratamento mais completo.

Como ocorre o diagnóstico de dependência em injetáveis

Demonstrar o apoio médico no momento do diagnóstico

Como já exposto acima, as drogas injetáveis são de fácil absorção pelo organismo causando efeitos físicos e comportamentais. Devido a isto, o diagnóstico é feito a partir de uma avaliação médica  e em algumas vezes o próprio usuário informa a sua dependência. 

Sobre o diagnóstico relacionado ao aspecto físico, a injeção repetida de drogas via intravenosa produz marcas de rastros na pele devido a punção de agulha. A injeção de drogas sob a pele pode causar cicatrizes circulares ou úlceras na pele. A pessoa que usa drogas injetáveis pode tentar justificar outros motivos para as marcas, como doações de sangue frequentes, mordidas de insetos ou outras lesões. A partir de uma avaliação médica é possível identificar estes aspectos. 

Tratamentos Disponíveis

O tratamento para dependência química envolve tanto consultas psicoterapêuticas como  também tratamento clínico. Dando ênfase ao primeiro, é de grande importância o papel do profissional de saúde mental  e a forte presença do apoio familiar. 

Conclusão

Como vimos, o uso e abuso de drogas injetáveis pode causar dependência e comorbidades que causam prejuízos à saúde e vida da pessoa adicta, afetando a sua condição psicossocial.  Por isso, é importante conhecer aspectos físicos e comportamentais referentes ao abuso das drogas para então, ter clareza do melhor tratamento para o usuário.

A internação é uma das opções recomendadas para o tratamento e o Grupo Recanto possui uma estrutura completa, formada por profissionais de diversas áreas que trabalham em conjunto para melhorar a qualidade de vida e a estabilização do quadro de cada paciente.

NÓS LIGAMOS PARA VOCÊ

Fabrício Selbmann é psicanalista, palestrante sobre Dependência Química e diretor da Recanto Clínica Hospitalar – rede de três clínicas de tratamento para dependência química e saúde mental, referência no Norte e Nordeste nesse segmento.

Especialista em DependênciaQuímica pela UNIFESP, pós-graduado em Filosofia | Neurociências | Psicanalise pela PUC-RS, além de especialização na Europa sobre o modelo de tratamento Terapia Racional Emotiva (Minessota).

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