Tudo Sobre o Tratamento Involuntário para Dependentes Químicos

A internação involuntária, prevista na nova lei de políticas antidrogas (LEI 13.840), é uma modalidade de tratamento que tem como principal objetivo atender e reabilitar os dependentes de drogas e álcool que estejam em situação grave.

A ideia é promover a recuperação do paciente, ainda que seja inicialmente contra a sua vontade.

O tratamento é visto pela família, por muitas vezes, como um tipo de agressão, algo que fere os direitos de escolha dos que precisam de suporte para se livrar das drogas.

Por isso, muitas famílias optam em não aderir mesmo sabendo das necessidades dos seus entes queridos.

Com a finalidade de esclarecer as dúvidas sobre o assunto, preparamos esse artigo para que você conheça melhor a modalidade de tratamento que pode transformar e salvar a vida dos que sofrem com a doença.

Por que e qual a indicação para essa modalidade de tratamento?

O tratamento involuntário é indicado a indivíduos que estão em um grau elevado de dependência e assim, se encontram impossibilitadas de escolher ou não algum tipo de tratamento.

O dependente muitas vezes perde o controle de sua vida e não compreende como a sua saúde, vida familiar, profissional e interpessoal está sendo prejudicada.

Existem casos onde a internação involuntária se constitui como uma possibilidade como por exemplo ajudar o indivíduo a tratar a síndrome de abstinência ou surtos psicóticos que podem representar um risco para a sua vida, tendo em vista que ele não tem a capacidade de fazer escolhas saudáveis no momento em que se encontra.

A internação involuntária é acionada principalmente pela família e aplicada quando o dependente químico já não tem mais o discernimento sobre os riscos que está exposto e o perigo que pode representar para as pessoas do seu convívio.

É quando o indivíduo já atingiu o estágio de dependência química em que perde o senso crítico, não percebe seus prejuízos e não consegue buscar ajuda por si só.

A pedido de familiar ou de um responsável legal que assinam uma autorização e o processo é iniciado, este familiar precisa ir até um médico, que deverá emitir um laudo constatando a necessidade da internação involuntária.

Após a internação do dependente químico a instituição tem até 72h para comunicar o Ministério Público sobre a involuntariedade, e as informações do caso são encaminhadas para a vara de saúde mental do Ministério Público, garantindo que os órgãos competentes fiscalizem de forma sistêmica cada instituição.

No Grupo Recanto o tratamento involuntário visa fazer com que o paciente seja tratado em uma abordagem biopsicossocial, levando em consideração variados aspectos de sua vida, ou seja, olhar para ele de forma integral respeitando a sua individualidade.

Com esse tipo de tratamento é possível trazer o paciente ao entendimento dos seus problemas e prejuízos causados pelo consumo de drogas.

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Como lidar com o Dependente que não Aceita o Tratamento?

Os dependentes químicos não reconhecem em sua maioria, que são dependentes das drogas e por conta disso os familiares e pessoas próximas sofrem na tentativa de criar meios para lidar com a rejeição dele ao tratamento e tentam de toda forma fazê-lo entender que precisa de ajuda.

Os familiares devem acima de tudo apoiar e ajudar o dependente para que o seu tratamento tenha bons resultados, por conta disso, é fundamental saber como agir nesse momento, para não acabar agravando ainda mais a situação.

Quando a família perceber a necessidade da internação involuntária, no início da busca por esta intervenção, o indicado é que o dependente, no primeiro momento, não saiba o que está acontecendo para evitar que comportamentos agressivos e tentativa de fugas.

As clínicas que trabalham com a internação involuntária, como o Grupo Recanto, contam com equipes de profissionais preparados para acolher e lidar com essa situação e assegurar que o dependente tenha acesso ao tratamento e saiba o que está acontecendo no momento apropriado.

No começo é difícil, mas com o passar do tempo o paciente compreende que precisa se tratar e que a família agiu corretamente em optar por esse método de tratamento.

O que Muda com a Nova Política Nacional de Drogas?

A nova lei 13.840/6 prevê o tratamento involuntário, este método é indicado quando os familiares notam a situação na qual o dependente se encontra.

Porém, esse tipo de internação é utilizado quando o dependente químico começa a colocar sua vida em risco, assim como a de pessoas a sua volta.

Desta maneira, esse tipo de internação só deverá ser indicado quando todos os recursos disponíveis não tiverem sido suficientes para a melhora do paciente.

A atualização na política nacional de drogas, sancionada pelo Governo Federal em junho de 2019, estabelece critérios mais claros para a realização da internação involuntária, que só poderá ocorrer em unidades de saúde registradas ou em hospitais gerais.

O texto sancionado prevê que a internação involuntária também poderá ser feita a pedido de servidor público na área de saúde ou assistência social mediante autorização médica.

A internação depende da avaliação do tipo de droga consumida pelo dependente e o padrão de uso, a família poderá, a qualquer tempo requerer ao médico a interrupção do tratamento.

Além disso, a lei fala a respeito de que a internação involuntária deve acontecer em um período de tempo que possibilite a desintoxicação do paciente que deve ser no máximo 90 dias, com o término do tratamento determinado pelo médico responsável.

Quais os principais benefícios da internação involuntária?

A internação involuntária é um método seguro que possibilita que o dependente interrompa seu uso ativo de drogas ou álcool e consiga voltar a viver em equilíbrio com a sua família e consigo mesmo, podendo assim reconstruir sua vida e viver uma nova história sem as drogas, que foram tão prejudiciais a ele.

Como vimos, esse tipo de internação tem uma enorme importância tanto para a vida do dependente, quanto para os familiares, pois ele pode definir entre a vida e a morte de alguém quando ela não consegue perceber que pode representar perigo a si mesma.

Existem diversos benefícios com a internação involuntária, e é importante a princípio de tudo, conhecer os aspectos que envolvem o tratamento antes de emitir uma impressão negativa.

Grandes chances na recuperação:

Na maior parte das internações involuntárias, o dependente fica revoltado e no começo, não está disponível para nenhum tipo de tratamento, porém, com o passar dos dias, isso tende a mudar devido ao processo de reestabelecimento da sanidade e senso crítico e os dados apontam que as chances de recuperação são bastante elevadas.

Acompanhamento 24h

O interessante da internação involuntária é que a clínica de reabilitação proporciona ao dependente um atendimento 24 horas por dia, todos os dias da semana.

Com esse atendimento, o adicto entra em contato com o grupo multidisciplinar, composto por terapeutas, psicólogos, dentre outros profissionais especializados que são fundamentais para o processo de recuperação.

Tudo o que um usuário de drogas precisa nesse momento de dificuldade, é de compreensão, paciência e de muito apoio.

O Grupo Recanto é uma clínica de referência no tratamento da dependência química, que já ajudou mais de 3000 famílias a se livrarem dos problemas com álcool e outras substâncias.

Temos mais de 100 profissionais qualificados, que irão oferecer a você e seu ente querido, ferramentas fundamentais para o início de uma nova vida.

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Conclusão

A dependência química é uma doença que traz muitos prejuízos para o indivíduo, porém, quando este não consegue compreender a gravidade de seu problema, não conseguindo abandonar o consumo de drogas e representa um risco para si mesmo e para a sociedade é indicado o tratamento involuntário.

Muitas vezes o dependente não aceita que precisa de tratamento por não compreender a complexidade da sua situação, é importante que a família se mostre firmemente presente nesse contexto, pois o auxilia e ajuda a passar por esse momento difícil.

O tratamento involuntário no Grupo Recanto é feito por uma equipe multidisciplinar especializada em dependência química, que está preparada e informada, inclusive sobre a nova lei para o tratamento involuntário de dependentes químicos.