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Clínica de recuperação para dependentes químicos – GUIA 2022!

Esse é um assunto ainda permeado por muitas dúvidas: o que é uma clínica de recuperação? Qual o seu papel? O que é a dependência química? E por que buscar tratamento?

As respostas para essas perguntas e para outros questionamentos, você encontrará no decorrer do texto, um fato é, que a dependência química é uma doença complexa e que apesar de possuir tratamento, a maioria não sabe ou não entende como funciona.

Como verá mais adiante, a clínica de reabilitação oferece um modelo de tratamento por internação, possibilitando o cuidado máximo da pessoa e o alívio dos sintomas que possui, assim como um tratamento aprofundado das causas.

Os tipos de internações, as diferenças entre masculino e feminino com relação ao tratamento, são questões que também serão discutidas ao longo do desenvolvimento do texto.

É preciso que se mantenha atento, pois há muitos mitos sobre esse tema, que só poderão ser esclarecidos com uma leitura atenta, assim como poderá entender como ajudar a si mesmo e a seu parente/amigo em situação de dependência.

O que é uma clínica de recuperação ou reabilitação?

A Clínica de Recuperação ou Reabilitação oferece uma proposta de tratamento fundamentada no comportamento humano, como objetivo de informar/educar os(as) pacientes para que estes(as) possam compreender a severidade e consequências da sua dependência química. 

Dessa forma, também conscientizá-los(às) dos mecanismos de defesa mentais, para que possam reconhecer suas impotências, buscando obter um melhor estado emocional e desenvolver estratégias para prevenir recaídas.

Os tratamentos contemporâneos podem envolver modelos médicos, psicológicos, psicossociais e espirituais.

Importância da clínica

As técnicas terapêuticas mais eficazes se baseiam na proposta de que as dependências são doenças biopsicossociais que necessitam de abstinência completa e amadurecimento pessoal, sustentados na recuperação e nas mudanças de comportamentos.

Podemos utilizar a definição da clínica de recuperação ou reabilitação como uma instituição que provê o tratamento da dependência química em toda a sua complexidade. 

Além de disponibilizar um local seguro para que se consiga a abstinência total do uso de substâncias psicoativas, o tratamento de desintoxicação (biológico), e sua realidade psicossocial e espiritual.

Comumente o(a) dependente químico(a) ou a família, buscam o tratamento, em um momento de crise em que o(a) dependente apresenta claros prejuízos nas áreas: física, mental, espiritual, social, familiar e profissional. 

Neste momento é de fundamental importância o acolhimento estruturado de uma clínica de recuperação ou reabilitação, que deve proporcionar aos(as) dependentes uma diminuição de suas defesas, resistências e para que assim demonstrem maior disponibilidade e abertura a mudanças.

Qual a importância da clínica de recuperação de drogas?

A clínica de recuperação de drogas possui uma grande importância para a recuperação da pessoa que está em situação de dependência.

A dependência química é uma doença complexa e que afeta a pessoa como um todo, de maneira emocional, social, biológica e psicológica, precisando de um tratamento igualmente complexo.

Dessa maneira, a clínica de recuperação é importante para não só tratar dos sintomas das doenças, mas também, se investigar as possíveis causas que levaram a condição de dependência, assim como suas atitudes e pensamentos que perpetuam essa condição.

A clínica funciona como um espaço capaz de acolher os sofrimentos e dores dessas pessoas, e assim, conscientizar do porquê estão ali e realizar um tratamento que atenda às necessidades deles. 

Além de, os preparar novamente para um convívio social e construção de um novo estilo de vida.

O que pode levar uma pessoa a usar drogas?

clínica de recuperação de drogas

Diversos fatores podem contribuir para que o(a) indivíduo(a) venha a fazer o uso de substâncias químicas. Cada pessoa possui um universo particular de costumes e crenças, alguns(as) acreditam que o uso de drogas é um tabu enquanto outros(as) despertam curiosidade. Estudos comprovam que tais fatores se manifestam no emocional, social e biológico. 

Presença nos locais

Certamente, a onipresença das drogas em diversos meios torna a curiosidade um risco letal para o primeiro contato. Invariavelmente, a influência de grupos sociais facilita o acesso e incentiva o consumo experimental de substâncias. Ademais, esse contexto ambiental exerce pressão direta sobre a vulnerabilidade do indivíduo. Logo, fortalecer a autonomia pessoal é essencial para neutralizar esses agentes facilitadores externos.

Fator emocional

Já o fator emocional parte de quando o indivíduo(a) pretende uma alteração do seu estado de consciência real, ou seja, ele(a) tem dificuldades para lidar com responsabilidades e emoções criando expectativas, acaba por se frustrar e consequentemente usando para minimizar a dor.

Quando o paciente apresenta insegurança e acredita que ao fazer uso de determinada droga obtém a coragem necessária para realizar alguma atividade, quando não há perspectivas de crescimento pessoal e profissional na vida o uso de drogas acaba sendo a zona de conforto. 

Ou quando se perde o raciocínio do certo e errado, a droga passa a ser uma aliada como fator de transgressão. 

De uma maneira geral, o uso de drogas traz uma falsa sensação de fuga dos problemas. 

Primordialmente, a hereditariedade atua como um marcador genético que predispõe o indivíduo ao despertar da dependência química em qualquer fase da vida. Inequivocamente, buscar uma clínica especializada é vital para identificar se o gatilho do vício foi biológico, ambiental ou social. Subsequentemente, o suporte profissional permite que essas causas profundas sejam tratadas por equipes multidisciplinares. Portanto, o diagnóstico preciso e a intervenção técnica são os únicos caminhos para neutralizar influências genéticas e restaurar a saúde.

Quais são os sintomas da dependência química?

Os sintomas aparecem em sete formas, tendo cada uma sua peculiaridade. 

Com uma maneira de agir visando a desadaptação do uso de substância, provocando um sofrimento considerado significante do ponto de vista clínico, manifestado por três (ou mais), no período de 12 meses, apresentando-se através da saúde física e de comportamentos da pessoa.

São os sintomas: 

  1. Uso em grandes quantidades com os períodos de uso maiores que o intencionado; 
  2. o organismo passa a apresentar tolerância e naturalmente aumentam as quantidades e os tipos de substância
  3. uma síndrome de abstinência seguida de um uso para aliviar os sintomas; 
  4. não apresenta muito desejo ou esforço em parar o consumo, diminuir ou controlar; 
  5. um tempo maior gasto em obtenção das substâncias, durante o uso ou mesmo para se recuperar dos efeitos; 
  6. acaba por reduzir ou abandonar atividades comuns, sociais ou ocupacionais devido ao uso; 
  7. utiliza como desculpa para manter o uso algum problema físicos ou psicológicos.

Lembrando que à medida que a dependência química vai se instalando e progredindo o comportamento da pessoa transita e oscila dentre esses aspectos da doença. 

Sendo necessário tratamento especializado para minimizar ou reparar os sintomas, como o uso de medicamentos, prática de psicoterapias e a internação em uma clínica de recuperação de drogas.

Como é o tratamento de um dependente químico?

Desenvolvendo cada vez mais o método de tratamento, busca-se colocar em plano de igualdade de discussão a equipe técnica e profissional médicos(as) e psicólogos(as) com os(as) consultores(as) em dependência química que conhecem a fundo o problema da dependência química. 

Fazendo assim a união do técnico com o empírico, para melhor entender e ajudar os internados em tratamento visando a recuperação física, emocional, social e espiritual.

Tratamento médico e psicológico

O tratamento médico é importante no início para avaliar as consequências clínicas da dependência e acompanhar as manifestações de abstinência. 

O tratamento psicológico e de aconselhamento em dependência química visará mudar ou influenciar atitudes e comportamentos de pacientes, para aumentar a motivação de abstinência e diminuir mecanismos de defesa (negação, racionalização e projeção da culpa).

Desta forma é possível que cada residente vá em busca de seu papel, vivendo e discutindo seus problemas em um ambiente seguro e democrático. 

Intervenção terapêutica

A utilização deste modelo desperta a responsabilidade individual e em grupo, facilitando a participação de todos nas atividades propostas no projeto terapêutico.

A clínica de recuperação de drogas, em diferença a outras abordagens de tratamento, mantém um tratamento clínico, psiquiátrico, psicológico e fundamentalmente empírico de um(a) adicto(a) ajudando o(a) outro onde cada caso é um caso e com isso o tratamento deve ser o mais individualizado possível, apesar de não fugir do tratamento em grupo.

Como conceito de tratamento ou intervenção terapêutica, se entende ser uma série de eventos que iniciam quando o usuário(a) de substâncias psicoativas estabelece um contato com uma clínica de recuperação ou reabilitação, estabelecimento de saúde ou serviço comunitário.

O tratamento inclui: 

  • o diagnóstico, 
  • tratamento da crise de abstinência, 
  • a assistência à saúde, 
  • a conscientização da doença e a reintegração social das pessoas afetadas, com finalidade de chegar a abstinência completa para desta forma tratar a dependência, 
  • melhorar a saúde e a qualidade de vida, aproveitar ao máximo as capacidades do(a) indivíduo(a) ,
  • e prover acesso a serviços, oportunidades e plena reabilitação social.

O programa terapêutico a ser desenvolvido no período de tratamento da clínica de recuperação de drogas tem como objetivo ajudar o(a) dependente químico(a) a se tornar uma pessoa livre através da mudança de seu estilo de vida. 

A proposta da clínica de recuperação de drogas deve considerar que o(a) dependente químico(a) pode desenvolver-se nas diversas dimensões de um ser humano integral através de uma comunicação livre entre a equipe e os(as) residentes e uma organização solidária.

Objetivo da clínica de recuperação

A clínica de recuperação de drogas é uma ajuda eficaz para quem tem necessidade de liberar as próprias energias vitais para poder ser uma pessoa em seu sentido pleno, adulto e autônomo, capaz de realizar um projeto de vida construtivo, de aprender a estar bem consigo mesmo e com os outros sem a “ajuda” de substâncias psicoativas.

O objetivo da clínica de recuperação de drogas é o crescimento das pessoas através de um processo individual e social; e o papel da equipe é ajudar o(a) indivíduo(a) a desenvolver seu potencial.

Para que a equipe seja eficaz é muito importante acreditar, independentemente de qualquer comportamento que o residente tenha tido, que ele pode mudar. 

Se a equipe acreditar que todos podem mudar, dedicar a atenção que cada um(a) precisa para que a mudança ocorra.

O ambiente da clínica de recuperação de drogas deve possibilitar a aprendizagem social oferecendo a oportunidade de interagir, escutar, aprender, projetar, envolver-se e crescer de maneira que, normalmente reflita a capacidade e o potencial individual e coletivo das pessoas que dela fazem parte.

O tratamento da clínica de recuperação  de drogas deve incluir: 

  • Desintoxicação; 
  • Terapia Cognitiva Comportamental; 
  • Psicoterapia individual e em Grupo; 
  • Programa de Prevenção a recaída; 
  • Doze passos do N.A e A.A; 
  • Entrevista Motivacional; 
  • Espiritualidade; 
  • Laborterapia
  • Atividades Físicas; Reuniões / T.E.R. (Terapia Racional Emotiva); 
  • Conscientização da doença; 
  • Inventário pessoal e Visita Familiar.

Quanto tempo leva para desintoxicar o organismo de drogas?

clínica de recuperação sintomas de drogas

O tratamento é um processo longo e de várias frentes, e que leva tempo. Esse tempo ainda é discutível. 

A maioria dos pesquisadores(as) modernos(as), porém, concluiu que o tratamento deve consistir na combinação de métodos que ajudem a alcançar o maior potencial de abstinência durante a vida inteira.

Quando um(a) dependente entra na reabilitação pela dependência de substâncias, a primeira coisa é ajudá-lo(a) no processo de desintoxicação. 

Algumas reabilitações acabam seu trabalho aqui, enquanto outras o incluem como parte de um programa mais longo que abrange outros aspectos, detalhados a seguir.

Internação num centro de recuperação

A internação em um centro de recuperação, localizado em um lugar grande, arborizado e propício a se ter um ambiente favorável a recuperação dura em média seis meses. 

O modelo de internação é terapêutico e tende a mesclar ensinamentos fortalecendo a aliança terapêutica buscando o reforço da união do trabalho profissional de Técnicos (Corpo médico – clínico e psiquiatra, Psicólogos, Nutricionista, Enfermagem e Educador físico) com o empírico vivencial. 

Que são pessoas que estão livres das drogas e que têm experiência a ser repassada, ensinando o caminho da recuperação (Gerente de Tratamento, consultores em dependência química – Conselheiros e Monitores).

Médicos e outros profissionais da área da saúde, podem atender individualmente e em grupo os(as) pacientes com dependências leves a moderadas e sem complicações associadas importantes. 

De uma forma geral, estes(as) pacientes devem também frequentar reuniões de recuperação que seguem os 12 passos.

Programas dos 12 passos

Os programas dos 12 passos são considerados por vários(as) pesquisadores(as) como a forma mais eficaz de tratamento. Os 12 passos de recuperação, criados originalmente pelos fundadores do AA, Bill W. e Dr. Bob, provaram aumentar as taxas de sobriedade após dois anos quando comparados com outras terapias. 

Os Narcóticos Anônimos, um dos vários programas de 12 passos que se originaram no A.A., adaptou este programa para dar apoio aos(as) dependentes de outras drogas.

A terapia comportamental cognitiva, por sua vez, é uma espécie de psicoterapia utilizada para uma variedade de distúrbios mentais. Os praticantes desse método acreditam que se concentrar nas razões do comportamento dependente pode ajudar a erradicá-lo de suas vidas. 

A maioria das reabilitações inclui esta terapia como parte de seu programa geral de tratamento, e costuma ser oferecida em grupo, individualmente e em família.

Os remédios são outra frente nos tratamentos modernos contra a dependência. Os medicamentos podem ser utilizados para ajudar a aliviar os sintomas físicos e psicológicos da abstinência. 

Medicamentos e abstinência

A abstinência é considerada dolorosa, o que leva à administração de medicação durante quatro a seis semanas após a interrupção do uso, também podendo ser usada como um tratamento a longo prazo, como é no caso das comorbidades (doenças psiquiátricas que coexistem com a dependência química).

Os antidepressivos também costumam ser usados na reabilitação, já que uma das principais comorbidades é a depressão

Podendo existir em conjunto com a dependência de substâncias ou distúrbio compulsivo e pode ser usada como parte do tratamento em ambos os casos.

O programa de tratamento desenvolvido não é puramente medicamentoso, médico, psicológico, ele segue técnicas das comunidades terapêuticas e de aconselhamento em dependência química. 

O programa de recuperação tem objetivos claramente determinados, com prazos estabelecidos, sem que se perca a flexibilidade. 

O período para se conseguir a conscientização do problema da dependência numa clínica de recuperação de drogas é de 90 a 180 dias. 

Programa didático-terapêutico

É um programa didático-terapêutico composto por vários subprogramas trabalhados de forma coordenada, sendo eles: 

  • Atendimento Médico Psiquiátrico São feitas avaliações psiquiátricas do dependente, através de consultas com o profissional que presta serviço como psiquiatra ao centro. São avaliadas as comorbidades e a crise de abstinência e assim são prescritas as medicações necessárias.
  • Médico Clínico – Avalia e trata de problemas clínicos relacionados ao uso e abuso da substância e do histórico clínico do(a) paciente, solicita e avalia os exames bioquímicos e laboratoriais, além de atestar a possibilidade de permanência em casos de internação de média durabilidade.   
  • Atendimento de Psicologia – Terapias psicológicas são importantes, pois atuam nos valores pessoais, na filosofia de vida de cada um(a), facilitando a elaboração e a modificação da postura do(a) dependente perante a droga. A ajuda terapêutica facilita a busca do equilíbrio, da harmonia, da coerência, do crescimento e também de uma nova maneira de pensar e encarar a realidade. 
  • Social – Visa conhecer dados do(a) próprio(a) dependente e sua relação com as drogas, infância, família e auxiliá-lo(a) em sua elevação de consciência etc. No que diz respeito à família, busca-se o tratamento de sua co-dependência, efetuando-se reuniões de mútua ajuda com dependentes e seus familiares.
  • Ajuda mútua – A recuperação de dependente químico através do centro de reabilitação se utiliza dos 12 passos, passando a ter um número significativo de recuperação em escala. Estes ensinamentos são usados para se ter uma maior conscientização do tratamento diário, levando o(a) dependente a se trabalhar para viver sóbrio(só por hoje).
  • Educação física –  restaura capacidades funcionais e a consciência corporal do dependente através de práticas individuais e coletivas. Simultaneamente, o condicionamento físico acelera a eliminação de toxinas e promove a ressocialização pelo lazer. Diferentemente do sedentarismo adictivo, atividades ao ar livre e monitoramento antropométrico valorizam a conexão com a natureza. Logo, o exercício atua como ferramenta biopsicossocial essencial para o domínio próprio e a saúde sistêmica.

Tipos de internação

clínica de recuperação dependência química

Quando abordamos o assunto Internação percebemos três modalidades reservadas aos casos mais graves, que demandam cuidados intensivos. A internação é feita quando o profissional, que orienta o atendimento, percebe que a pessoa tem prejuízos na sua vida social, familiar e de saúde.

Essas internações acontecem em uma clínica de recuperação de drogas, pois elas também se configuram como um ambiente hospitalar, em fato, são consideradas hospitais de pequeno e de médio porte.

Internação voluntária

Quando o dependente aceita o tratamento, esse é o método indicado.

Deve-se sempre procurar uma clínica de recuperação de drogas especializada, para que esta seja capaz de ajudar o(a) paciente nas crises de abstinência, evitando assim a desistência do tratamento por parte do usuário.

Há inclusive documentos formais para que seja reconhecida esta voluntariedade, como uma ficha de voluntário, que é assinada pelo residente no ingresso de seu tratamento. 

Decerto, clínicas especializadas garantem suporte técnico essencial contra crises de abstinência e a ambivalência inicial. Consequentemente, o acolhimento qualificado previne a desistência precoce ao oferecer segurança clínica constante. Efetivamente, um ambiente preparado neutraliza impulsos de abandono em fases críticas. Logo, a infraestrutura profissional assegura a estabilidade necessária para o êxito do tratamento.

Internação involuntária

É indicado a pessoas que estão correndo risco de vida, mas não aceitam a internação em uma clínica de recuperação de drogas. 

Internação involuntária em uma clínica de recuperação de drogas é necessária quando o dependente perdeu a liberdade de escolha, podendo estar colocando em risco a própria vida ou de terceiros. 

Na verdade, esta intervenção é um ato de preservação da vida.

Este tratamento é legal (lei 13.840/19) e necessário quando o(a) dependente coloca em risco a própria vida e/ou a vida de terceiros pelo uso abusivo de álcool e outras drogas.

O dependente não consegue mais escolher entre o consumo e a abstinência, ele perdeu a capacidade de julgar os valores e riscos de suas atitudes.

A dependência química já se tornou a coisa mais importante de sua vida. Nesses casos é necessário buscar auxílio profissional para reverter à situação, antes que seja tarde.

Internação compulsória

clínica de recuperação internação drogas

A internação compulsória é determinada por uma medida judicial onde um Juiz competente vai atestar ou não a necessidade de um tratamento. 

Há um grande número de situações envolvendo o consumo de álcool e drogas identificadas como contravenções penais e crimes. 

Certamente, infrações motivadas pela adicção — como delitos aquisitivos ou embriaguez — permitem a aplicação de medidas terapêuticas alternativas. Sobretudo, o magistrado pode priorizar a internação em clínicas especializadas em vez do encarceramento comum. Paralelamente, essa estratégia jurídica visa tratar a causa da criminalidade para interromper a reincidência. Desse modo, a reabilitação institucional torna-se o caminho legal para a recuperação da dignidade e a reintegração social.

Tipos de reabilitação

Os usuários de drogas colocam-se constantemente em confronto com a morte. Isso porque acumulam-se sequências de episódios de extremo risco de vida, associados ou não ao uso de drogas.

No caso dos usuários do álcool, há um tempo maior para que a relação com a substância fique mais problemática. 

Para dizer mais claramente, isto só acontece a partir de rupturas concretas do indivíduo com o seu meio, como por exemplo: perder o emprego, crises e às vezes término do casamento ou problemas físicos.

Reabilitação para alcoólatras

O vício em álcool é uma doença crônica que contém uma variedade de causas, que incluem fatores genéticos, ambientais e psicológicos. O alcoolismo possui um grande impacto na vida do dependente, podendo, portanto, até levar à morte. 

A pessoa dependente em álcool procura aliviar seus sofrimentos de caráter emocionais ou mascarar dores físicas provocadas pela doença.

Existe uma enorme diferença entre estar bêbado e ser alcoólatra, um indivíduo que ingere álcool socialmente, pode ficar bêbado sem que isso prejudique ou apresente risco a sua vida. 

Já no caso do alcoólatra ele consome grandes quantidades que vai muito além do que o organismo pode suportar, em um curto período de tempo.

O consumo exacerbado e frequente do álcool ao longo de muitos meses e anos fazem surgir os efeitos crônicos dessa doença, em vários sistemas do organismo como, por exemplo: no sistema cardiovascular, gastrointestinal, nervoso, e também reprodutor.


Apesar de o alcoolismo não ter uma cura permanente, ele pode ser tratado de forma eficaz. Otratamento para alcoolismo em clínicas de recuperação de drogas oferece uma estrutura especializada e suporte necessário tanto para o indivíduo quanto para seus familiares, ajudando-os a enfrentar esse momento desafiador.

Reabilitação para dependentes químicos

Indiscutivelmente, o programa terapêutico foca na abstinência imediata e no resgate do senso crítico do paciente. Subsequentemente, a clínica deve promover o desenvolvimento humano integral mediante uma comunicação horizontal e solidária entre equipe e residentes. Efetivamente, essa estrutura igualitária substitui a hierarquia rígida pelo suporte mútuo e pelo crescimento biopsicossocial. Portanto, a proposta visa reintegrar o indivíduo à sociedade com autonomia e novos valores éticos.

Primordialmente, o centro de recuperação deve tratar a dependência como sintoma de questões psíquicas e comportamentais mais profundas. Invariavelmente, a reabilitação eficaz exige uma reestruturação holística nas áreas familiar, social, profissional, jurídica e espiritual. Ademais, essa abordagem integrada visa substituir o estilo de vida adictivo por hábitos saudáveis e funcionais. Logo, o sucesso terapêutico depende da transformação integral dessas cinco dimensões vitais.

Quanto ao gênero

Num ambiente propício para o tratamento da dependência química se tem a separação por gêneros no espaço físico da clínica de recuperação de drogas. 

Numa tentativa de evitar que problemas relacionados ao sentimental, comportamental e sexual interfira no propósito do tratamento dos internos(as). 

Ambos disponham do mesmo modelo de tratamento, respeitando as peculiaridades de cada e temas relacionados a cada gênero. 

Temos então a parte masculina separada da clínica de recuperação feminina.

Como internar um dependente químico em uma clínica de recuperação de drogas?

clínica de recuperação grupos de apoio drogas

Essa é uma pergunta muito importante, pois muitas das pessoas que se encontram nessa situação, não possuem forças para lutar contra a doença ou não enxergam que precisam de ajuda, mesmo diante de sinais claros.

Para isso é importante saber como conversar com essa pessoa e convencê-la a buscar o tratamento e aceitar se tratar.

Mas, em caso de insegurança de como abordar a pessoa e sobre o que falar ou como agir diante da situação, se atente nos tópicos abaixo.

Demonstre suporte e interesse em ajudar

Demonstre preocupação com o estado em que as coisas estão, diga que quer ajudar a pessoa, não mencione o tratamento a princípio, procure entender pelo que a pessoa está passando no momento.

O suporte que você deve dar a pessoa não é acobertar o uso de substâncias que ela faz ou mentir para outras pessoas para defender ela, isso na verdade está alimentando ainda mais a dependência química.

O verdadeiro suporte reside em estar presente nos momentos de necessidade, o suporte dado deve ser a pessoa e não a doença, procure tomar ações que definam limites e ajude nas questões emocionais e sociais da pessoa.

Seja empático

É importante que você consiga ser empático nesse momento, para ajudar verdadeiramente alguém é preciso entender minimamente a condição em que a pessoa se encontra.

Dessa forma, procure entender as dificuldades que a pessoa esteja passando, sendo elas relacionadas ao uso de drogas ou não, para que assim consiga entender melhor o que a pessoa está vivendo.

Durante as conversas aja e fale de forma a não julgar os atos da pessoa, mesmo que você não concorde, acolha primeiro e depois de forma calma e ponderada coloque os pontos na mesa se houver espaço e ressalta seu desejo de querer ajudar.

Organize uma reunião

Decerto, alinhar estratégias com familiares antes da intervenção garante uma abordagem coesa e planejada. Posteriormente, deve-se incluir o dependente no diálogo para apresentar as medidas acordadas e a urgência do tratamento. Efetivamente, esse método estruturado minimiza conflitos e fortalece a rede de apoio. Assim, o planejamento coletivo torna-se o caminho mais seguro para a aceitação da ajuda.

A reunião é importante para que se definam as ações que podem ser tomadas na situação de dependência, pois é uma pessoa que está quase sempre em situação precária, financeira, emocional e biológica que precisa de um auxílio para se reerguer.

Como internar um dependente químico contra sua vontade?

Primordialmente, a Lei 13.840/2019 autoriza a internação involuntária para dependentes químicos sob critérios rigorosos. Invariavelmente, essa medida só é aplicável quando as alternativas ambulatoriais e voluntárias se mostram ineficazes. Subsequentemente, a legislação visa garantir o socorro imediato em quadros de risco iminente à vida. Portanto, o recurso legal atua como última instância para preservar a integridade física do paciente.

Certamente, a internação involuntária exige laudo médico comprovando a dependência e autorização de parente de primeiro grau ou responsável. Todavia, a Lei limita este período a 90 dias, visando a desintoxicação aguda e a segurança do paciente. Efetivamente, a continuidade do tratamento depende da adesão voluntária posterior ou de uma determinação judicial compulsória. Assim, o rigor documental e temporal garante que a medida seja terapêutica e não punitiva.

Onde encontrar uma boa clínica de recuperação de drogas?

Primordialmente, a clínica de recuperação restaura a saúde do dependente e devolve o equilíbrio à estrutura familiar. Todavia, o sucesso depende da seleção de uma unidade que ofereça atendimento de excelência e protocolos alinhados às necessidades individuais. Subsequentemente, avaliar o modelo terapêutico garante que o acolhimento seja coerente com a gravidade de cada caso. Portanto, escolher uma instituição qualificada é a etapa final para iniciar uma transformação real e segura.

É por isso, que lhe indico a clínica hospitalar Grupo Recanto, localizada em Pernambuco e Sergipe, comclínica de reabilitação masculina e também feminina especializadas no tratamento da dependência química e também da saúde mental.

Desta forma, contamos com um modelo de tratamento baseado em um tripé terapêutico composto pelo: aconselhamento em dependência química, programa dos 12 passos e Terapia Racional Emotiva. 

Além de mais de 13 anos de experiência mudando vidas para melhor!

Conclusão

Uma clínica de recuperação de drogas pode ser um pouco assustadora quando se pensa na primeira vez, mas, ao ler esse texto tenho a convicção que agora você entende o real propósito por trás dela.

Inegavelmente, a falta de tratamento especializado eleva os riscos de criminalidade e morte por dependência química. Contudo, o suporte clínico interrompe o agravamento da doença e evita prisões decorrentes da compulsão. Logo, a reabilitação profissional é vital para preservar a vida e a liberdade do usuário.

Indiscutivelmente, o tratamento da dependência química exige uma abordagem holística que integre simultaneamente os pilares biológico, psicológico e social. Sobretudo, a clínica de recuperação destaca-se como o único ambiente capaz de concentrar essas múltiplas terapias de forma personalizada. Efetivamente, essa convergência de recursos permite adaptar o protocolo às necessidades e ao perfil específico de cada residente. Desse modo, a intervenção multidisciplinar garante uma reabilitação profunda e sistêmica, superando visões fragmentadas da patologia.

Decerto, a detecção de sinais de vício impõe a busca imediata por auxílio profissional para conter o avanço da patologia. Invariavelmente, o consenso familiar prévio facilita o encaminhamento do dependente a uma clínica de recuperação. Efetivamente, o ambiente especializado provê a segurança clínica indispensável para a desintoxicação e o equilíbrio psíquico. Assim, agir com rapidez na intervenção técnica maximiza as possibilidades de sucesso na reabilitação.

NÓS LIGAMOS PARA VOCÊ

Fabrício Selbmann é psicanalista, palestrante sobre Dependência Química e diretor da Recanto Clínica Hospitalar – rede de três clínicas de tratamento para dependência química e saúde mental, referência no Norte e Nordeste nesse segmento.

Especialista em DependênciaQuímica pela UNIFESP, pós-graduado em Filosofia | Neurociências | Psicanalise pela PUC-RS, além de especialização na Europa sobre o modelo de tratamento Terapia Racional Emotiva (Minessota).

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