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Da decisão judicial à clínica: entenda como funciona internação compulsória

Atualmente, entender como funciona a internação compulsória é urgente para famílias que convivem com dependentes químicos sem percepção de saída.

Talvez você já tenha presenciado crises violentas, tentativas de suicídio ou até situações de risco com a justiça. 

Sabemos que nesses casos, a sensação de impotência é devastadora.

Mas a internação compulsória apresenta-se como uma esperança nessas situações em que a pessoa perdeu totalmente o controle sobre suas ações e recusa tratamento.

Não se trata de forçar algo contra a vontade, mas de intervir quando a doença já tomou a capacidade de decidir.

Neste texto, vamos explicar a você de forma clara como esse processo funciona na prática, desde a avaliação médica até a decisão judicial. Você vai entender:

  • quando a lei permite essa medida;
  • quem pode solicitá-la;
  • como ocorre o acompanhamento;
  • o papel crucial da família.

Vamos te ajudar a entender os caminhos para proteger quem você ama.

O que é internação compulsória? 

Nesse contexto, um juiz determina a internação compulsória quando considera que a pessoa, sem tratamento, representa risco à própria saúde ou à sociedade.

Para tomar a decisão é necessário laudo de um médico, geralmente um psiquiatra, para basear a decisão do juiz.

Nesse laudo consta dados sobre a saúde física e mental da pessoa, bem como os riscos que ele representa.

O que a legislação brasileira diz sobre a internação compulsória?

Desde 2001, a internação compulsória é permitida no Brasil, pela Lei nº 10.216, mas foi em 2019 que o tema ganhou mais destaque com a Lei nº 13.840.

Essa lei alterou a política nacional sobre drogas (Lei nº 11.343/2006) e trouxe mudanças importantes, como:

  • reconhecimento da internação compulsória como instrumento possível no tratamento de dependência química, desde que haja indicação médica, e que não existam alternativas menos invasivas;
  • inclusão das comunidades terapêuticas e clínicas de reabilitação no SISNAD (Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas), o que permite que essas instituições recebam pacientes para esse tipo de internação, desde que tenham a estrutura adequada e comprovada para isso.

Quando a internação compulsória é indicada?

A Justiça pode determinar a internação compulsória em casos de comportamento agressivo, crimes para sustentar o vício, tentativas de suicídio ou abandono prolongado do lar.

Entenda essas e outras razões na sequência. 

Comportamento agressivo

O comportamento agressivo em dependentes químicos é algo presente, principalmente quando o dependente está sob efeitos da abstinência, em que o corpo pela carência da droga gera irritabilidade e agressividade.

Mas também costuma ser característico da própria dependência, que lentamente deteriora os aspectos da vida da pessoa e exacerba os piores aspectos do indivíduo.

Então, quando esse comportamento agressivo está exacerbado e gerou conflitos, agressões, destruições, mutilações, faz-se necessário que tenha uma intervenção, pois em muitos desses casos já se causaram danos a si e aos outros.

Comete crimes para sustentar o vício

É comum que para sustentar o vício, a pessoa comece a roubar e furtar, o que em muitos casos leva à agressão e até assassinato para conseguir o que quer.

O mais comum é que para se sustentar a pessoa rouba para poder vender os bens roubados para comprar a droga.

E na prática, esses crimes só tendem a aumentar à medida que a necessidade de consumo da substância aumente.

E tais crimes não se resumem a pessoas desconhecidas, o dependente geralmente vende seus bens pessoais, bem como de amigos e da família para conseguir o que quer, tudo para suprimir sua vontade.

Portanto, em casos assim, é preciso buscar por como funciona internação compulsória rápida e bem feita, para que possa recuperá-lo.

Tentativas de suicídio

Algumas drogas psicoativas tem efeito depressor e que quando usadas em excesso desencadeiam transtornos depressivos que levam a tentativas de suicídios.

Outras drogas estimulantes e alucinógenas também podem causar transtornos depressivos devido aos traumas, perdas e contextos vividos para manter o uso.

As tentativas de tirar sua vida, demonstram que a pessoa está em grande sofrimento e precisa urgentemente aliviá-lo e droga não é mais uma saída, se não for tratada com urgência um dia a tentativa terá êxito.

Permanece dias fora de casa

Quando a dependência química já está enraizada, é uma atitude comum que muitos dependentes passem dias na rua antes de voltar para a casa.

Nesse meio tempo eles fazem os mais variados tipos de atividade, desde furtos e serviços para o traficoaté ter passado dias sob efeito da droga.

Esse tipo de comportamento demonstra que a pessoa já está totalmente imersa nesse mundo e entregue as drogas.

Aqui, é um caso urgente de busca por como funciona a internação compulsória e agir para que a intervenção seja feita. 

Mudança brusca de comportamento

Mudanças drásticas ou bruscas de comportamento são sintomas da dependência química, uma doença que deteriora os aspectos sociais, morais, psicológicos e biológicos de uma pessoa.

Na prática isso modifica seus comportamentos, já que agora a pessoa pensa diferente, e tudo gira em torno da droga.

Logo, os seus comportamentos se adaptaram para que o corpo tenha acesso a substância da droga.

Isso torna a pessoa em um ser humano que gradualmente muda, até começar a agir como se realmente fosse outra pessoa e faz até coisas que antes abominava ou não faria sob circunstância normal para conseguir o prazer da droga.

Casos graves de dependência química

Quando a dependência química atinge níveis tão intensos que a pessoa coloca a própria vida ou a de outras pessoas em risco, a internação compulsória deve ser considerada. 

Isso inclui surtos, comportamentos extremos e a total perda de autonomia sobre suas escolhas. 

Nesses casos, o uso da substância deixa de ser uma questão individual e passa a afetar profundamente o ambiente, as relações e até a segurança. 

O objetivo aqui é se aprofundar em como funciona internação compulsória, não para punir, e sim proteger e garantir um tratamento digno.

Quando não há adesão voluntária ao tratamento 

A internação compulsória geralmente é indicada quando a pessoa recusa qualquer tipo de ajuda, mesmo diante de um quadro evidente de sofrimento mental ou dependência severa. 

Isso acontece muito quando a negação faz parte da doença (e infelizmente, é mais comum do que se imagina.)

Nestes casos, quando todas as tentativas de convencimento falham, a família e os profissionais de saúde recorrem à Justiça para garantir que o paciente receba o cuidado que precisa. 

É uma medida extrema, mas pensada para proteger vidas.

Como funciona a internação compulsória?

Para que você entenda como é feita a internação compulsória, abaixo listamos todos passos, desde a identificação do quadro clínico e avaliação médica, até a emissão de laudo técnico, pedido judicial, análise e decisão do juiz, encaminhamento para clínica e acompanhamento.

Identificação do quadro clínico

O processo de como funciona internação compulsória começa com a observação de comportamentos que indicam risco à vida ou à saúde mental da pessoa. 

Isso pode ser feito por familiares, profissionais da saúde ou órgãos públicos. 

Aqui, o sofrimento psíquico extremo, a recusa total ao tratamento e a perda de autonomia são sinais de alerta. 

A partir destes sinais, é iniciado o processo de busca por ajuda especializada.

Avaliação médica especializada

Um médico psiquiatra, ou equipe de saúde mental, faz uma análise completa do estado da pessoa na segunda fase da internação compulsória.

Isso inclui entrevistas, histórico clínico e observação do comportamento atual. 

Neste momento, o objetivo é entender se há risco iminente à vida ou se a pessoa está incapaz de tomar decisões. 

Destacamos que é essa avaliação que vai embasar os próximos passos.

Emissão de laudo técnico

Após a avaliação, o processo de como funciona internação compulsória segue com um médico que elabora um laudo técnico com base nos critérios legais e clínicos. 

Esse documento comprova que a pessoa se encontra em situação de risco e justifica a internação sem o seu consentimento. 

Na prática, o laudo inclui diagnóstico, recomendações e argumentos que embasam juridicamente o pedido, justamente por isso é fundamental para dar respaldo ao processo.

Pedido judicial

Com o laudo em mãos, é feito o pedido formal à Justiça para autorizar a internação. 

Quem faz esse pedido pode ser o Ministério Público, a família ou um responsável legal. 

O pedido precisa detalhar o caso, anexar documentos e comprovar que outras alternativas foram tentadas. 

Por ser uma medida extrema, exige atenção e provas concretas.

Análise e decisão do juiz

Essa é uma das principais etapas de como funciona internação compulsória, em que o juiz analisa os documentos, escuta os envolvidos e geralmente solicita novas informações antes de decidir. 

É ele quem autoriza (ou não) a internação, sempre pautado pelo direito à saúde e à dignidade humana. 

Essa fase garante que o processo tenha o respaldo legal e proteja os direitos da pessoa internada. 

Encaminhamento para a clínica especializada

Com a autorização judicial, a pessoa é levada para uma clínica autorizada e capacitada para esse tipo de atendimento. 

Como esse é o momento mais aguardado de todo andamento de como funciona internação compulsória, é fundamental que o local tenha estrutura adequada e equipe multidisciplinar. 

Afinal, a escolha da clínica faz toda a diferença no processo de recuperação. 

Aqui na Clínica Hospitalar Recanto, por exemplo, todo acolhimento é feito com ética, segurança e respeito.

Acompanhamento e reavaliações periódicas

Durante a internação, o paciente passa por reavaliações constantes para acompanhar sua evolução. 

O objetivo não é manter a internação por tempo indeterminado, mas garantir que ela dure o tempo necessário. 

Para isso, equipes médicas, psicólogos e assistentes sociais trabalham juntas nesse processo. 

O dependente químico pode receber visitas durante a internação compulsória?

Sim, o interno pode receber visitas, desde que ele queira e que esteja liberado para tal por seu médico que o acompanha, pois há a chance do interno não estar apto para visitas em virtude de alguma atitude ou problema que tenha tido.

Mas, no geral, quando a família e a clínica se comunicam bem, é muito tranquilo para que a família se organize, marque um dia com antecedência para visita e a clínica preparará tudo e avisará o paciente.

Quem pode solicitar a internação compulsória? 

Nesse sentido, médicos, profissionais de saúde, assistentes sociais ou servidores públicos vinculados ao Sisnad podem solicitar a internação compulsória.

Abaixo, veja em quais condições cada um deles pode solicitar a internação:

  • médicos e equipe de saúde: após avaliarem o paciente e emitir um laudo técnico; são os principais responsáveis por entrar com o pedido na Justiça;
  • a família ou responsáveis legais: conseguem acionar o sistema de saúde e a Justiça, mas precisam do laudo médico para comprovar a necessidade;
  • servidores do SISNAD (Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas) : são profissionais vinculados à política antidrogas e conseguem solicitar em casos graves de dependência química;
  • assistentes sociais e Ministério Público: quando há risco comprovado e o paciente não tem apoio familiar, esses profissionais são autorizados a intervir.

Qual a diferença entre internação compulsória e involuntária? 

A internação compulsória exige decisão judicial com base em laudo médico, enquanto a involuntária ocorre por solicitação da família, também com laudo, sem intervenção da Justiça.

Abaixo, visualize melhor suas diferenças entre internação involuntária e voluntária uma tabela comparativa: 

AspectoInternação CompulsóriaInternação Involuntária
Consentimento do pacienteNão há consentimentoNão há consentimento
Quem solicitaMédicos, profissionais da saúde, assistentes sociais ou familiares via JustiçaFamiliares ou responsáveis legais diretamente com a clínica
Necessidade de decisão judicialSim, é obrigatóriaNão, não exige decisão judicial
Necessidade de laudo médicoSimSim
Indicação mais comumCasos graves com riscos para o paciente ou terceirosQuando o paciente não aceita tratamento, mas o caso ainda é manejável
Duração máxima prevista em leiPode ser por tempo indeterminado, conforme avaliação médica e judicialAté 90 dias
Continuidade do tratamentoPode ser estendido conforme necessárioApós 90 dias, exige consentimento do paciente ou mudança para compulsória
Exemplo de uso na Clínica Hospitalar RecantoUsada em casos graves, com quadro clínico comprometidoUsada quando a família percebe os sinais, mas ainda tenta intervir sem via judicial

O papel da família no processo de internação compulsória 

A família não é só quem leva o paciente para a clínica e pronto. Seu papel vai muito além, então, é preciso entender que você, familiar, é parte fundamental do tratamento.

Neste sentido, o que você pode fazer é:

  • Mantenha presença equilibrada: combine visitas para fortalecer a recuperação, não para prejudicá-la.
  • acompanhe a evolução: converse com a equipe (médicos, psicólogos) para entender o progresso e não atrapalhar o processo;
  • respeite o tratamento: seu familiar está em uma fase de mudança radical, então, não insista em comportamentos ou assuntos que o prejudiquem.

Aqui na Clínica Hospitalar Recanto, acreditamos que a recuperação vai além do paciente e envolve toda a família!

Por isso, nos dedicamos a realizar encontros familiares em que oferecemos orientação, apoio e esclarecimento sobre o tratamento da dependência química.

No vídeo abaixo, você tem a chance de ver um pouco do acompanhamento familiar feito em nosso espaço:

Quais são as vantagens do tratamento com internação compulsória? 

Entre as vantagens do tratamento com internação compulsória, citamos:

  • garantia de um ambiente seguro para o paciente, livre de acesso a substâncias ou situações de risco;
  • monitoramento constante da saúde física e mental por profissionais especializados;
  • interrupção imediata do ciclo de uso da substância, o que facilita o início do processo de desintoxicação;
  • possibilidade de diagnóstico mais preciso, com acompanhamento médico diário;
  • desenvolvimento de um plano de tratamento estruturado, com metas e estratégias definidas;
  • proteção da integridade do paciente quando há risco para si ou para terceiros;
  • maior controle sobre fatores externos que geralmente atrapalham o processo terapêutico;
  • inclusão em terapias individuais e em grupo, educação sobre a dependência e atividades de reinserção social;
  • acompanhamento da família e orientações para oferecer suporte adequado durante e após a internação.

Afinal, a internação compulsória é eficaz no tratamento contra drogas?

Sim, por mais que para alguns pareça muito drástica a decisão de ir a justiça obrigar a pessoa a se internar, a verdade é que isso apenas ocorre porque é necessário.

Geralmente, profissionais internam compulsoriamente pessoas em quadros gravíssimos, que representam risco constante para si e para outros.

A pessoa precisa ficar ali pela decisão judicial pode ser frustrante inicialmente, mas ele terá tempo o suficiente para se concentrar na sua própria recuperação.

Onde encontrar uma clínica de reabilitação com internação compulsória?

Quando o assunto é internação compulsória, encontrar uma clínica confiável é parte essencial do cuidado.

E a Clínica Hospitalar Recanto é um exemplo de referência nesse cenário.

Com mais de 10 anos de experiência em dependência química, nos destacamos por:

  • estrutura especializada: 220 leitos, que inclui ala psiquiátrica e tratamento exclusivo para mulheres;
  • equipe multidisciplinar: psiquiatras, psicólogos e terapeutas com abordagem humanizada e moderna;
  • metodologia comprovada: modelo integrado que já ajudou milhares de pessoas a recomeçarem;
  • 4 unidades estrategicamente localizadas: infraestrutura completa para internação segura.

No vídeo abaixo, acompanhe um pouco mais do nosso processo de tratamento:

Entre em contato com a Clínica Hospitalar Recanto e saiba como podemos ajudar com segurança, acolhimento e profissionalismo.

Conclusão

Ao longo deste conteúdo, exploramos como funciona a internação compulsória, desde os critérios legais até o passo a passo do processo judicial. 

No entanto, essa medida se aplica a casos graves, com risco de vida ou à sociedade, e exige laudo médico e decisão judicial.

Também destacamos o papel fundamental da família e as vantagens desse tratamento estruturado.

Se você está enfrentando essa situação difícil, saiba que a Clínica Hospitalar Recanto oferece toda a estrutura necessária para internações compulsórias, com equipe especializada, acompanhamento humanizado e resultados comprovados.

Não espere a situação piorar. Aja agora!

Fale com nossa equipe e descubra como podemos ajudar quem você ama a recomeçar. 

NÓS LIGAMOS PARA VOCÊ

Fabrício Selbmann é psicanalista, palestrante sobre Dependência Química e diretor da Recanto Clínica Hospitalar – rede de três clínicas de tratamento para dependência química e saúde mental, referência no Norte e Nordeste nesse segmento.

Especialista em DependênciaQuímica pela UNIFESP, pós-graduado em Filosofia | Neurociências | Psicanalise pela PUC-RS, além de especialização na Europa sobre o modelo de tratamento Terapia Racional Emotiva (Minessota).

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