O impacto das drogas na família é um tema que toca profundamente a vida de muitas pessoas e gera dor, conflitos e transformações difíceis.
Afinal, quando um ente querido se envolve com substâncias químicas, toda a estrutura familiar é abalada, e marcas emocionais, psicológicas e até financeiras são deixadas dentro do lar.
Mas o que leva alguém a usar drogas?
São vários os fatores, desde influências sociais até problemas emocionais não resolvidos.
As consequências, porém, vão muito além do indivíduo: pais, filhos e cônjuges sofrem com a desconfiança, o medo e a sensação de impotência.
Ainda assim, é possível minimizar esse impacto.
E é isso que vamos mostrar a você ao longo deste artigo, provando que com diálogo, apoio profissional e muito amor, as famílias podem encontrar caminhos para reconstruir laços e superar juntas esse desafio.
Quais as consequências das drogas?
Entre as principais consequências das drogas para o usuário, podemos citar:
- danos à saúde física: drogas como cocaína e metanfetamina elevam a pressão arterial e sobrecarregam o sistema cardiovascular, enquanto inalantes causam doenças pulmonares crônicas;
- comprometimento mental: alterações cognitivas, depressão, ansiedade e surto psicótico são frequentes, especialmente com drogas alucinógenas;
- dependência química: o corpo desenvolve tolerância, logo, exige doses maiores para obter o mesmo efeito, enquanto a abstinência provoca sintomas físicos (tremores, náuseas) e psicológicos (ansiedade, fissura);
- ruptura familiar: conflitos conjugais, abandono de responsabilidades e violência doméstica são comuns, além disso, filhos de dependentes químicos têm maior risco de desenvolver problemas emocionais e comportamentais;
- riscos sociais: perda de emprego, isolamento, envolvimento com criminalidade e acidentes (como dirigir intoxicado) são frequentes.
O impacto das drogas na família: como ela afeta o convívio
O impacto das drogas na família envolve desde conflitos constantes, preocupações e isolamento social até sobrecarga emocional, financeira e medo da violência e da morte.
Abaixo, entenda mais sobre cada impacto das drogas na família.
Conflitos e quebra de confiança
Quando uma pessoa começa a usar drogas, as mudanças de comportamento podem ser drásticas.
Mentiras, promessas não cumpridas e furtos dentro de casa tornam-se comuns.
Neste cenário, é comum que o dependente comece a vender objetos da família para sustentar o vício, o que gera brigas e tensão entre os familiares.
Preocupação constante e sensação de impotência
Além dos conflitos, um impacto das drogas na família é a preocupação diária com a segurança e o bem-estar do familiar dependente.
Por exemplo, em entrevista ao G1 sobre o assunto, Érica Fidelis, curitibana e analista de tecnologia da informação, contou que o irmão fez uso de drogas ilícitas por quatro anos.
Para ela, o período foi marcado pela preocupação constante, pois ele chegou a ser esfaqueado e ameaçado de morte por traficantes.
O risco era tão grande que a família decidiu se mudar para tentar proteger a própria segurança.
Isolamento social da família
Muitas vezes, por medo do julgamento da sociedade ou da exposição dos problemas, a família se fecha.
Neste exemplo de o impacto das drogas na família, evita-se receber visitas, comparecer a eventos sociais e até se relacionar com vizinhos.
Sobrecarga emocional e financeira
O tratamento da dependência química exige tempo, dedicação e dinheiro.
A família muitas vezes precisa arcar com internações, terapias e medicamentos, além de lidar com o desgaste emocional.
Em casos assim, é comum um pai ou mãe se desdobrar em dois empregos para pagar a reabilitação do filho, além de parentes próximos, como irmãos, entrarem em depressão profunda.
Medo da violência e da morte
O impacto das drogas na família está altamente atrelado a ligação com o tráfico ou o uso de substâncias pesadas, que expõe todos a riscos.
Aqui, além das ameaças, como no caso do irmão de Érica, há o pavor de overdoses ou mortes violentas.
Ou seja, famílias vivem sob constante alerta, sem saber se o ente querido voltará para casa.
Como diminuir o impacto das drogas na família?
Para diminuir o impacto das drogas na família, é preciso buscar apoio especializado, estabelecer limites com acolhimento, considerar a internação em casos graves e cuidar da saúde mental da família.
Abaixo, veja como fazer tudo isso!
Busque informação e apoio especializado
Entender que a dependência química é uma doença é o primeiro passo.
Com isso em mente, a família precisa buscar orientação com psicólogos, assistentes sociais e grupos de apoio para agir com mais empatia e estratégia.
Estabeleça limites com acolhimento
É fundamental impor regras claras em casa, mas sem agressões ou exclusão.
O acolhimento, mesmo com firmeza, ajuda a manter o vínculo e favorece a recuperação.
Considere a internação em casos graves
No caso de Érica, citada em entrevista ao G1, a solução veio com a internação compulsória do irmão — uma medida extrema, mas necessária quando há risco à vida.
“Entendi que isso, sem dúvidas, se trata de um problema de saúde mental. Então, não adianta bater, brigar, mandar embora de casa, porque nem eles sabem o que tão fazendo”, afirmou.
Leia também: Quem pode pedir internação compulsória? Saiba agora!
Cuide da saúde mental da família
Todos os membros da família precisam de suporte emocional.
Aqui, tenha em mente que a dor compartilhada se torna mais leve quando enfrentada com apoio profissional.
Quando e onde buscar ajuda especializada?
Ao perceber sinais graves de dependência química, busque ajuda o quanto antes.
E para isso, conte com a Clínica Hospitalar Recanto, que oferece tratamento humanizado, com equipe especializada, acolhimento e abordagem personalizada.
Em nosso espaço, cada paciente é tratado com ética e respeito, em um ambiente estruturado e seguro.
Conclusão
O impacto das drogas na família é devastador, uma vez que afeta relações, saúde e segurança.
Como vimos, a dependência química causa danos físicos, mentais e sociais, além de gerar conflitos familiares profundos.
No entanto, a recuperação é possível com informação, apoio profissional e tratamento especializado.
O exemplo de Érica, que encontrou solução na internação compulsória do irmão, mostra como intervenções estruturadas podem salvar vidas.
Então, se você enfrenta essa situação, não espere a crise se agravar.
E lembre-se que a Clínica Hospitalar Recanto oferece tratamento humanizado, que combina terapias eficazes e suporte integral para dependentes e familiares.
Com equipe especializada e estrutura acolhedora, é possível reconstruir laços e recuperar a qualidade de vida.
Dê o primeiro passo: busque ajuda hoje mesmo e permita que sua família renasça.
Fabrício Selbman é Diretor do Grupo Recanto, rede de três clínicas de tratamento de dependentes químicos referência no Norte e Nordeste nesse segmento, e também é:
- Formado em marketing e pós-graduado em gestão empresarial;
- Especialista em Dependência Química pela UNIFESP. Especialização na Europa sobre o modelo de tratamento Terapia Racional Emotiva (TRE);
- Psicanalista pela Associação Brasileira de Estudos Psicanalíticos do Estado de Pernambuco (ABEPE);
- Professor de Especialização na Associação Brasileira de Estudos Psicanalíticos do Estado de Pernambuco (ABEPE);
- Diretor do Grupo Recanto, rede de três clínicas de tratamento de dependentes químicos referência no Norte e Nordeste nesse segmento.