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Afinal, dependência química é uma doença?
Publicado em: 13 de janeiro de 2021

Atualizado em: 10 de agosto de 2022

Afinal, dependência química é uma doença?

Embora seja um tópico bastante presente na nossa sociedade, ainda é frequente questionarmos se dependência química é doença ou não.

O assunto nem sempre é encarado da maneira que deveria e, muitas vezes, leva a crenças rasas sobre o tema.

Até mesmo quem vive o problema, pessoalmente ou com alguém próximo, um amigo ou familiar, pode ter dificuldades para encarar essa questão.

Afinal, como com qualquer quadro de saúde, ninguém quer estar em uma situação de risco.

Portanto, neste conteúdo, resolvi ajudar a dar um basta nisso e falar francamente a respeito do assunto.

É o que recomendo a todos fazerem: olhar de frente para o problema. Vamos lá?

O que é a dependência química?

Dependência química é um transtorno crônico que atinge indivíduos que fazem o uso constante de drogas ou álcool. As substâncias nocivas presentes nesses entorpecentes causam alterações neurológicas que afetam o modo de o adicto pensar, agir e se relacionar.

A dependência vai, aos poucos, tornando-se um problema mais grave por conta do nível de tolerância que o organismo desenvolve.

O uso contínuo aumenta gradativamente essa capacidade de metabolizar a droga, levando a pessoa a um consumo cada vez maior.

Com isso, o indivíduo perde o controle sobre si mesmo e passa a depender de substâncias que “acalmem” seu sistema nervoso e proporcionem a sensação de alívio.

É difícil prever com que rapidez ou gravidade essa dependência vai ocorrer, já que cada pessoa responde de maneiras diferentes.

O tipo de entorpecente também influencia, sendo alguns mais nocivos que outros.

Os 3 tipos de dependência química

Diversas substâncias podem causar diferentes tipos de dependência química, sejam elas lícitas, sejam ilícitas.

As categorias de adicção também alteram de formas diferentes o comportamento da pessoa com a doença.

Como são vários tipos de drogas, resolvi dividir os principais deles conforme o efeito que a substância provoca. 

Acompanhe!

1. Substâncias estimulantes

Esse efeito é causado por algumas drogas que aumentam a atividade neuronal e deixam a pessoa acelerada e em alto estado de alerta.

Elas também podem diminuir o sono e o apetite.

A cocaína é uma das drogas estimulantes mais conhecidas e costuma gerar a sensação de euforia no adicto, ainda que seu efeito não seja muito duradouro.

Ela tem alta capacidade de gerar dependência, já que o indivíduo precisa usá-la com mais frequência para manter a reação.

Outra droga com o efeito psicoativo é a anfetamina.

Mesmo que seja uma substância ilícita, ela é encontrada em alguns medicamentos, como remédios para emagrecer.

Trata-se de uma droga sintética e, além dos efeitos estimulantes, pode causar taquicardia, elevação na pressão arterial, alucinações e convulsões.

2. Substâncias depressoras

Ao contrário dos estimulantes, os depressores promovem a redução da atividade cerebral.

O álcool é uma dessas substâncias e, por ser lícito, facilita o uso abusivo por grande parte da população.

Nesse sentido, o problema maior está em identificar os limites dessa ingestão, a fim de definir até que ponto ele é usado apenas socialmente e quando se torna um vício.

Um estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS) identificou que 70% da população mundial já consumiu ou consome algum tipo de bebida alcoólica.

O órgão ainda revelou que o seu uso abusivo resulta na morte de 3 milhões de pessoas anualmente.

A heroína também faz parte do grupo de depressores, assim como a morfina, a codeína e outros opioides – todas essas substâncias estão associadas à inibição e ao alívio de dores.

3. Substâncias alucinógenas

Esse tipo de droga altera a percepção de espaço e tempo do adicto.

A maconha, ou Cannabis sativa, é uma delas, e seu efeito atua nos receptores canabinoides distribuídos pelo cérebro.

Em geral, os receptores ativados estão no córtex cerebral (que gera pensamentos confusos), no hipocampo (afetando a memória) e no cerebelo (que influi na coordenação motora).

Outra droga desse gênero e com efeito muito mais forte é o LSD.

Doses pequenas da substância são capazes de produzir reações potentes e durar várias horas.

A pessoa que experimenta a droga pode ter os sentidos distorcidos, crises de ansiedade e de pânico, entre outros efeitos adversos.

Dependência química é doença?

Se você procurar por “dependência química é doença OMS” no Google, vai descobrir que, sim, ela é uma síndrome do tipo crônica.

A Organização Mundial da Saúde a define como um transtorno caracterizado por modificações de comportamento e outras reações que sempre incluem o impulso de utilizar a substância de modo contínuo.

A Décima Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10), lista publicada pela OMS em que se determina a classificação das doenças, define a condição como um agrupamento de fenômenos fisiológicos, comportamentais e cognitivos em que o uso de substâncias assume uma prioridade muito maior para um indivíduo do que outros hábitos que já tiveram mais valor.

Ou seja, a dependência passa a prevalecer na vida do adicto mais do que qualquer coisa.

Como acontece a dependência química?

O processo que leva à dependência envolve diversos aspectos biopsicossociais, e vários elementos devem ser considerados para entender como isso acontece.

No entanto, sabemos que as drogas oferecem uma falsa sensação de prazer e bem-estar, o que faz com que muitas pessoas busquem esse recurso.

O uso repetido da substância pode aumentar gradativamente a tolerância do corpo ao efeito dela, levando a um consumo compulsivo.

É importante ressaltar que o grau de tolerância varia conforme o tipo de droga usada e cada organismo.

Quais são os sintomas de dependência química

Gosto de destacar que a identificação dos sintomas da dependência química pode não ser tão fácil, especialmente no início do processo.

Muitos familiares ou pessoas próximas do adicto começam a perceber alterações de comportamento ou humor, mas encarar o fato como problema costuma ser doloroso.

Porém, é preciso ter atenção e agir com seriedade e rapidez pelo bem do ente querido.

Destaco, a seguir, alguns dos principais sintomas da adicção.

Variações de humor e comportamentos antissociais

Um sintoma comum e mais claro do início do processo de dependência é a variação constante de humor.

Isso ocorre quando o adicto começa a mudar suas atitudes conforme o tempo que está sem a droga.

O indivíduo passa a se afastar mesmo das pessoas mais próximas, seja para fazer uso da substância, seja para esconder os sintomas do consumo ou da abstinência.

Descuido com a aparência, falta de sono e alterações de apetite

Com o passar do tempo, o consumo da droga torna-se prioridade na vida do adicto e, portanto, atitudes básicas de autopreservação são deixadas de lado.

Essa falta de atenção consigo mesmo fica clara na aparência física do indivíduo.

A higiene pessoal pode ser negligenciada e as horas de sono podem sair do controle.

Conforme a substância é utilizada, o apetite também é alterado, tanto para mais quanto para menos.

Apatia

A falta de interesse e empenho para cumprir uma rotina diária também é um dos sintomas.

O indivíduo com a doença acaba perdendo a disposição para trabalhar ou socializar, deixando de lado objetivos e relações pessoais.

Ansiedade e megalomania

Na contramão da apatia, o adicto ainda pode apresentar indícios de ansiedade, em que a necessidade de atingir desejos rapidamente é demonstrada de maneira exagerada.

Esses impulsos descontrolados também podem ser sinais de megalomania, quando o indivíduo tem fantasias de poder e mania de grandeza.

Paranoia

As substâncias, especialmente as de efeito estimulante, podem causar manifestações de paranoia no adicto, que passa a desconfiar e suspeitar do comportamento de outras pessoas de forma demasiada.

A tendência é pensar que os demais estão com intenções maldosas ou que ele está sendo perseguido.

A reação a isso pode se mostrar em um comportamento mais agressivo e explosivo.

Dependendo do grau de paranoia, o adicto é capaz de suspeitar até mesmo de objetos.

Afinal, dependência química tem cura?

Como qualquer doença crônica, a dependência química deve ser tratada e observada permanentemente.

Não é possível dizer que existe cura para a adicção, porém defendo que o problema pode ser contornado e a pessoa terá a capacidade de voltar a ter uma vida normal e saudável.

As chamadas recaídas passam a impressão de que a dependência química nunca será vencida, no entanto, aqui no Grupo Recanto, nossa missão é desmistificar isso ao oferecer um tratamento completo e individualizado.

Por que a dependência química não tem cura?

O fato de não existir cura para esse problema não está relacionado à falta de um tratamento eficaz.

É preciso entender que existem muitos fatores externos no ambiente do adicto que continuarão o influenciando, mesmo após um tratamento mais profundo.

Nesse sentido, motivação e comprometimento com a própria saúde são elementos determinantes para o resto da vida do dependente químico.

Assim, o tratamento correto em uma clínica de recuperação será de grande importância.

Dependência química: quais são os tratamentos possíveis?

Encarar a dependência química de frente é o primeiro passo.

Sei que viver um vício ou testemunhar alguém querido passar por esse processo é doloroso, mas a tomada de ação também trará conforto.

A busca pelo resgate do dependente pode necessitar da internação em uma clínica de recuperação.

Aqui no Grupo Recanto, oferecemos o que encontramos de melhor dos tratamentos mais modernos para dependência química.

Por meio do respaldo científico, adotamos uma abordagem biopsicossocial, que leva em consideração todo o contexto biológico, psicológico e social do adicto.

Entender a fundo esses elementos da vida do paciente nos ajuda a trabalhar com suas limitações e capacidades, aumentando as chances de recuperação.

Essa investigação completa faz parte do tripé de tratamento aplicado pelo Grupo Recanto.

De posse das informações do paciente, adotamos a Terapia Racional Emotiva (TRE), uma abordagem que objetiva ensinar o dependente a lidar com suas expectativas, buscando uma menor vulnerabilidade perante suas próprias emoções.

Ou seja, é parte do processo de reconhecer as condutas que precisam ser mudadas.

Para executar todo o processo de tratamento utilizamos o método dos 12 Passos.

Criado em 1935, a abordagem é bastante famosa nos grupos de apoio, como os Alcoólicos Anônimos e os Narcóticos Anônimos.

A filosofia permite que o dependente, no seu tempo, vá tomando consciência das suas limitações perante o vício por meio do compartilhamento de experiências com outros indivíduos que estão passando pelo mesmo problema.

Com todas essas estratégias, tenho a certeza de oferecer o melhor tratamento possível e em um local acolhedor.

Para mim, é muito importante disponibilizar conforto e ter uma relação de confiança com o paciente.

Quais são as consequências do uso contínuo de drogas?

Além dos efeitos nocivos imediatos do uso de drogas que já citei, o consumo contínuo pode ter consequências graves e até levar a outras doenças.

Cada tipo de substância desencadeia diferentes questões de saúde.

O uso da maconha e do crack, por exemplo, pode causar problemas pulmonares, como edema, sinusite crônica, tosse, enfisema, além de neoplasia de pulmão, boca, faringe e laringe.

Já as drogas injetáveis aumentam o risco de contaminação com HIV e hepatite C com o compartilhamento de seringas.

As doenças psiquiátricas, como depressão, esquizofrenia e síndrome do pânico, podem ser desenvolvidas com mais facilidade.

Problemas ligados ao consumo exagerado de álcool também são comuns, como lesões no fígado, cirrose e insuficiência renal.

Diversas substâncias ainda podem acarretar no comprometimento cerebral e em complicações no coração.

Conclusão

Com todas as informações deste conteúdo, ficou mais claro o porquê de a dependência química ser considerada uma doença e as razões para que seja tratada de forma séria e efetiva, certo?

Acredito no poder de recuperação de um dependente por toda minha vivência no Grupo Recanto.

Os mais de dez anos de experiência me provam que a metodologia utilizada somada à estrutura especial das nossas clínicas representam o melhor que podemos oferecer na reabilitação de um adicto.

Contamos com espaços de qualidade, estrutura de hotelaria com piscina, academias ao ar livre, campo para atividades esportivas e uma equipe completa de médicos disponíveis 24 horas.

Assim, garantimos um ótimo acolhimento para os pacientes e seus familiares.

A sensação de segurança é fundamental para esse processo que gosto de chamar de resgate.

Se você ainda tem dúvidas, preencha nosso formulário e entraremos em contato. Estamos prontos para oferecer o melhor suporte – conte conosco!

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