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Codependência: o que é, tipos e formas de tratamento.
Publicado em: 19 de agosto de 2020

Atualizado em: 19 de agosto de 2020
  • Tratamento

Codependência: o que é, tipos e formas de tratamento.

A família cumpre um papel decisivo no tratamento do dependente químico, mas pode se tornar um problema quando o envolvimento é tamanho que se expressa por meio da chamada codependência.

Não por acaso, aqui no Grupo Recanto, sempre encaramos o paciente e os seus familiares como uma mesma unidade de cuidado.

Abordar o assunto é ainda mais importante quando pensamos em sua extensão.

De acordo com o Levantamento Nacional de Famílias dos Dependentes Químicos (LENAD Família), para cada adicto, há outras 3,5 pessoas afetadas pelo problema dentro de casa, em média.

Por isso, resolvi escrever um artigo sobre codependência, abordando as suas apresentações, os seus sintomas e tratamentos possíveis.

Siga acompanhando.

O que é codependência?

A codependência é um fenômeno de ordem emocional que pode ser desenvolvido por pessoas que convivem com um dependente químico.

Ele é caracterizado pela extrema dedicação em cuidar do outro e pela tentativa de salvar, a qualquer custo, o membro da família envolvido no consumo de substâncias psicoativas.

Por conta disso, o familiar chega a adquirir características e atitudes disfuncionais e patológicas, que podem gerar ainda mais sofrimento para todos os afetados.

Na maioria dos casos, o comportamento codependente é expresso por pais ou mesmo cônjuges que têm contato direto com o adicto e se sentem responsáveis por ele.

Aos poucos, a tendência é que passem a viver em função do outro, assumindo a responsabilidade pelos problemas dele e por suas vivências.

Diante disso, você pode pensar: “Mas eu me importo com essa pessoa e apenas quero que ela tenha o suporte necessário”. 

Isso é perfeitamente normal e incentivado.

O problema acontece quando não existe a definição de limites e esse desejo de ajudar se transforma em uma obsessão, na qual a própria vida é deixada de lado.

Por maior que seja a vontade da família em resgatar o dependente e por mais decisivo que esse incentivo possa ser, a eficácia do tratamento está muito relacionada ao próprio paciente.

Vamos pensar no caso da internação involuntária para ilustrar: ao identificar essa necessidade e ir em busca dela, o familiar oferece uma oportunidade para que o dependente receba suporte especializado.

Nas clínicas do Grupo Recanto, os profissionais vão oferecer um tratamento completo e individualizado, que busca mostrar ao interno suas limitações diante da doença e trabalhar aspectos que o ajudem a retomar o controle da própria vida.

Ao fim da internação e volta ao convívio em sociedade, ele vai ter todas as condições para não retornar ao consumo de álcool e drogas. Você pode auxiliar nesse processo, mas não vai conseguir estar 24 horas por dia ao lado dele para evitar recaídas.

Qual é a diferença entre codependência e dependência?

Quando falamos na diferença entre os conceitos, é importante perceber que a codependência tem origem na dependência do outro e na criação do que costumo chamar de “atadura emocional”.

Ou seja, a pessoa codependente atrela a sua vida à patologia do outro, encontrando dificuldades extremas em definir limites para si.

Basta olhar para a construção do termo que define esse transtorno: ele inclui o prefixo “co”, que dá a ideia de uma participação conjunta.

Quais são os tipos de codependência?

Hoje, no entanto, a codependência não é mais uma conceito utilizado apenas para falar a respeito de relações disfuncionais vinculadas à dependência química.

É possível identificar pessoas codependentes em diferentes contextos, nos quais o padrão é sempre o mesmo: tomar para si a responsabilidade total sobre os atos e problemas do outro, seja no âmbito conjugal, social ou profissional.

Codependência química

A codependência química é expressa justamente nas situações que já abordei até aqui.

Ou seja, o dependente convive com o seu vício, sofre com os seus efeitos e o codependente faz o mesmo, enquanto tenta controlar o outro e definir o curso de suas ações.

Codependência afetiva

Já a codependência afetiva pode estar conectada a qualquer indivíduo que tenha uma ligação emocional patológica em um tipo de relacionamento.

O princípio é o de que existe uma dependência emocional em relação ao outro, com a presença de sentimentos como insegurança, medo do abandono e desejo de agradar constantemente.

Assim, as suas atitudes e os seus planos são pensados com base nas convicções e nos desejos da pessoa com a qual existe esse vínculo disfuncional.

Codependência familiar

A codependência familiar pode aparecer vinculada, por exemplo, à existência de um quadro de dependência química.

A questão central é a prevalência de um sentimento de culpa, que afeta toda a vivência da família e leva um ou mais membros a desenvolver comportamentos obsessivos, na busca pela recuperação do adicto.

Quais são os sinais da codependência?

Como já destaquei no início do artigo, é fundamental diferenciar atitudes saudáveis de suporte e cuidado daquelas que trazem implicações negativas por seu caráter abusivo.

Na codependência, o padrão de relacionamento se desenvolve diante da noção do indivíduo que cabe a ele resgatar o outro. 

Por isso, há a apresentação do medo de perder o controle da situação.

Os prejuízos aparecem tanto na saúde física quanto na emocional. 

Afinal, o codependente é incapaz de perceber com que intensidade negligencia a si mesmo, abandonando seus próprios planos e sonhos.

É preciso ficar atento, por exemplo, a sinais de baixa autoestima, quando o indivíduo só é capaz de se sentir verdadeiramente útil se está disponível para cuidar e resolver os problemas do outro.

Isso pode acarretar em um sofrimento muito grande.

Outros sintomas de codependência incluem a tendência da pessoa a se mostrar sempre solícita, não importa quais sejam as circunstâncias envolvidas.

O uso de conselhos, gentilezas frequentes e verbalização constante de preocupações também ajuda a compor o quadro, em que o comportamento do outro é monitorado de perto, com o máximo de intervenções viáveis.

Ainda, ao pensar na codependência e nas características vinculadas, é possível citar a dificuldade de manter relações saudáveis, de forma que exista autonomia para cada um dos envolvidos.

Além de tudo isso, é válido ressaltar que o processo de estabelecimento da codependência costuma se desenvolver em fases, conforme descrevo a seguir.

Negação

No começo, é bastante comum que as pessoas mais próximas, que fazem parte do núcleo familiar, simplesmente entrem em negação.

A descoberta de que alguém que amam tem um quadro de dependência química gera um impacto tão profundo que a saída encontrada é negar o problema e fazer de conta que ele não existe.

Em geral, o que acontece é a criação de um cenário no qual não seria possível que alguém da família estivesse envolvido com o uso abusivo de álcool ou drogas.

Desespero

Quando percebem que evitar o problema não é uma forma de eliminá-lo, a tendência é que apareça a etapa do desespero, caracterizada pela grande preocupação.

No entanto, não existe nenhum controle sobre a situação ou relação de confiança construída com o adicto, o que leva a um clima de mentiras, no qual o assunto quase não é abordado ou é camuflado.

Controle

Em seguida, no lugar de criar um clima de cooperação, os familiares assumem que o dependente não pode lidar com a situação. 

Por isso, passam a tomar conta de suas responsabilidades e a tomar decisões que possam transmitir uma sensação de controle.

No entanto, há hesitação em buscar ajuda externa e especializada, o que torna difícil encontrar um caminho verdadeiramente resolutivo e de recuperação não só para o paciente, mas para todo o núcleo familiar.

Exaustão emocional

Como consequência da busca incessante por controle, aliada à falta do tratamento adequado para o dependente, a exaustão emocional aparece.

Afinal, existe a culpa pelo quadro, a vergonha em admitir que ele é real e a sensação de fracasso por não conseguir limitar o comportamento abusivo do outro em relação ao álcool ou às drogas.

É comum que as brigas se intensifiquem e que a ansiedade e a depressão surjam ao longo do processo.

Mas vale ressaltar que cada caso é único: embora as fases descritas componham um padrão, mais de uma delas podem acontecer simultaneamente ou até existir a inversão de ocorrência.

O resultado, no entanto, costuma ser sempre o mesmo: mais sofrimento e dificuldade de superação para todos os envolvidos.

Afinal, existe cura para a codependência?

Assim como a dependência química e o alcoolismo são doenças crônicas, nas quais o paciente precisa estar constantemente alerta à possibilidade de uma recaída, o mesmo acontece com a codependência.

Especialmente quando o adicto se recupera, é comum que os sinais apresentados pelo codependente também se amenizem ou sejam eliminados da rotina.

No entanto, estamos falando de um processo.

Aprender a reconhecer gatilhos e a evitar atitudes que conduzam o indivíduo novamente ao comportamento disfuncional é fundamental.

Outro ponto importante é não carregar o peso de se considerar responsável pelo quadro de adoecimento de quem ama.

Mais do que isso, ser capaz de se priorizar: não é egoísmo ver a si próprio como a pessoa mais importante da sua vida. 

Essa, aliás, é uma condição essencial para conseguir ajudar o outro.

Quais são os tratamentos para codependência?

Tal qual a dependência, a codependência exige acompanhamento especializado. 

Em geral, as três abordagens que descrevo em seguida são utilizadas em conjunto.

Tratamento do dependente

Para que o codependente possa superar o seu quadro e compreender que não é sua responsabilidade garantir a recuperação do outro, é importante que o adicto tenha acesso a um tratamento especializado.

No Grupo Recanto, focamos em uma abordagem biopsicossocial, que busca não só combater o vício, mas também promover a qualidade de vida e a retomada da independência.

O resultado beneficia a todos, pois quebra o ciclo de interdependência e permite a construção de relações mais saudáveis, baseadas em confiança e autonomia.

Psicoterapia

Além disso, é importante que o codependente busque ajuda para si e para superar o quadro desenvolvido.

Isso envolve resgatar a sua autoestima e enxergar os comportamentos disfuncionais reproduzidos até então, entendendo o quanto eles afetam a própria vida e a recuperação do outro.

A psicoterapia é uma ferramenta poderosa para tanto, pois permite desenvolver o autoconhecimento e trabalhar questões que podem ter ajudado no surgimento da codependência.

É sobre aprender a lidar com as próprias expectativas diante de crenças muitas vezes irracionais e gerar uma consciência mais realista dos seus sentimentos e comportamentos, como propõe a Terapia Racional Emotiva (TRE), que utilizamos aqui no Grupo Recanto.

Como consequência, se torna mais fácil reconhecer condutas que precisam ser modificadas e ficar menos vulnerável às emoções.

Grupos de mútua ajuda

Engana-se quem pensa que os grupos de mútua ajuda são apenas para dependentes químicos. 

A partir do modelo criado pelo Alcoólicos Anônimos, outros tantos programas de 12 passos foram concebidos.

Os mais conhecidos no Brasil são o Amor Exigente e o Codependentes Anônimos (Coda). 

Este, inclusive, tem como lema “só por hoje serei a pessoa mais importante da minha vida”, o que já mostra muito do seu propósito.

Eles funcionam por meio de reuniões semanais, nas quais os participantes são convidados a compartilhar as suas experiências com outras pessoas que já passaram por situações semelhantes.

A ausência de julgamentos é um aspecto fundamental sobre os programas, que permitem vivenciar uma jornada de autoconhecimento e de redescoberta do amor próprio.

Conclusão

Como destaquei lá no início do artigo, a ajuda da família e dos entes queridos é essencial para que o adicto possa superar o seu vício e voltar a ter o controle da sua história.

No entanto, é preciso estar atento para não transformar o que era apoio em um comportamento compulsivo, que sufoca o outro e leva a ignorar as próprias necessidades.

Quando a codependência é uma realidade, reconhecer o problema é o primeiro passo. 

O próximo é se permitir a receber os cuidados exigidos.

Pela minha vivência diária como diretor aqui do Grupo Recanto, sei que pode não ser fácil lidar com uma situação tão complexa e cheia de nuances, mas é necessário – e o caminho não precisa ser solitário.

Quer oferecer suporte especializado na recuperação de um quadro de dependência química ou alcoolismo e ainda ajudar a romper o ciclo da codependência? 

Preencha o formulário abaixo e aguarde o contato de um dos nossos profissionais.

Fabrício Selbmann

Fabrício Selbman é Diretor do Grupo Recanto, rede de três clínicas de tratamento de dependentes químicos referência no Norte e Nordeste nesse segmento, e também é:

  • Formado em marketing e pós-graduado em gestão empresarial;
  • Especialista em Dependência Química pela UNIFESP. Especialização na Europa sobre o modelo de tratamento Terapia Racional Emotiva (TRE);
  • Psicanalista pela Associação Brasileira de Estudos Psicanalíticos do Estado de Pernambuco (ABEPE);
  • Professor de Especialização na Associação Brasileira de Estudos Psicanalíticos do Estado de Pernambuco (ABEPE);
  • Diretor do Grupo Recanto, rede de três clínicas de tratamento de dependentes químicos referência no Norte e Nordeste nesse segmento.
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Sou Fabrício Selbman, psicanalista, palestrante sobre Dependência Química, diretor do Grupo Recanto, rede de quatro clínicas de tratamento de dependentes químicos, referência no Norte e Nordeste nesse segmento. Sou formado em marketing e pós-graduado em Gestão Empresarial;

Especialista em Dependência Química pela UNIFESP, além de especialização na Europa sobre o modelo de tratamento Minessota.

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