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Recaídas múltiplas: até quando insistir no tratamento?

Lidar com recaídas múltiplas de um familiar dependente químico é uma das experiências mais desafiadoras que uma família pode enfrentar. 

Com o passar do tempo, depois de várias tentativas de internação, acompanhadas de esperança e frustração, é comum que os familiares se sintam emocionalmente esgotados e cheguem a questionar se ainda vale a pena insistir no tratamento. 

Por esse movimento, este texto foi elaborado para oferecer orientação, acolhimento e informação de qualidade para essas famílias, reforçando que, apesar das dificuldades, ainda é possível buscar caminhos para a recuperação.

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A natureza da dependência química e as recaídas

De modo geral, muitas famílias acreditam que uma vez iniciado o tratamento, o dependente químico deveria seguir uma trajetória linear de melhora. No entanto, a realidade é mais complexa. 

A recaída, embora dolorosa, faz parte do percurso da maioria das pessoas que lutam contra a dependência. Compreender essa dinâmica ajuda a desenvolver estratégias mais eficazes de acolhimento e enfrentamento.

A dependência como doença crônica

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a dependência de álcool e outras drogas é considerada uma doença crônica, com aspectos biológicos, psicológicos e sociais.

Logo, assim como outras doenças crônicas, como a hipertensão ou o diabetes, a dependência pode apresentar recaídas mesmo durante o tratamento adequado. 

Portanto, entender esse aspecto é essencial para que os familiares não interpretem a recaída como uma “falha de caráter”, mas sim como parte do processo de recuperação.

Recaídas não significam fracasso

Nesse contexto, recaídas podem ser dolorosas, mas não significam que todo o esforço foi em vão. Elas oferecem pistas importantes sobre o que precisa ser ajustado na abordagem terapêutica. 

Inclusive, dados do National Institute on Drug Abuse (NIDA) mostram que a taxa de recaída para dependências químicas é semelhante à de outras doenças crônicas, variando entre 40% e 60%.

Por isso, o mais importante é avaliar o que desencadeou a recaída e ajustar o plano terapêutico conforme necessário.

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O impacto emocional das recaídas na família

Além disso, o sofrimento do dependente também atinge quem está ao redor. Quando uma recaída acontece, toda a estrutura emocional familiar é afetada. Nesse cenário, medo, frustração e sensação de impotência se misturam em um cenário de constante alerta e tensão.

Se essa carga emocional, se não for devidamente tratada, pode prejudicar a saúde mental de todos os envolvidos.

Exaustão emocional e frustração

Isso porque, a cada recaída, a família sente como se estivesse voltando à estaca zero. Isso pode gerar exaustão emocional, desesperança e culpa. Como consequência, muitos familiares relatam síntomas semelhantes aos do transtorno de estresse pós-traumático, com insônia, ansiedade e tristeza profunda. 

Nesse sentido, é fundamental reconhecer e validar esses sentimentos, pois ignorá-los pode levar ao adoecimento emocional de todos os envolvidos.

Cuidar de si também é prioridade

Com frequência, familiares costumam se dedicar integralmente ao cuidado da pessoa em sofrimento, negligenciando a própria saúde mental. Por isso, buscar ajuda psicológica e participar de grupos como o Al-Anon, que oferece apoio a familiares de dependentes, pode ser um recurso valioso. 

Além disso, também é possível buscar apoio profissional em clínicas como aRecanto Clínica Hospitalar, onde familiares também são acolhidos e orientados.

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Quando insistir no tratamento?

Após diversas tentativas frustradas, é natural surgir o questionamento: será que ainda vale a pena continuar tentando? A resposta, embora complexa, passa por avaliar as condições de tratamento anteriores, os avanços, mesmo que pequenos, e o suporte oferecido.

Insistir, nesses casos, pode significar renovar a abordagem e encontrar um caminho mais eficaz.

O valor da persistência com limites saudáveis

Insistir no tratamento não significa permitir abusos ou abrir mão da própria dignidade. Significa manter viva a esperança e buscar abordagens diferentes, sempre com limites claros. 

Em alguns casos, entretanto, a internação involuntária pode ser considerada, desde que respeitadas as diretrizes legais. O importante é compreender que cada tentativa é uma oportunidade de aprendizado, tanto para o dependente quanto para a família.

Avaliar a abordagem utilizada nas internações anteriores

Se as tentativas anteriores de tratamento não foram bem-sucedidas, talvez seja o momento de reavaliar a abordagem utilizada.

O tratamento da dependência precisa ser individualizado, envolvendo uma equipe multiprofissional qualificada, ambiente terapêutico seguro e programas que considerem tanto o corpo quanto a mente.

A Recanto Clínica Hospitalar se destaca por oferecer essa integração, com foco na recuperação duradoura e humanizada.

O papel dos grupos de apoio na prevenção de recaídas

Além do tratamento clínico, a manutenção da sobriedade depende de fatores externos e contínuos. 

Os grupos de apoio surgem como espaços de partilha, acolhimento e fortalecimento emocional. Tanto o dependente quanto os familiares se beneficiam dessas trocas, que ampliam a rede de suporte e incentivam a continuidade do processo de recuperação.

A importância do AA e NA

Grupos como Alcoólicos Anônimos (AA) e Narcóticos Anônimos (NA) são essenciais para a manutenção da sobriedade. Nesses espaços, a troca de experiências e o apoio mútuo fortalecem a autoestima e ajudam os participantes a lidar com gatilhos.

Participar dessas reuniões também pode ser útil e gratuito: basta localizar o grupo mais próximo através dos sites AA Brasil e NA Brasil.

Como a família pode colaborar sem controlar

No contexto da família, o apoio familiar é essencial, mas deve ser pautado pelo respeito à autonomia do dependente. Em vez de assumir o controle sobre a recuperação, a família pode atuar como rede de apoio, oferecendo segurança e incentivo, sem cobranças ou julgamentos. 

A orientação de psicólogos especializados é muito útil de ser acessada em ambientes terapêuticos completos como o da Recanto Clínica Hospitalar, onde toda a rede de apoio do paciente também é acolhida.

Como lidar com a culpa e o julgamento social

Em uma sociedade marcada por estigmas, as famílias de dependentes químicos enfrentam julgamentos e críticas injustas. Essa pressão social, somada à culpa interna, pode minar a força necessária para continuar. 

Reconhecer o preconceito e buscar apoio adequado é fundamental para enfrentar essas barreiras com mais equilíbrio e informação.

Um dos maiores pesos enfrentados pelas famílias é o julgamento externo, vindo de amigos, vizinhos ou até mesmo parentes. É comum que surjam frases como “essa pessoa não tem mais jeito” ou “a família está sendo conivente”. Lidar com esse tipo de pressão exige clareza e informação.

A culpa, muitas vezes internalizada, pode ser paralisante. No entanto, precisa-se destacar que é importante lembrar que a dependência é uma doença reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e que o apoio familiar é um fator protetivo, e não um facilitador da adicção. 

A escuta empática e a busca por orientação profissional ajudam a ressignificar esse sofrimento.

O papel da espiritualidade na recuperação

Quando tudo parece sem saída, a espiritualidade pode se tornar um refúgio poderoso. Independentemente de religião, ela promove conexão, sentido de vida e força para atravessar períodos difíceis. 

Incorporar elementos espirituais ao processo de recuperação fortalece a esperança e contribui para o equilíbrio emocional da família e do paciente.

A espiritualidade, independentemente de religiões específicas, pode ser uma poderosa aliada no processo de recuperação. Ter uma prática espiritual oferece propósito, pertencimento e um senso de continuidade mesmo em tempos difíceis.

Diversos programas terapêuticos, como os 12 Passos do AA e NA, incluem a espiritualidade como um dos pilares de sustentação. Incentivar práticas como meditação, oração, momentos de silêncio ou leitura de textos inspiradores pode trazer conforto e ajudar a fortalecer a resiliência da família e do paciente.

O que considerar ao escolher uma nova clínica para recomeçar o tratamento

Se as tentativas anteriores de tratamento não surtiram efeito, pode ser necessário repensar a escolha do local de tratamento. Fatores como equipe especializada, abordagem humanizada e envolvimento da família fazem grande diferença na jornada de recuperação.

Após várias tentativas, é compreensível que surja a dúvida: e se mudarmos de clínica? Por isso, essa pode ser uma decisão estratégica, desde que tomada com base em critérios objetivos e não apenas pela frustração.

É importante verificar se a clínica possui equipe multiprofissional, ambiente estruturado, programas personalizados, suporte familiar contínuo e práticas integrativas. 

Nesse sentido, a Recanto Clínica Hospitalar, por exemplo, oferece tratamento humanizado com foco na reinserção social e no cuidado com todos os envolvidos no processo — tanto pacientes quanto seus entes queridos.

Conhece alguém ou está precisando de ajuda?

Conclusão

Enfrentar recaídas múltiplas na família não é sinal de fracasso. Ao contrário, mostra o quanto aquela família tem resistido bravamente às adversidades da dependência química. No entanto, é preciso reconhecer quando o cansaço emocional exige uma nova estratégia. 

Por fim, insistir no tratamento é importante, desde que se conte com profissionais preparados e um plano terapêutico individualizado, como o oferecido pelaRecanto Clínica Hospitalar. A informação, o apoio e o cuidado especializado renovam a esperança.

NÓS LIGAMOS PARA VOCÊ

Fabrício Selbmann é psicanalista, palestrante sobre Dependência Química e diretor da Recanto Clínica Hospitalar – rede de três clínicas de tratamento para dependência química e saúde mental, referência no Norte e Nordeste nesse segmento.

Especialista em DependênciaQuímica pela UNIFESP, pós-graduado em Filosofia | Neurociências | Psicanalise pela PUC-RS, além de especialização na Europa sobre o modelo de tratamento Terapia Racional Emotiva (Minessota).

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