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Zolpidem: explorando o medicamento hipnótico para sono
Publicado em: 12 de setembro de 2023

Atualizado em: 18 de setembro de 2023

Zolpidem: explorando o medicamento hipnótico para sono

O zolpidem surgiu em 1988 na Europa, mas foi na década de 90 que começou a ser comercializado, e por muitas vezes receitado para tratamentos de insônia. Sendo assim, por conta de suas propriedades que agem rápido no corpo humano, o remédio ficou cada vez mais conhecido no meio da saúde. 

No cenário da medicina contemporânea, a busca por soluções eficazes para distúrbios do sono tem sido uma prioridade constante. Entre os diversos medicamentos hipnóticos disponíveis, o zolpidem emergiu como um agente notável no tratamento da insônia e de outros distúrbios relacionados ao sono. Como uma substância química que  pertencente à classe das imidazopiridinas, o zolpidem se destaca por suas propriedades específicas que o tornam eficaz na promoção do sono, minimizando os riscos de dependência e efeitos colaterais indesejados associados a outros medicamentos sedativos.

Nesta exploração do medicamento hipnótico, examinaremos sua farmacologia única, os mecanismos pelos quais ele age no sistema nervoso central para induzir o sono, suas indicações terapêuticas e considerações importantes para o uso responsável. Além disso, discutiremos os possíveis efeitos colaterais, riscos e precauções que os profissionais de saúde e os pacientes devem levar em consideração ao considerar o tratamento com zolpidem.

Sendo assim é de extrema importância falar sobre esse medicamento, para que este texto seja um instrumento de conscientização, do potencial risco que o uso do medicamento imoderadamente pode trazer, entregando também informações como tratamentos que podem ser um grande diferencial para a qualidade de vida do indivíduo. 

O que é o zolpidem?

O zolpidem é um medicamento que pertence à classe das imidazopiridinas e é amplamente utilizado como hipnótico, ou seja, como um indutor do sono, para o tratamento da insônia e outros distúrbios relacionados ao sono. Ele atua no sistema nervoso central, promovendo o sono ao afetar determinados neurotransmissores no cérebro.

Além disso, o medicamento é conhecido por sua ação rápida e de curta duração, o que o torna especialmente útil para pessoas que têm dificuldade em adormecer. Geralmente, é prescrito para o uso a curto prazo, durante algumas semanas, para evitar o desenvolvimento de tolerância e dependência.

Esse medicamento interage com os receptores de benzodiazepina no cérebro, que estão envolvidos no controle do sono e da vigília. Ao ligar-se a esses receptores, o zolpidem potencializa os efeitos do neurotransmissor GABA (ácido gama-aminobutírico), que é responsável por reduzir a atividade cerebral e promover o relaxamento. Isso resulta em um efeito sedativo e hipnótico, auxiliando as pessoas a adormecerem mais rapidamente e a melhorar a qualidade do sono.

No entanto, é importante ressaltar que o uso do zolpidem deve ser supervisionado por um profissional de saúde, pois existem preocupações em relação à tolerância, dependência e potenciais efeitos colaterais. Além disso, o zolpidem não é adequado para todos os tipos de insônia ou para todas as pessoas, e a avaliação individualizada é essencial para determinar a sua prescrição adequada.

Leia também: Ansiolíticos: O que são, efeitos, riscos e formas de uso

Para que serve?

O zolpidem é principalmente prescrito para o tratamento da insônia, um distúrbio do sono caracterizado pela dificuldade em adormecer, manter o sono durante a noite ou acordar muito cedo pela manhã. Ele é utilizado para ajudar as pessoas a adormecerem mais rapidamente e a melhorarem a qualidade do sono, especialmente quando a insônia está causando desconforto significativo ou interferindo nas atividades diárias.

O medicamento é mais frequentemente indicado em situações em que medidas não farmacológicas, como mudanças nos hábitos de sono, terapias cognitivo-comportamentais ou outras abordagens, não foram eficazes o suficiente para tratar a insônia. O zolpidem é especialmente útil para aquelas pessoas que têm dificuldade em iniciar o sono, pois sua ação rápida pode ajudar a induzir o sono mais facilmente.

Além do uso principal no tratamento da insônia, o zolpidem pode ser prescrito em situações específicas, como a preparação para procedimentos médicos que requerem sedação leve ou para tratar temporariamente distúrbios do sono causados por situações estressantes ou circunstâncias transitórias.

Zolpidem possui efeitos colaterais?

Assim como qualquer remédio o zolpidem possui efeitos colaterais, principalmente se usados sem a supervisão de um profissional de saúde, com isso esses efeitos colaterais podem sim trazer riscos para a saúde tanto física quanto mental, do indivíduo que faz uso dessa medicação.

Sonolência

Como o zolpidem é um remédio com efeitos hipnóticos um dos seus efeitos colaterais mais frequentes são a sonolência, fazendo com que o indivíduo, apresente-se mais lento, desatento, além de ficar bastante sonolento e fadigado. 

Alucinações

As alucinações geralmente ocorrem quando existe um interação medicamentosa não supervisionada, quando se toma o medicamento zolpidem a alguns antidepressivos como fluoxetina e sertralina, podem vim a ocorrer efeitos colaterais manifestados em alucinações de até 7 horas, sendo assim é importante relatar que existe também um potencial de causar alterações de humor. 

Memória prejudicada

O medicamento também, demonstrou ser um risco para a memória daqueles que o consomem, uma vez que sua química altera a interação do cérebro e se tomado por muitos dias, ou com uma grande frequência, pode deixar traços resultantes do seu efeito, um deles é a falta de memória, podendo até mesmo aumentar o risco do desenvolvimento da doença de alzheimer. 

Sono prejudicado

Assim como causa sonolência, o remédio consequentemente prejudica o sono do indivíduo, uma vez que causa uma alteração no mecanismo biológico, muitas vezes o indivíduo se apresenta com sonambulismo e não rende durante o dia.

Quais os riscos do uso excessivo de zolpidem?

Como foi lido anteriormente, o zolpidem é um medicamento cujo tem como sua propriedade ajudar com problemas de insônia. Mas é importante lembrar que seu uso excessivo e sem supervisão médica, pode levar a alguns efeitos adversos. Aqui podemos falar sobre alguns deles. 

Um dos primeiros e mais conhecidos efeitos é a dependência, pois seu uso contínuo e excessivo pode ocasionar a dependência tanto psicológica, quanto física, que é originada a partir de outro efeito que é a tolerância, que se origina a partir de quando o indivíduo não sente o efeito do remédio depois de tomá-lo por muito tempo e sendo assim vai aumentando a dose sem acompanhamento médico, causando uma dependência do medicamento. 

Além disso, os efeitos colaterais anteriormente citados também fazem parte dos efeitos adversos como, tontura, dores de cabeça, náusea, problemas de coordenação, entre outros. 

Podemos também citar um dos efeitos adversos que representa bem o perigo do uso inapropriado do zolpidem, que é o comprometimento cognitivo e psicomotor, o que acaba por prejudicar a execução de algumas tarefas, como atividades que exigem coordenação motora, concentração, podem ser prejudicadas por conta do uso excessivo de zolpidem. 

Além disso, o zolpidem em excesso pode causar amnésia anterógrada, que ocorre quando o sujeito se esquece de eventos que viveu enquanto estava medicado. Também podemos citar que assim como em qualquer droga o zolpidem também traz o risco de overdose, com seu uso excessivo além de fazê-lo interagir com álcool e outras drogas, tudo aquilo que agem como depressores do nosso sistema nervoso central, podendo aumentar o risco de overdose, que por sua vez tem um potencial grave e fatal. 

Como funciona?

O zolpidem é um medicamento agonista seletivo de receptor de benzodiazepina, que serve para tratar insônia onde ajuda as pessoas a dormir mais rápido e por um período de tempo maior. 

Sendo assim, o zolpidem atua no nosso sistema nervoso central onde influencia o neurotransmissor chamado GABA(ácido gama-aminobutírico), que por sua vez é uma substância química que ajuda o nosso corpo a relaxar ajuda na redução da ansiedade e indução do sono. Com isso o GABA tem um papel inibitório que diminui a nossa atividade nervosa, potencializando um efeito calmante.

Quando entra em ação o zolpidem se liga seletivamente aos receptores de  benzodiazepina tipo1 (BZ1), que por sua vez se localiza numa área do cérebro onde está ligada com a regulação do sono, como por exemplo o hipotálamo e quando se liga aos receptores correspondentes o medicamento aumenta a ação do GABA, o que aumenta a inibição das células nervosas do nosso corpo

É importante ressaltar que o zolpidem foi projetado para ter uma ação curta, fazendo com que ele tenha um curto tempo de atuação dentro do organismo, o que ajuda a minimizar a sonolência residual e diminuir o risco do comprometimento cognitivo de forma prolongada. 

Zolpidem causa dependência ?

Sim o zolpidem causa dependência, uma vez que se usado de maneira inadequada  e excessiva, pode ocasionar o processo de dependência química pelo medicamento, resultando numa dependência tanto física quanto psicológica.

Explicando a dependência física, ela ocorre quando acaba se adaptando as propriedades do medicamento, acabando por desenvolver uma tolerância a esse remédio, fazendo com que o indivíduo acabe durante o tempo aumentando a dosagem do remédio para que se consiga o mesmo efeito sentido anteriormente. Sendo assim, a interrupção abrupta do medicamento que estava sendo utilizado de forma prolongada, pode ocasionar abstinência, insônia, ansiedade, irritabilidade além de agitação.

Enquanto a dependência psicológica envolve um desejo intenso e uma preocupação excessiva com o uso do medicamento, mesmo que não haja uma necessidade médica real. Pode ocorrer quando alguém começa a acreditar que não pode dormir sem o zolpidem e começa a sentir ansiedade, desconforto e irritabilidade  quando não toma o medicamento, começando a surgir sintomas de abstinência.

Como é o tratamento em caso de dependência?

O tratamento para dependência química em zolpidem é o mesmo utilizado para qualquer outra dependência em medicamentos. Diante da dependência é preciso que haja um tratamento intensivo e supervisionado, uma vez que retirar o medicamento bruscamente do indivíduo, sem suporte psicológico e médico, é muito arriscado para o organismo do sujeito, podendo ocasionar danos cognitivos, psicológicos, podendo causar como resultado uma grande angústia, melancolia, por parte do indivíduo prejudicando sua saúde física e mental.

Com isso o tratamento para dependência em medicamento mais indicado é aquele que é capaz de dar um suporte intensivo e um acompanhamento constante do indivíduo. Na Clínica Recanto é possível encontrar um tratamento que possui com  equipe médica, onde se pode cuidar das questões físicas, desintoxicação, promover a saúde física do sujeito, além de todo aporte da equipe terapêutica, com psicólogos e terapeutas de referência, o paciente pode ser acompanhado diariamente, ajudando a compreender a origem da sua dependência e ajudando a construir uma nova perspectiva de vida.

CONCLUSÃO

Com esse texto podemos chegar a refletir o potencial que um medicamento possui enquanto a sua ação no nosso organismo, o zolpidem que é o remédio em questão possui propriedades que foram vistas, que são fortes de rápida ação, chegando a mudar a rotina de vida do indivíduo sendo um potente medicamento hipnótico.

Por conta de sua função o zolpidem é carregado de substâncias químicas que alteram o nosso cérebro servindo para que consigam tratar insónias e reduzir ansiedades através do estímulo de neuro transmissores, a fim de promover noites de sono mais longas e um rápido adormecimento, mas é preciso sempre lembrar dos seus efeitos colaterais. 

Com isso o uso deste remédio causam efeitos colaterais, como sonolência, alucinações, memórias prejudicadas, fazendo com que o uso prolongado deste medicamento ocasionam significativas alterações no organismo do paciente tanto no âmbito físico como no mental, afetando a qualidade de vida do indivíduo podendo ocasionar a dependência em zolpidem, pois gera a tolerância do organismo diante desta medicação. 

É a partir da tolerância pelo medicamento que pode-se gerar um grande potencial de dependência desse remédio, pois através dela, o zolpidem vai perdendo seu efeito e consequentemente o indivíduo aumenta as doses em busca do mesmo efeito sentido anteriormente, sendo assim de grande importância o acompanhamento médico enquanto ao uso do zolpidem pois a dose errada, o aumento da quantidade sem supervisão médica causa dependência tanto física como mental, fazendo com que o indivíduo precise de tratamento para que consiga superar os males causados pelo uso impróprio do remédio hipnótico.

Diante da dependência física que consiste na tolerância por esse medicamento e a mental, que gera grandes ansiedades, irritabilidade, agitação, por conta da falta desse medicamento no organismo, é preciso promover um tratamento que seja intensivo e diariamente acompanhado, por profissionais da saúde, como médicos e psicólogo, que ajudaram o paciente a se recuperar fisicamente e mentalmente.

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