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Esperança e caminhos para quem vive com depressão resistente

Depressão resistente é um termo que assusta, especialmente quando se percebe que, mesmo após meses ou anos de tratamento, a pessoa continua enfrentando sintomas intensos e recaídas constantes. 

Para quem convive com alguém nessa condição, a sensação é de impotência e frustração, como se nada fosse suficiente para aliviar a dor do outro.

Mas entender o que significa depressão resistente, suas causas e as possibilidades de tratamento traz mais clareza e acolhimento.

Siga conosco para isso!

O que é depressão resistente?

A depressão resistente, também chamada de depressão refratária, é um subtipo de depressão que não melhora mesmo após várias tentativas de tratamento com antidepressivos e terapia.

Ou seja, ela persiste com sintomas intensos, como desesperança, fadiga extrema e pensamentos suicidas, o que prejudica a qualidade de vida do paciente.

Um dado importante sobre essa condição é que apesar de existirem várias terapias com medicamentos e tratamentos psicológicos eficazes para o distúrbio, em uma parcela dos portadores, entre 10% e 30%, elas fazem pouco ou nenhum efeito, segundo dados da OMS.

“É importante notar que a depressão refratária não é um sinal de fraqueza ou falta de força de vontade, mas sim uma indicação de que tratamentos regulares não estão funcionando e outras terapias mais intensivas podem ser necessárias”, afirma o psiquiatra André Brunoni, professor da USP e coordenador do Serviço de Neuromodulação do IPq em entrevista.

O que causa a depressão resistente?

Assim como a depressão comum, a resistente não tem uma única causa definida, ou seja, ela surge de uma combinação de fatores biológicos, psicológicos e ambientais que, juntos, dificultam a resposta aos tratamentos convencionais.

Acredita-se que o estresse crônico desempenha um papel importante, pois ele desregula o eixo HPA (hipotálamo-hipófise-adrenal), um sistema essencial para o controle do estresse no corpo. 

Então, quando esse mecanismo falha, a depressão se torna mais persistente e difícil de tratar. 

Além disso, fatores como genética, alterações na química cerebral, traumas não resolvidos e até inflamações crônicas costumam contribuir para que a doença resista às terapias padrão.

Portanto, não se trata de uma simples “falta de melhora”, mas de um quadro complexo que exige abordagens mais específicas e, muitas vezes, combinadas.

Sinais da depressão resistente

Este tipo de depressão compartilha muitos sintomas com a depressão profunda, como tristeza, perda de interesse em atividades prazerosas, insônia ou excesso de sono, dificuldade de concentração e alterações no apetite. 

No entanto, o que a diferencia é a falta de resposta aos tratamentos convencionais, mesmo após várias tentativas.

Neste sentido, alguns sinais de alerta incluem:

  • ausência de melhora mesmo após o uso de dois ou mais antidepressivos diferentes (por pelo menos 8 semanas cada);
  • melhora temporária, seguida de recaídas frequentes, como se os remédios perdessem efeito rapidamente;
  • sintomas mais intensos e duradouros do que em episódios depressivos comuns;
  • anedonia (incapacidade de sentir prazer) mais acentuada, o que torna até pequenas tarefas esgotantes;
  • desesperança e frustração por não ver progresso, o que piora ainda mais o estado emocional;
  • maior risco de pensamentos suicidas, já que a persistência dos sintomas gera um sentimento de impotência.

Leia também: Pensamento suicida: o que fazer, quando, onde e como buscar ajuda?  

Diagnóstico da depressão resistente

Geralmente, o diagnóstico é feito quando pelo menos dois antidepressivos diferentes (de classes como ISRSs, IRSNs, bupropiona ou mirtazapina) foram testados por 6 a 8 semanas cada, sem resultados significativos.

Mas, antes de confirmar o caso, o psiquiatra fará uma avaliação detalhada, que inclui:

  • revisão de todos os medicamentos e suplementos em uso, já que alguns costumam interferir no tratamento;
  • verificação da adesão ao tratamento (se os remédios foram tomados corretamente);
  • análise da resposta à psicoterapia e se outras abordagens foram tentadas;
  • investigação de condições físicas que geralmente pioram a depressão, como hipotireoidismo ou dor crônica
  • exclusão de outros transtornos mentais, como bipolaridade ou transtornos de personalidade, que exigem tratamentos diferentes.

Só após essa análise cuidadosa é possível confirmar se a depressão é resistente e buscar alternativas mais direcionadas. 

O importante é entender que não responder aos antidepressivos convencionais não significa que não há solução, apenas que o caminho precisa ser ajustado.

Tratamentos da depressão resistente

Este tipo de depressão parece uma batalha sem fim, mas existem opções terapêuticas que oferecem novas possibilidades de recuperação, sejam elas farmacológicas ou terapêuticas. Veja abaixo quais são elas.

Estratégias farmacológicas personalizadas

Quando os medicamentos padrão não funcionam, os psiquiatras exploram diferentes combinações e dosagens. 

Isso inclui:

  • aumentar gradualmente a dose de um antidepressivo;
  • tentar medicamentos de classes diferentes;
  • associar substâncias que potencializam o efeito antidepressivo, como certos estabilizadores de humor ou antipsicóticos atípicos.

Estimulação Magnética Transcraniana (EMT)

Esta técnica não invasiva usa campos magnéticos para estimular áreas cerebrais envolvidas no humor. 

A EMT é particularmente indicada quando os medicamentos não surtem efeito, pois oferece uma alternativa sem os efeitos colaterais dos remédios. 

Neste método, as sessões são realizadas em ambulatório e não requerem internação.

Estimulação do nervo vago

Através de um pequeno dispositivo implantado, essa terapia envia pulsos elétricos suaves ao nervo vago, que está ligado a regiões cerebrais responsáveis pelo humor. 

Com o tempo, é possível reduzir sintomas depressivos em pacientes que não responderam a outros tratamentos.

Eletroconvulsoterapia (ECT)

Apesar do estigma, a ECT moderna é segura e realizada sob anestesia. 

Considerada um dos tratamentos mais eficazes para depressão refratária/resistente, especialmente em casos graves com risco de vida, ela promove rápidas melhoras na maioria dos pacientes.

Terapias com Ketamina e Esketamina

A ketamina, administrada em doses controladas, alivia rapidamente sintomas depressivos graves, como pensamentos suicidas. 

Já a esketamina, sua versão em spray nasal, foi aprovada para casos resistentes, pois proporciona uma nova opção quando outros tratamentos falharam.

No entanto, reforçamos que o uso indevido dessas substâncias pode trazer sérios riscos à saúde. 

Por isso, busque acompanhamento com um médico especializado para garantir segurança e eficácia no tratamento.

Acompanhamento psicoterapêutico contínuo

Embora a psicoterapia sozinha possa não resolver essa depressão, técnicas como a terapia cognitivo-comportamental permanecem como aliadas importantes no tratamento.

Isso porque ela ajuda o paciente a desenvolver estratégias para lidar com os sintomas e prevenir recaídas.

Como a Clínica Hospitalar Recanto pode ajudar você

Conosco, você e sua família encontram um cuidado completo para a depressão resistente. 

Nossa equipe multidisciplinar, com psiquiatras, psicólogos e terapeutas, oferece tratamentos personalizados, desde reajustes medicamentosos até terapias intensivas em um ambiente acolhedor. 

Por aqui combinamos abordagens inovadoras com suporte contínuo para resgatar a qualidade de vida, passo a passo. Você não está sozinho nessa jornada.

Entre em contato com a Clínica Hospitalar Recanto e saiba como podemos ajudar na sua jornada de cuidado e recuperação.

Conclusão

A depressão resistente é complexa, mas não insuperável. Como vimos, ela vai além da tristeza comum, é uma condição que persiste mesmo após múltiplos tratamentos, por isso necessita de abordagens personalizadas. 

Desde ajustes medicamentosos até terapias inovadoras como EMT, ECT e esketamina, existem caminhos para recuperar a qualidade de vida. 

Neste cenário, o diagnóstico cuidadoso e o suporte multidisciplinar são essenciais para encontrar a estratégia certa.

No mais, se você ou alguém próximo enfrenta essa batalha, lembre-se: a falta de resposta aos tratamentos convencionais não é culpa do paciente, mas um sinal de que é hora de buscar alternativas especializadas. 

E na Clínica Hospitalar Recanto, oferecemos um ambiente acolhedor e tratamentos integrados para ajudar você a reencontrar a esperança. 

Você não está sozinho nessa jornada.

Fabrício Selbmann é psicanalista, palestrante sobre Dependência Química e diretor da Recanto Clínica Hospitalar – rede de três clínicas de tratamento para dependência química e saúde mental, referência no Norte e Nordeste nesse segmento.

Especialista em DependênciaQuímica pela UNIFESP, pós-graduado em Filosofia | Neurociências | Psicanalise pela PUC-RS, além de especialização na Europa sobre o modelo de tratamento Terapia Racional Emotiva (Minessota).

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