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Fevereiro roxo: Conscientização
Publicado em: 15 de fevereiro de 2023

Atualizado em: 28 de setembro de 2023

Fevereiro roxo: Conscientização

Nos últimos anos, diversas políticas e ações de prevenção e conscientização de doenças vêm sendo realizadas para melhorar a qualidade e a expectativa de vida da população brasileira, como por exemplo, o fevereiro roxo. A realização dessas campanhas durante todos os meses do ano têm contribuído para um maior acesso à informação pela população. 

As campanhas realizadas nos grandes meios de comunicação e o empenho de profissionais de saúde e ONGs voltadas para a atenção e o cuidado da sociedade, vêm contribuindo cada vez mais para que as pessoas desfaçam ideias fixas sobre o cuidado com o corpo e com a saúde física e mental.

Este artigo vem com o objetivo de esclarecer diferentes questões com relação ao fevereiro roxo, discutindo sobre sua origem e possíveis tratamentos, assim como o valor dessa campanha para a sociedade e a importância de realizar a prevenção das doenças. Todas essas questões são essenciais para a promoção da saúde e da qualidade de vida das pessoas.

Fevereiro Roxo

O Que é o Fevereiro Roxo

No mês de fevereiro é realizada a campanha fevereiro roxo com o intuito de fomentar o debate sobre a doença de Alzheimer, Lúpus e fibromialgia. Durante todo o mês, são colocadas em práticas ações para ampliar o conhecimento da sociedade sobre essas doenças, contribuindo para a realização de um diagnóstico precoce. 

Falar sobre essas patologias é importante para desfazer estigmas e ideias preconcebidas que dificultam a busca pelo tratamento e aumentam o sofrimento dos pacientes, atrapalhando a estabilização do quadro. É interessante pontuar  que, todas as doenças do fevereiro roxo são incuráveis, possuindo apenas a possibilidade de controle de seu avanço.

História

A campanha do fevereiro roxo foi criada no estado de Minas Gerais. Surgiu junto ao movimento de desenvolvimento de ações para a conscientização de doenças dos diferentes meses do ano, facilitando o acesso à informações e promovendo estratégias para a busca de tratamento.

Quando Começou?

Foi a partir do ano de 2014 que o fevereiro roxo passou a ser realizado. Sua criação foi feita por meio do movimento de luta de organizações não governamentais. Posteriormente, receberam o apoio de entidades do governo passando a realizar campanhas a nível nacional com a promoção de cursos, palestras e campanhas publicitárias em diferentes meios de comunicação.

Porque Roxo?

Não existe uma razão clara e detalhada sobre a escolha do roxo com a cor representativa do mês de fevereiro. Contudo, entende-se que o roxo passa a ideia de espiritualidade, fé e libertação de preconceitos. Logo, é uma boa representação da postura que deve ser adotada frente ao diagnóstico das doenças trabalhadas no mês.

Entenda a Importância do Fevereiro Roxo e aprenda a ter um Diagnóstico Precoce

Todas as campanhas realizadas durante os meses do ano são extremamente importantes, pois possuem o objetivo de criar estratégias para a promoção da saúde das pessoas.

O fevereiro roxo, especificamente, tem grande relevância para a saúde da população, uma vez que levanta o debate sobre doenças que não têm cura e que não são tão conhecidas por grande parcela da sociedade. A dificuldade em perceber os sintomas apresentados e a demora para buscar ajuda médica, são os principais problemas encontrados. Logo, as ações promovidas pela campanha buscam reverter esse quadro.

Esses esforços são essenciais para uma melhor qualidade de vida e bem-estar dos sujeitos que recebem o diagnóstico de doenças crônicas ou autoimunes. Vale ressaltar que o tratamento disponível nos dias atuais são necessários para impedir o avanço dos quadros, aumentando a expectativa de vida desses pacientes.

Para que o diagnóstico precoce aconteça é essencial que familiares, cuidadores e pessoas próximas ao paciente estejam atentos aos sintomas e sinais que se manifestam. Além disso, buscar informações sobre essas patologias têm um papel fundamental para que tanto o paciente quanto os familiares tenham a possibilidade de reconhecer as mudanças físicas e comportamentais no sujeito.

Sinais de Alerta

Como o Alzheimer acomete principalmente pessoas idosas, é comum que os sinais da doença sejam confundidos com o avanço da idade, como sendo um fenômeno da deterioração natural, provocada pelo processo de envelhecimento do sujeito. Por isso, é importante que os familiares e cuidadores fiquem atentos às pistas que a doença manifesta.

É comum que o sujeito com Alzheimer passe a ter alterações  comportamentais repentinas, por exemplo, não lembrando o caminho de volta para casa, esquecendo fatos marcantes da história de sua própria vida ou acontecimentos importantes para a humanidade.

Também pode apresentar perdas significativas na linguagem, com a presença de um discurso vazio ou sem sentido, as pessoas também podem apresentar episódios de desorientação em tempo e/ou espaço, não reconhecendo lugares que costumava frequentar e se perdendo facilmente na rua.

Todos esses sinais e muitos outros, devem ser observados com cuidado para que o diagnóstico precoce possa minimizar o sofrimento sentido pelos pacientes, ajudando a melhorar a qualidade de vida do sujeito.

Acolher sem Julgamentos

Acolher sem julgamentos é importante para que o paciente sinta-se confortável e confiante durante o processo de tratamento. Ter o apoio familiar livre de ideias preconcebidas e aberto a compreender a realidade em que o parente está inserido, pode contribuir enormemente para o bem estar do sujeito.

Como muitos pacientes com Alzheimer costumam pensar que são um fardo na vida dos familiares, é importante que os parentes demonstrem sensibilidade com relação ao sofrimento que o paciente está passando, isso o ajuda a deixar de lado ideias negativas que podem surgir durante o tratamento.

Fevereiro Roxo

Indicação Profissional

É essencial que nos casos de Alzheimer o paciente busque os profissionais de saúde mais qualificados para o tratamento da doença. Logo, é indicado a consulta com neurologistas e psiquiatras, sendo esses, os profissionais mais qualificados para a realização do diagnóstico da doença de Alzheimer. 

Vale ressaltar que, a intervenção com profissionais da psicologia também é muito importante, tendo em vista que, o confronto com o diagnóstico pode provocar sérias implicações emocionais nos pacientes e familiares. Se esses aspectos não forem trabalhados, o paciente pode acabar desenvolvendo comorbidades como quadros depressivos ou ansiosos.

Esses aspectos podem dificultar o processo de tratamento, diminuindo a qualidade de vida dos sujeitos, logo, a intervenção multiprofissional é a melhor opção para um tratamento que envolva todas as dimensões do paciente.

Quais as Doenças do Fevereiro Roxo

O fevereiro roxo traz o debate sobre o Lúpus, a doença de Alzheimer e a fibromialgia. Sendo importante entender um pouco mais sobre as características de cada uma dessas doenças para que o diagnóstico precoce possa ser realizado.

O Lúpus ou Lúpus Eritematoso Sistêmico é definido como uma doença autoimune e crônica, ou seja, não tem cura. A manifestação desse quadro é mais comum em mulheres e seus principais sintomas são: sensibilidade ao sol, perda de apetite, erupções na pele, epilepsia e quadros psicóticos.

A fibromialgia é uma doença crônica caracterizada, principalmente, pela presença de dores intensas em diferentes partes do corpo. Por ser uma síndrome, ou seja, um conjunto de sintomas, a fibromialgia vêm associada a diferentes tipos de alterações como problemas cognitivos, dificuldades no sono, como a síndrome das pernas inquietas e problemas intestinais.

Já o Alzheimer é uma doença degenerativa que acomete, majoritariamente, pessoas idosas e que têm como principal característica uma acentuada perda de funções cognitivas e da memória. Pesquisas apontam que cerca de um milhão de pessoas convivem com o Alzheimer no Brasil. O fevereiro roxo serve como uma importante ferramenta de informação sobre essa patologia. 

Fevereiro Roxo

Fevereiro Roxo: um grande alerta

O principal alerta trazido pela campanha do fevereiro roxo é a busca por um diagnóstico precoce para doenças como o Alzheimer, por exemplo. Esse aspecto é muito importante no desenvolvimento de estratégias de enfrentamento dos desafios impostos na vida de um paciente acometido com uma doença incurável e degenerativa.

Sintomas do Alzheimer: saiba reconhecer

O Alzheimer é uma doença dividida em estágios, logo, cada fase vai apresentar um conjunto de sintomas específicos.

No primeiro estágio, caracterizado como leve, o sujeito passa a sofrer com alterações na memória, esquecendo acontecimentos recentes e tendo certa dificuldade em realizar determinadas tarefas do dia a dia.

Já no segundo estágio, considerado moderado, começam a surgir os problemas de linguagem, desorientação em tempo e espaço, mudanças de humor e esquecimentos mais acentuados.

No terceiro estágio, forma grave da doença, o paciente apresenta grande dificuldade de comunicação, tem problemas para se alimentar, além de alterações motoras que dificultam a sua vida, sendo necessária a ajuda de cuidadores e familiares constantemente.

O último estágio representa a fase terminal da doença. O paciente já está com a saúde muito debilitada, com prejuízos gravíssimos na memória, sendo incapaz de recuperar memórias do passado ou reconhecer pessoas próximas, além de todas as implicações psicomotoras que manifestam-se.

Tratamentos para o Alzheimer: confira!

A doença de Alzheimer não tem cura. Contudo, existem diversos tipos de tratamentos que podem ser utilizados para diminuir a velocidade e a capacidade de degradação cerebral provocada por essa doença.

Alguns medicamentos podem ser utilizados no tratamento do Alzheimer. Entre os principais, temos: donepezila, rivastigmina e galantamina. Vale ressaltar que o uso dessas medicações deve ser realizado somente quando prescritas por um médico especializado. 

A donepezila pode ser usada em todos os estágios da doença de Alzheimer e age sobre as áreas do cérebro responsáveis pelo processamento da memória. Este medicamento apresenta alguns efeitos colaterais como diarreia e náuseas.

A rivastigmina eleva o nível de acetilcolina no cérebro. Essa substância sofre alterações em pacientes com Alzheimer e assim como outras medicações voltadas para o tratamento dessa doença, apresenta efeitos colaterais como sintomas gastrointestinais.

A galantamina promove a mesma ação que os outros medicamentos voltados para o tratamento do Alzheimer, alterando a produção e a liberação do neurotransmissor acetilcolina. Esse medicamento também apresenta efeitos colaterais como diarreia e tontura.

Além dos medicamentos, outras estratégias são importantes no tratamento da doença de Alzheimer. A psicoterapia tem um papel significativo no processo de cuidado com os pacientes.

O diagnóstico do Alzheimer provoca um grande impacto na vida das pessoas. Em muitos casos, os pacientes passam a construir ideias negativas, pensando que podem virar um obstáculo na vida dos familiares, além de precisarem elaborar as questões relacionadas à morte. 

Junto a isso, doenças como o Alzheimer tendem a provocar um intenso sofrimento aos familiares e cuidadores. Logo, é muito importante que essas pessoas também busquem o atendimento psicológico, para que possam servir de apoio para o parente que está passando pelas dificuldades impostas pela doença.

Uma técnica alternativa que vem sendo utilizada para o tratamento do Alzheimer é a musicoterapia. A partir da utilização de músicas que fizeram parte da história do paciente, o musicoterapeuta promove um trabalho de estimulação dos processos relacionados à memória.

Além disso, a música também possui um aspecto emocional muito forte, contribuindo para a melhora do humor do paciente. Quando associada a utilização de instrumentos musicais, essa técnica também contribui para a melhora das atividades motoras.

A fisioterapia também pode ser utilizada no tratamento, com o intuito de melhorar a realização das atividades físicas que são afetadas pelo quadro de Alzheimer. Essa terapia contribui enormemente para que o paciente tenha uma maior qualidade de vida, diminuindo as dores e contribuindo para a realização de pequenas atividades do dia a dia.

Conclusão

Discutir sobre o fevereiro roxo traz diversos benefícios para a sociedade, principalmente no que diz respeito às estratégias de prevenção e cuidado com a saúde da população.

O acesso à informação e a possibilidade de debater sobre as enfermidades que são discutidas durante todo o fevereiro roxo, proporciona a conscientização das pessoas sobre a importância de buscar estratégias de autocuidado. 

Entender os sintomas, e os sinais que devem ser percebidos, quando alguma dessas doenças se manifesta no organismo é a melhor forma de alcançar um diagnóstico precoce. Isso possibilita a busca por diversas formas de tratamento disponíveis para o enfrentamento do quadro.

Vale ressaltar que, a busca por profissionais de qualidade e bem capacitados é um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Assim como, o apoio familiar e a motivação do paciente, representam aspectos que ajudam na adesão e manutenção do tratamento.

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