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Por que ocorre a Abstinência Alcoólica, sintomas, riscos, como lidar e como prevenir
Publicado em: 06 de janeiro de 2022

Atualizado em: 03 de abril de 2024

Por que ocorre a Abstinência Alcoólica, sintomas, riscos, como lidar e como prevenir

Para poder entender a abstinência alcoólica, é preciso primeiro entender o conceito do alcoolismo e da dependência, a dependência química é considerada uma doença crônica pela Organização mundial de saúde (OMS) caracterizada como um transtorno mental com sintomas e sinais associados ao uso de drogas.

A dependência química do álcool é um fenômeno que afeta 12,3% dos brasileiros entre 12 e 65 anos de acordo com o II Levantamento Domiciliar sobre Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil.

A tolerância e a abstinência são dois sintomas característicos de qualquer dependência química e com o álcool não é diferente.

A tolerância acontece quando o organismo passa a se adaptar às substâncias, e com o decorrer do tempo de consumo vão sendo necessárias maiores doses do álcool para atingir o mesmo efeito, pois, o corpo vai se acostumando com as dosagens anteriores.

A abstinência, também chamada de síndrome de abstinência, ocorre quando a pessoa dependente do álcool, para de consumir durante um período, e o seu organismo começa a apresentar sintomas desagradáveis, justamente pela falta da substância. 

E isso faz com que a pessoa passe a consumir novamente, para cessar os efeitos do álcool indesejáveis, alimentando assim, o ciclo da dependência.

A abstinência alcoólica é apenas um dos estados da doença complexa que é o alcoolismo, nesse texto explicarei em detalhes o porquê acontece a abstinência alcoólica e o que ela é, bem como seus principais sintomas, complicações e como tratar.

O que é abstinência alcoólica?

Também chamada de síndrome de abstinência alcoólica é definida como o conjunto de sintomas gerados pela retirada repentina do álcool para pessoas que fazem um uso abusivo da substância, fazendo com que o corpo demonstre sinais dessa falta.

Os sintomas e sinais demonstrados dependem de organismo para organismo, pois cada sujeito é diferente e reage de formas diferentes, além disso, outro aspecto que pode interferir é o tempo de uso.

Sendo comum o aparecimento de crises de abstinência, que são momentos em que os sintomas são potencializados e acontecem quando se tenta interromper o uso do álcool, levando a modificações na vida do paciente.

Como o álcool age no organismo?

Como o álcool age no organismo?

O álcool faz com que a pessoa se torne dependente porque atinge neurotransmissores que ficam ligados e acionados toda vez que você ingere o álcool.

Ao ingerir o álcool há uma clara sensação de euforia que acaba dando um impulso para que haja um maior consumo, com uma maior ingestão receptores específicos são ativados e outros não, um deles vai impedir que o efeito eufórico continue e iniciar a segunda fase do efeito alcoólico, levando a uma sensação de sedação, relaxamento, perda de controle da coordenação e humor depressivo.

Quanto maior o número de vezes que se consome e principalmente se for de maneira constante, o corpo vai entender que precisa captar e recolher mais dessa substância e vai regular o número e função de dos receptores no cérebro, aumentando aqueles que receptam as substâncias alcoólicas e mudando a função de alguns para que também façam isso.

Ocorre aumento principalmente nos receptores que incentivam ao comportamento depressivo e diminuição dos que liberam euforia com o passar do tempo e uso abusivo do álcool, fazendo que ao se afastar do álcool fique em estado de excitação.

Esse efeito ligado ao fato de que o sistema de busca e recompensa do cérebro está totalmente associado ao álcool, leva a acontecer o estado de “fissura” que é uma forte compulsão de consumir a bebida alcoólica ou outras fontes de consumo de álcool.

Leia também: Álcool é droga: quais são os efeitos e consequência do uso?

Por que ocorre a abstinência alcoólica?

A abstinência ocorre quando o paciente comumente faz uso abusivo e de forma compulsória e tenta interromper esse uso, com isso o corpo que estava acostumado a absorver e captar quantidades absurdas dessas substâncias, agirá da forma que precisar para suprir a falta dessas substâncias no organismo.

Assim o corpo começa a manifestar um conjunto de sintomas e sinais específicos, derivados da suspensão abrupta do álcool e que começam a aparecer para que o corpo volte a ter o consumo da substância.

Essa síndrome é derivada da tentativa de adaptação neurológica do cérebro do paciente, que foi condicionado ao uso do álcool, a agora ficar fora da influência dele, pois possuímos um sistema no cérebro chamado de sistema de recompensa que regula nosso incentivo, interesse, prazer e saciedade nas coisas em que fazemos e experienciamos.

Esse sistema funciona de forma organizada de acordo com cada organismo, os neurotransmissores do prazer atuam aqui, o álcool interfere nesse equilíbrio natural, alterando sua quantidade e seu estado, assim como alterando seus receptores para comportar a quantidade entregue.

O sistema fica assim adaptado para as altas doses de álcool, então uma vez que é suspenso o seu uso, o corpo começa a gerar uma irritação psíquica e física, para ter novamente os efeitos da substância no corpo. 

Além de que o álcool é muitas vezes usado para suprir a crise de abstinência quando ela acontece, deixando assim o corpo ainda mais sensível.

Assim, pela retirada do álcool o sistema nervoso fica muito estimulado e começa a gerar os sintomas e sinais típicos da abstinência, como uma tentativa do corpo se readaptar. 

Quais os principais sintomas da abstinência do álcool?

Quais os principais sintomas da abstinência do álcool?

Os sintomas da abstinência alcoólica de cada pessoa variam de acordo com sua intensidade, essa variação ocorre de acordo com alguns fatores como herança genética, idade, tempo e frequência de uso e possíveis comorbidades.

Os sintomas podem viver de forma mais branda até a forma incapacitante ou letal, esses sintomas começam assim que o nível de álcool no sangue diminui, ou seja, é muito comum após um descanso ou quando acorda pela manhã. 

Em termos gerais os sintomas e sinais da abstinência duram em média 5 dias, podendo variar de acordo com os aspectos já citados anteriormente, o segundo dia geralmente é o dia em que os sintomas estão mais agudos, isto é, mais fortes.

Os sintomas podem retornar após um tempo, pois a crise de abstinência alcoólica pode durar de 4 até 6 semanas, sendo a duração dos sintomas menor, porque se alternam, o que a pessoa sente hoje pode não ser igual ao que sente amanhã.

Ansiedade

Não é surpresa para ninguém que a ansiedade quando em excesso desencadeia transtornos ansiosos, mas muitos não imaginam a relação do álcool com a ansiedade e é isso que relatarei aqui.

O uso excessivo de álcool pode gerar transtornos de ansiedade, pois esse uso excessivo desregula as substâncias e áreas responsáveis pela liberação dessas substâncias responsáveis pelo controle emocional, deixando mais vulnerável para qualquer descontrole de modo emocional.

Podendo gerar crises de ansiedade, que causam alterações no humor, irritabilidade, dificuldade de concentração, dificuldade em manter compromissos, alterações de peso, suor pelo corpo e tremores nas extremidades (mãos e pés), esgotamento físico e mental, aceleração dos batimentos cardíacos, entre outros.

Depressão

Depressão

O álcool pode ser tanto o desencadeador da depressão como pode aumentar a intensidade dos sintomas de quem já a possuía anteriormente e buscou o álcool como um refúgio, esse tipo de transtorno é facilmente desencadeado pelo próprio álcool ser uma droga depressora.

O uso de álcool mesmo que moderado pode desencadear sintomas depressivos que podem evoluir para um transtorno depressivo, contudo aqueles que fazem um maior uso ou abusam da substância possuem maior chance de desenvolver.

O álcool é um depressor natural do sistema nervoso central e age em diversos neurotransmissores como GABA, noradrenalina, glutamato, agindo de forma sedativa, quanto maior a frequência do uso e intensidade das doses maior será esse efeito.

A maioria das pessoas já possuem uma predisposição genética para a depressão e o uso do álcool aflora essa herança genética. 

Também é comum que as pessoas já tenham um nível mínimo da doença antes de se envolverem com o álcool, e o álcool acelerou o desenvolvimento, porém o contrário não é necessariamente verdade, não há comprovação que a depressão incentive a ingestão de álcool.

Oscilações de humor

As oscilações de humor podem ser resultantes de transtornos mentais associados à condição alcoólica, como a ansiedade e a depressão já citados aqui, como também resultante dos efeitos próprios do álcool.

O álcool atua em duas etapas, uma primeira mais estimulante e eufórica e a segunda mais relaxante e depressora do sistema nervoso central, alterando a química e a organização dos neurotransmissores cerebrais.

Neurotransmissores que, quando ficam sem acesso ao álcool, produzem estresse, irritabilidade, mau humor, o que causa uma alternância.

Fadiga

A fadiga é um reflexo físico da falta de álcool no corpo, uma vez que ele altera o sistema de recompensa e o corpo passa a agir em torno da substância, logo o hormônio do prazer e bem-estar está atrelado ao álcool.

De forma que quando fica sem o álcool, o corpo tende a ficar mais irritado e estressado, assim como mais cansado, pois o corpo se movia em função disso, acontece também uma fadiga mental.

O álcool afeta sua aptidão cognitiva e por ser uma droga depressora, gera sonolência e relaxamento mental e físico, tornando esse o novo equilíbrio cerebral, e quando fica sem a substância a mente fica pesada e confusa gerando fadiga mental e física.

Sem a droga o corpo utiliza-se das reservas de serotonina no corpo, fazendo com que a pessoa fique de modo desestimulado e um pouco deprimido, podendo também contribuir para a sensação de cansaço.

Dor de cabeça

Por motivos semelhantes a fadiga, a dor de cabeça acontece, a falta da substância e seus derivados que quando captados pelos neurotransmissores vão liberando vários tipos de sensações, ativam as áreas, causando certa irritação mental, podendo vir acompanhada de sensação confusão mental e dificuldade de raciocínio.

Além de que o álcool afeta a concentração de açúcar no sangue, diminuindo essa concentração, mesmo após um tempo do consumo a sensação pode permanecer.

Agitação

Durante a falta de administração do álcool para o consumo pode ocorrer que a adrenalina que era distribuída de forma desordenada enquanto fazia o uso do álcool seja ativada.

Essa adrenalina que estava espalhada pelo corpo pode gerar um comportamento mais ativo e violento, assim como uma sensação de agitação pelo corpo.

Quais os sintomas da síndrome de abstinência alcoólica leve? 

Quando o quadro do paciente não apresenta características severas, com muitos anos de abuso de álcool, ou seja, quando ele apresenta dependência leve, os sintomas de abstinência costumam se manifestar de forma mais branda com tremores, fraqueza e agitação psicomotora leves.

Contudo, é importante ficar atento às características que normalmente ocorrem em casos de abstinência severa, por exemplo, como agressividade, vômitos, quebra das relações familiares e sociais e crises de ansiedade intensas, que normalmente não estarão presentes em quadros de abstinência alcoólica leve.

O que é o Delirium Tremens?

O delirium tremens é uma alteração patológica do estado mental do sujeito, característica nos quadros de abstinência alcoólica e que provoca uma série de sintomas, entre eles: alterações de juízo de realidade, como delírios, alucinações, ansiedade, sono profundo e taquicardia. 

É considerado um quadro grave e pode trazer sérias complicações para a vida do paciente, tendo como consequência mais grave, a morte. É importante que familiares e cuidadores fiquem atentos aos sintomas, para que possam buscar ajuda médica o mais rápido possível.

Como é feito o diagnóstico de abstinência alcoólica?

O diagnóstico da síndrome de abstinência pode ser feito por médicos clínicos gerais e psiquiatras, psicólogos e neurologistas. Assim, ao ir ao médico, ele realizará uma série de perguntas através de uma entrevista chamada anamnese, além de exames físicos.

Com o histórico médico e os resultados dos exames físicos, a pessoa encarregada deverá ficar atenta para as possíveis outras doenças que o paciente pode vir a ter ou já apresenta no momento.

Comumente também são realizados exames de sangue e de urina para se determinar os níveis de álcool no corpo, bem como ver as taxas do sangue para ter uma ideia geral da saúde da pessoa.

Reunindo todas essas informações o profissional encarregado realizará o diagnóstico, sendo sempre indicado uma investigação complementar e monitoramento médico.

Quais os tratamentos para síndrome de abstinência alcoólica? 

Quais os tratamentos para síndrome de abstinência alcoólica? 

O tratamento para síndrome de abstinência envolve o acompanhamento psicológico, com a realização de psicoterapia voltada para intervenções com alcoólatras. A realização desse tipo de terapia é importante para que o sujeito tome consciência das razões que o levaram a consumir o álcool de maneira exagerada.

Além disso, é importante buscar ajuda de um psiquiatra principalmente nos casos mais graves, onde será possível utilizar estratégias de tratamento medicamentoso, verificando também a necessidade de uma possível internação.

As medicações mais utilizadas no tratamento do alcoolismo são o dissulfiram, a naltrexona e o acamprosato. Essas substâncias agem auxiliando no controle do desejo pelo consumo da bebida e ajudam a melhorar os sintomas ansiosos.

A realização de atividades físicas e uma boa alimentação podem contribuir para que o tratamento seja mais efetivo, além de melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Principais riscos de complicação da abstinência alcoólica

A abstinência alcoólica pode gerar uma série de complicações que podem dificultar o tratamento e o enfrentamento do quadro. A síndrome de Wernicke-Korsakoff é uma das complicações que pode se manifestar.

Essa síndrome ocorre em pacientes que abusam no consumo de álcool, ela se manifesta devido a deficiência da vitamina B1, provocando sérias alterações na memória com dificuldade na armazenagem de novos conteúdos. 

Além disso, na abstinência alcoólica também podem ocorrer complicações como: transtorno psicótico, Delirium Tremens e convulsões.

Como aliviar a abstinência do álcool?

Existem alguns medicamentos capazes de aliviar os sintomas de abstinência do álcool, como alguns barbitúricos e betabloqueadores, contudo, eles possuem ressalvas com relação a certos casos, precisando ser usados apenas por indicação médica.

Assim como a prática de exercícios físicos aliada a uma boa alimentação pode reduzir os impactos da abstinência, pois essas práticas ajudam a regular os níveis dos neurotransmissores.

Se a pessoa estiver em processo de psicoterapia durante o processo de abstinência, também pode ajudar a reduzir os processos psicológicos que ocorrem durante essa fase.

Embora, o ideal mesmo seja uma atenção nas três áreas acima citadas, pois, a abstinência de álcool é um momento de vulnerabilidade física, emocional e psicológica.

Leia também: Remédio para parar de beber: Conheça tudo sobre o tratamento

Como lidar com abstinência alcoólica durante o tratamento?

A abstinência pode ser contida de diversas formas durante o tratamento, essas formas dependem do tipo de tratamento que está em curso.

Uma opção já não tão utilizada é o uso de medicamentos específicos para reduzir os efeitos da abstinência de drogas específicas, no caso do álcool os mais usados são o olcadil, o apraz, o frontal e a carbamazepina.

O uso de terapia aliado a uma dieta e exercícios físicos podem ajudar a balancear novamente o equilíbrio psíquico e biológico, a terapia ainda ajudará o paciente a entender o que acontece com ele e por quê.

Num tratamento por internação é possível que seja feita uma combinação de todos esses tipos e modelos de tratamentos, possuindo um maior suporte com relação a saúde e bem-estar do paciente.

Como prevenir possíveis crises de abstinência?

A forma mais óbvia que seria o afastamento da bebida alcoólica, acaba sendo a mais eficiente, pois se você não estiver em contato com a substância e seu corpo já estiver desintoxicado, não haverá como seu corpo sentir os efeitos da abstinência.

É importante obter aconselhamento médico para lhe ajudar nesse momento, como também procurar o apoio psicológico para se manter alheio a ideia de voltar a consumir, assim como fortalecer as suas novas crenças que guiam sua vida.

Vale também lhe dizer que é preciso tomar alguns cuidados, que discutirei com você adiante, porém já ressalto que o ideal é que tome todos eles, claro que diante de sua possibilidade.

Evite locais onde há o consumo de bebidas alcoólicas

Evitar esses locais onde facilmente é associado com o consumo de bebidas alcoólicas, onde muitas vezes o consumo era feito de forma social e com amigos e colegas, serve para que essas lembranças não venham a aparecer novamente na mente e lhe tentar.

Quanto mais afastado ficar nesses lugares e locais, mas centrado em sua manutenção vocês ficarão, se algum desses locais representa algo além disso para você, deixe para visitá-lo depois, quando já estiver mais seguro e experiente nessa nova vida.

Pratique exercícios físicos

A prática de exercícios físicos regulares pode ajudar de diversas formas, seja como musculação, yoga ou na prática de esportes, os exercícios além de lhe dar uma nova ocupação liberam dopamina no organismo, coisa que antes estava condicionada ao uso alcoólico.

Assim ajudando a regularizar novamente os neurotransmissores, bem como ajudando a melhorar sua condição corporal que normalmente em quadros de alcoolismo não está no ideal, além de ser benéfica para pessoas com comorbidades como pressão alta, diabetes, ansiedade e depressão.

Tenha uma alimentação saudável

Uma boa alimentação pode ajudar bastante não só em sua manutenção contra o consumo alcoólico, bem como melhorando sua saúde geral e diminuindo a predisposição a outras doenças.

As pessoas dependentes do álcool quando na ativa dificilmente possuíam uma boa alimentação, primeiramente não ingerem muitos alimentos e aqueles ingeridos não eram absorvidos apropriadamente por conta do efeito alcoólico no intestino e no fígado.

É comum o caso de desnutrição proteica, deficiência de magnésio e zinco, assim como deficiência de vitaminas A, C, D e complexo B.

Assim uma boa alimentação irá suprir esse déficit que ficou em seu corpo pelo tempo em que consumia o álcool, assim como regular as taxas químicas do corpo e produzir melhores efeitos, assim como promover a sua saúde geral. 

Esteja comprometido com o tratamento

Para isso tudo dar certo é preciso muito comprometimento e determinação, pois precisará de mais do que apenas sua força de vontade para melhorar e se manter nesse estado sem entrar em recaídas.

E para isso é importante suporte médico e psicológico para que se mantenha focado e confiante no processo, grupos de apoio como os Alcoólicos Anônimos (A.A) podem dar um grande suporte, principalmente pelo programa dos doze passos.

Quanto tempo dura o período de abstinência do álcool?

A síndrome de abstinência costuma acontecer quando ocorre a diminuição da concentração de álcool no sangue, assim o corpo já sente como se precisasse ingerir mais álcool.

O tempo que os sintomas da abstinência duram, depende de fatores como a genética da pessoa, o tempo de uso e o tempo da última vez que foi ingerido o álcool.

Os sintomas perduram por muito tempo, geralmente até a pessoa ingerir o álcool novamente ou até o processo de desintoxicação se encerrar, caso esteja em tratamento.

O processo de desintoxicação é a retirada das impurezas restantes da substância que ainda estão no corpo, com a ajuda de uma equipe multiprofissional que supervisiona o processo, é possível fazer uma transição tranquila, porém o processo de desintoxicação pode durar dias ou semanas, a depender de cada pessoa.

Como uma clínica de reabilitação pode auxiliar durante as crises?

Nas clínicas de reabilitação é muito existe um tratamento direcionado e adequado para cada caso, com um olhar humanizado, auxiliando o paciente no controle e amenização de seus sintomas de abstinência, desta forma, a pessoa se concentra somente em sua recuperação e conta com o suporte de uma equipe multiprofissional.

Aqui na clínica do Grupo Recanto contamos com o suporte de médicos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, educadores físicos, nutricionistas, consultores e monitores em dependência química, enfermeiros, entre outros.

Assim, com essa equipe e um médico disponível 24 horas, o paciente estará respaldado e auxiliado de todas as formas citadas nos tópicos anteriores, tendo suporte médico e psicológico, tendo uma rotina que contempla lazer, exercícios físicos e uma boa alimentação.

Além de tudo isso, através do nosso projeto terapêutico será possível deixar de lado as antigas crenças e atitudes que levaram a dependências e aprender novas, para a nova vida que vem depois do tratamento.

Afinal, como curar a abstinência alcoólica?

É importante pontuar que, o alcoolismo é uma condição que não tem cura, o paciente deve buscar o tratamento para aprender a controlar o desejo pela bebida e precisa se manter sempre motivado para evitar o consumo de qualquer quantidade de álcool.

O apoio familiar e um ambiente saudável são importantes para a manutenção do estado do paciente, ou seja, o tratamento do alcoolismo é contínuo, o indivíduo deve estar sempre empenhado em se manter afastado da bebida alcoólica para evitar recaídas. 

Conclusão

O objetivo desse artigo foi justamente explicar o que é a abstinência alcoólica e como ela atinge a cada pessoa, seus sintomas e como lidar ou evitar eles.

A abstinência do álcool é um processo que todo dependente alcoólico já passou pelo menos algumas vezes durante a sua vida, a diferença é que muitos tomam isso apenas como um momento de incômodo, quando na verdade é um aviso de seu próprio corpo.

Então, acredito que consegui demonstrar num passo a passo boa parte da extensão desse problema e porque ele acontece, no Brasil chega a ser um hábito cultural o ato de beber álcool e introduzir alguém nele, tanto que muitas famílias permitem que seus filhos o conheçam bem cedo e alguns até incentivam.

Afinal, agora que está ciente de alguns dos vários riscos que essa droga pode trazer, acredito que buscará ajudar a si mesmo e a outros que conhecem, e isso não é só em caso de dependência, a OMS já alerta para prejuízos visíveis em pequenas doses e uso social, e ela não recomenda o consumo de álcool em nenhum nível. 

Agradeço por sua companhia e por ter investido seu tempo para adquirir conhecimento sobre a dependência química, até a próxima!

Nós possuímos clínicas do Grupo Recanto em Aracaju e Igarassu, caso lhe interesse ou conheça alguém que necessite muito de um tratamento, entre em contato conosco.

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