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Efeitos do álcool: Os problemas do consumo excessivo

Embora seja uma das drogas lícitas mais consumidas no mundo, muitas pessoas não conhecem os efeitos da bebida alcoólica e seu consumo excessivo e obsessivo na saúde mental e física.

O consumo de álcool é causador de mais de 200 doenças e lesões, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Mais de 2 milhões de pessoas sofrem com o alcoolismo no Brasil e 3.3 milhões morrem todo ano decorrente desse vício. 

Imagine por um momento que, por trás de cada gole, uma série de reações químicas complexas se desenrola, impactando diversos órgãos e funções vitais. 

A severidade desses impactos pode variar de pessoa para pessoa, dependendo da predisposição genética ou doenças já existentes.

Mas então, quais são os efeitos da bebida alcoólica a curto e longo prazo? O álcool é “melhor” que outras substâncias? Quando é hora de procurar ajuda?

Continue a leitura e descubra como o álcool impacta nossa saúde.

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Quais são os efeitos da bebida alcoólica no organismo?

Os efeitos da bebida alcoólica no organismo são variados e podem ser divididos em efeitos de curto prazo e de longo prazo, dependendo da quantidade de álcool consumida e da frequência de consumo.

O álcool é considerado uma droga depressora, já que causa diminuição nas atividades do Sistema Nervoso Central (SNC). Também afeta diversos órgãos, como o fígado, coração e estômago. 

Durante o processo químico no fígado, nos vinte minutos iniciais, a pessoa se sente eufórica e desinibida, como se pudesse fazer de tudo, seguida de uma sonolência.

Embora os prejuízos à saúde possam demorar a se manifestar ou serem amenizados devido à tolerância gerada com o consumo constante, esse é apenas o começo de uma grande desvantagem para o corpo.

Quais efeitos nocivos do álcool a curto prazo?

Homem bebendo bebida com álcool

A curto prazo, o consumo excessivo de álcool pode causar embriaguez ou intoxicação alcoólica. 

Como essa substância age no Sistema Nervoso Central, muitos sintomas do alcoolismo costumam aparecer como: 

  • dor de cabeça; 
  • capacidade de raciocínio alterada;
  • sonolência;
  • falta de atenção;
  • prejuízos à coordenação motora;
  • enjoo, vômitos e azia;
  • diarreia;
  • piora em sintomas de depressão e ansiedade, além de aumentar o risco de desenvolver esses transtornos.

Qual o efeito do álcool a longo prazo?

Embora os efeitos imediatos do álcool sejam bastante subestimados, o consumo excessivo e prolongado dessa substância pode ter consequências sérias para diversos órgãos do corpo.

É de extrema importância compreender que o álcool também é um tipo de droga e que, como qualquer outra, também tem suas consequências – inclusive a dependência química.

Os impactos com o consumo crônico estão relacionados a diferentes tipos de órgãos, como o cérebro, coração, fígado, rim e estômago. Entenda melhor como o álcool age em cada um desses órgãos:

Danos ao cérebro

Como vimos anteriormente, o álcool age no sistema nervoso, diminuindo a sua atividade e gerando disfunções que podem provocar doenças graves.

Assim, ocorrem danos nas células nervosas, além de alterações psíquicas, como pensamentos lentos, danos na memória, o que prejudica o julgamento e discernimento.

À medida que se aumenta o consumo e tempo de uso, os danos cerebrais podem se tornar ainda mais graves.

Danos ao coração

Um dos efeitos da bebida alcoólica em excesso é o aumento do risco de problemas cardiovasculares, como hipertensão arterial, arritmias, cardiopatia e até mesmo infarto. 

Este impacto no coração pode conduzir a complicações sérias, impactando diretamente a qualidade de vida e aumentando a chance de episódios potencialmente fatais.

Além disso, as bebidas alcoólicas tendem a possuir um alto teor de calorias, o que pode gerar mais complicações como diabetes, que também provoca problemas cardiovasculares. também provoca problemas cardiovasculares.

Danos ao fígado

Quanto maior a quantidade de álcool, maiores são os riscos de lesões no fígado, também chamadas de lesões hepáticas. 

Como o fígado possui a capacidade de se regenerar rapidamente de lesões leves, ele pode continuar funcionando de modo normal, por um período de tempo. 

Porém, quando o fígado se encontra muito danificado pelos efeitos da bebida alcoólica a longo prazo, a lesão hepática continua a evoluir, podendo resultar em morte, se a pessoa não parar de beber.

Danos ao rim

Outro órgão que sofre com as consequências do consumo crônico e excessivo de bebidas alcoólicas é o rim. 

Aquela vontade de urinar que aparece devido a grande ingestão de álcool, pode ser um perigo, pois essa bebida atua no cérebro diminuindo a produção do hormônio que controla a absorção de água nos rins e esse fator também pode levar ao risco de hipertensão arterial.

Os problemas no fígado como por exemplo a cirrose hepática também são capazes de provocar disfunções nos rins, fazendo com que não trabalhem de modo adequado.

Danos ao estômago

Homem com cabeça desacordado na mesa após beber bebida com álcool

O estômago é um dos primeiros órgãos em que a bebida alcoólica passa, o que tende a aumentar a secreção de ácido clorídrico. 

Muitas pessoas ao ingerir essa substância acabam tendo enjoos, náuseas e vômito na chamada “ressaca”. 

O álcool tem o poder de gerar irritações ou infecções no estômago, o que, com o tempo, pode resultar em uma gastrite aguda por exemplo.

Saúde mental e problemas sociais

Embora muitas vezes associado à desinibição e alegria, o consumo excessivo de álcool esconde um lado obscuro que impacta diretamente a saúde mental e as relações sociais do indivíduo.

Estudos comprovam que o álcool não apenas aumenta o risco de desenvolver problemas mentais, como depressão e psicose, como também pode agravar transtornos pré-existentes. 

Para isso, a substância age como um gatilho, intensificando sintomas e dificultando o tratamento.

Além dos impactos na saúde mental, o alcoolismo também gera diversos problemas sociais. Acidentes de trânsito, violência doméstica, abandono escolar e até mesmo perda do emprego são algumas das consequências dessa dependência.

Álcool em comparação com outras substâncias

Embora muitas vezes subestimado por sua aceitação social, o álcool pode trazer prejuízos à saúde comparáveis ao uso de outras drogas consideradas “mais perigosas”.

Enquanto drogas como cocaína e heroína carregam um estigma social e são associadas a graves riscos de saúde e alta dependência, o álcool, muito presente em celebrações e eventos sociais, esconde seus perigos por trás de uma falsa imagem de inocência.

Essa discrepância na percepção social evidencia a complexa relação entre cultura e uso de substâncias. Fatores históricos, sociais e econômicos, muitas vezes, influenciam mais essa percepção do que os reais riscos à saúde.

É crucial reconhecer que o álcool, apesar de legalizado e socialmente aceito, pode causar dependência e graves danos à saúde, se equiparando aos riscos de substâncias ilícitas.

Leia também: Álcool é droga: quais são os efeitos e consequência do uso

Existe um limite seguro para o consumo de bebidas alcoólicas?

Não existe um nível de consumo de bebidas alcoólicas que possa ser considerado completamente livre de riscos à saúde.

Muitas pessoas acreditam que se beber pouquinho não vai existir problema algum, mas esquecem que o início do alcoolismo começa com um gole.

Diversos estudos e pesquisas, realizados por renomadas instituições de saúde ao redor do mundo, como a Organização Mundial da Saúde, comprovam que mesmo pequenas quantidades de álcool podem trazer prejuízos à saúde.

Leia também: Perfil de um alcoólatra: tipos, sintomas e como identificar

Quando é hora de procurar ajuda?

Fotos de bebidas com álcool

A hora de se procurar ajuda é a qualquer momento em que se notam prejuízos e riscos na vida da pessoa que bebe de forma excessiva.

A partir do momento que aquela bebida com amigos, familiares ou até mesmo sozinho, se torna algo mais frequente, levando a pessoa a consumir de forma excessiva, é importante acender o alerta.

O dependente começa a se isolar e demonstrar comportamentos diferentes do que tinha antes, e assim, diversas áreas da vida começam a se modificar em função da manutenção desse consumo.

A dependência alcoólica começa a tomar conta até mesmo do tempo livre, causando isolamento, irritabilidade, desonestidade, problemas financeiros ou até mesmo ideação suicida, causadas por alterações psíquicas como ansiedade e depressão.

Leia também: Remédio para parar de beber: conheça tudo sobre o tratamento

Qual tratamento para uma pessoa alcoólatra?

O tratamento para alcoolismo é um processo complexo e individualizado, que deve ser realizado por uma equipe multiprofissional especializada. 

O objetivo principal é auxiliar a pessoa a se livrar da dependência e promover uma vida mais saudável e plena.

Entre as opções de tratamento, os destaques são: 

  • Psicoterapia: a terapia pode ajudar a pessoa a compreender e enfrentar os desafios emocionais relacionados ao alcoolismo;
  • Uso de medicamentos: alguns medicamentos podem auxiliar na redução do desejo pelo álcool ou no tratamento de sintomas de abstinência;
  • Grupos de apoio: participar de grupos como os Alcoólicos Anônimos (AA) é uma forma de ter suporte emocional e troca de experiências com outras pessoas que enfrentam o mesmo problema;
  • Internação: a internação é uma opção segura, pois mantém o paciente afastado da influência física da droga e de companhias que incentivam o consumo. Além disso, inclui todos os outros tratamentos anteriores, sob supervisão médica.

Se você ou alguém que você ama precisa de ajuda para tratar o alcoolismo, acesse o site do Grupo Recanto, ou entre em contato pelo WhatsApp e saiba como podemos ajudar!ificar em função da manutenção desse consumo. Importante lembrar que a hora de se procurar ajuda é a qualquer momento em que se notam prejuízos e riscos na vida da pessoa que bebe de forma excessiva. A dependência alcoólica começa a tomar conta até mesmo do tempo livre que se tinha, causando isolamento, irritabilidade, desonestidade, problemas financeiros ou até mesmo ideação suicida, causadas por alterações psíquicas como ansiedade e depressão.

Conclusão

Neste artigo, nossa missão era apresentar os efeitos da bebida alcoólica. O álcool até parece ser uma substância inofensiva, mas o que muita gente não conhece são os prejuízos e riscos associados a essa bebida.

Um dos melhores e principais tratamentos, para se evitar todos esses problemas é parar de beber, porém, isso é uma tarefa difícil que sozinho, muitos não conseguem cumprir. 

Se esse é o seu caso, procure ajuda! Aqui no Recanto, estaremos sempre à disposição para cuidar de você.

Acesse aqui o blog do Grupo Recanto e se informe sobre outros assuntos relacionados.

Fabrício Selbmann é psicanalista, palestrante sobre Dependência Química e diretor da Recanto Clínica Hospitalar – rede de três clínicas de tratamento para dependência química e saúde mental, referência no Norte e Nordeste nesse segmento.

Especialista em DependênciaQuímica pela UNIFESP, pós-graduado em Filosofia | Neurociências | Psicanalise pela PUC-RS, além de especialização na Europa sobre o modelo de tratamento Terapia Racional Emotiva (Minessota).

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