O que é tarja preta e quais os riscos do uso indiscriminado?

O que é tarja preta e quais os riscos do uso indiscriminado?

O uso de medicamentos diariamente está cada vez mais presente na vida dos brasileiros, sejam eles simples remédios para dor de cabeça ou gripe até remédios controlados.

Tais fármacos são por vezes necessários para que a nossa vida continue bem e que possamos realizar tarefas do cotidiano sem muitas preocupações.

Em casos mais sérios, podem ser necessários medicamentos de tarja preta ou vermelha. 

Porém são drogas fortíssimas que podem gerar efeitos colaterais, por isso é importantíssimo escutar e entender seus efeitos e contra indicações.

Afinal, após essa pandemia, graças ao isolamento social e medidas protetivas, as pessoas se tornaram mais ansiosas e depressivas do que eram antes no Brasil, sendo o país mais ansioso do mundo e o quinto mais depressivo.

Segundo a Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) os casos de ansiedade aumentaram em 80% após o início da pandemia, de acordo com seu levantamento.

A pesquisa do laboratório Pfizer revelou que os jovens de idade entre 18 e 24 anos 50% deles sentem que sua saúde está ruim ou muito ruim diante do momento atual.

Ainda assim, é importante sempre frisar que o uso de medicamentos indiscriminados pode fazer mal, principalmente os de tarja preta.

Vou explicar melhor no artigo!

O que é tarja preta?

Para entender o que é tarja preta é preciso saber o que são as tarjas e para que servem.

As tarjas dos medicamentos são listras de classificação visual, onde a variação de cor significa mais ou menos riscos para o paciente, de modo que as cores mais escuras são as mais fortes.

Os medicamentos sem tarja são aqueles que apresentam riscos mínimos e poucos efeitos colaterais. 

Já os medicamentos de tarja preta são medicamentos que podem levar a prejuízos sérios à saúde do paciente, assim como levar ao vício e dependência física, psicológica e química.

Medicamentos de tarja preta são usados geralmente quando não há uma alternativa melhor. 

Assim, mesmo que cause algum prejuízo, ainda são a melhor solução encontrada para o problema em determinadas situações.

Diferença entre os remédios de tarja preta e de tarja vermelha?

Os medicamentos de tarja vermelha também podem apresentar riscos à saúde, porém em uma escala menor, seus efeitos também são mais lentos e apesar de apresentarem efeitos colaterais não tem consequências tão sérias quanto a tarja preta.

Apesar de ambos os tipos de medicamentos requerem receita médica, no caso dos de tarja vermelha a receita pode ficar retida ou não com o farmacêutico, já nos de tarja preta isso é obrigatório.

Quais os remédios de tarja preta mais comuns?

A maioria dos remédios de tarja preta são os medicamentos considerados ansiolíticos e antidepressivos em função de seus efeitos no sistema nervoso central para o tratamento de ansiedade e depressão.

Remédios de cunho sedativos também são de tarja preta, pois age nos neurotransmissores do sistema nervoso central liberando efeitos calmantes, mas apresentam substâncias controladas em sua composição e podem gerar dependência.

Esses medicamentos costumam usar substâncias como opióides, benzodiazepínicos e barbitúricos que ajudam num propósito específico, mas geram efeitos adversos.

Dentre eles, os medicamentos mais conhecidos são o Clonazepam (Rivotril), Alprazolam, bromazepam, lexotan, sulfato de morfina, olcadil e ritalina.

Quais os efeitos do remédio tarja preta?

Os remédios de tarja preta são úteis quando bem aplicados e com o devido acompanhamento médico, ainda assim eles podem gerar alguns efeitos que são comuns aqueles que o utilizam.

Em cada aplicação desses remédios a pessoa está sujeita a dores de cabeça, tontura, vertigem, enjôo, sensação de sonolência excessiva, suor pelo corpo, confusão, delírios e ainda euforia em casos mais excepcionais.

Os sintomas podem variar de acordo com o remédio utilizado em intensidade e duração, assim como a manifestação de outros sintomas a depender também da genética da pessoa.

Quando o uso é indicado?

Quem indica o uso é apenas o médico que acompanha o paciente, pois apenas ele terá o conhecimento necessário para indicar o medicamento correto para os sintomas apresentados.

Contudo esses medicamentos são mais usados em casos de transtornos psiquiátricos, como depressão, ansiedade, esquizofrenia, TDAH (transtorno do déficit de atenção e hiperatividade) entre outros.

Além disso em transtorno de casos moderados a graves é que esses medicamentos são mais utilizados, principalmente em casos de transtornos ansiosos (fobias, síndrome do pânico, TAG), depressão, TOC (Transtorno Obsessivo compulsivo), Transtornos de humor, transtorno de personalidade e insônia.

Medicamento tarja preta vicia?

Sim! Remédio de tarja preta vicia!

Inclusive o risco de vício e dependência que esses remédios podem gerar é uma das justificativas para que eles sejam classificados como tarja preta.

Medicamentos de tarja preta tem uma alta chance de criar tolerância rapidamente, que é o fenômeno onde o corpo se acostuma com a substância e será necessário sempre uma dose maior para gerar o mesmo efeito anterior.

Quais os riscos do uso de tarja preta para a saúde?

Como vem sendo dito, os remédios de tarja preta possuem esse aviso por serem capazes de gerar sérios efeitos colaterais nos pacientes e apresentarem riscos a sua saúde.

Dentre esses efeitos podem surgir sonolência excessiva mesmo durante o dia de trabalho, alterações no metabolismo gerando perda ou ganho de peso, prejuízos cognitivos (atenção, concentração, memória), desenvolvimento de dependência física, mental e química.

Alguns desses remédios podem ajudar nos desenvolvimentos de outras doenças e outros transtornos, como Alzheimer desencadeado pelo uso de ansiolíticos e outros calmantes.

Outros como a ritalina podem gerar problemas cardíacos nos pacientes.

Claro que se usado seguindo as indicações médicas, ele estará ciente da margem de risco e fará de tudo para que o paciente passe pelo processo da melhor forma possível.

O perigo maior está em quem usa esses medicamentos sem o devido acompanhamento médico, potencialmente causando mais prejuízos à si mesmo do que benefícios.

Percepções sociais e equívocos comuns dos remédios tarja preta

A complexidade em torno das percepções sociais relacionadas aos medicamentos tarja preta demanda uma análise criteriosa, visando dissipar equívocos que frequentemente obscurecem a compreensão desse aspecto da saúde mental. Com frequência, a mera menção da expressão “tarja preta” suscita imagens estigmatizadas.

Em sua essência, os medicamentos tarja preta são prescritos sob rigorosos critérios médicos para tratar uma ampla gama de transtornos, desde distúrbios ansiosos até quadros mais complexos como a esquizofrenia.

Outro equívoco recorrente é a associação automática entre o uso de medicamentos tarja preta e a dependência química. É imperativo esclarecer que o consumo desses medicamentos, quando prescrito e monitorado adequadamente por profissionais de saúde, não implica necessariamente em uma predisposição à dependência.

Além disso, é crucial destacar que a busca por soluções para questões de saúde mental não se resume exclusivamente aos medicamentos tarja preta. Existem diversas abordagens terapêuticas, desde terapias cognitivo-comportamentais até técnicas de relaxamento e meditação, que desmistificam a ideia de que esses fármacos são a única alternativa viável.

Alternativa aos remédios tarja preta

Dentre as opções disponíveis, destacam-se os medicamentos de tarja verde, cujo potencial terapêutico é acompanhado por um menor risco associado.

É fundamental explorar abordagens não farmacológicas, como as terapias de conversação. Estas, conduzidas por profissionais qualificados, proporcionam um espaço para a expressão de sentimentos, reflexão e desenvolvimento de estratégias para enfrentar desafios mentais.

Adicionalmente, as técnicas de relaxamento e meditação apresentam-se como ferramentas valiosas no arsenal terapêutico. Ao adotar práticas que visam à serenidade mental e ao equilíbrio emocional, indivíduos podem encontrar alívio para o estresse cotidiano, proporcionando uma abordagem complementar ou alternativa aos medicamentos tarja preta.

Ao considerar essas alternativas, destaca-se a possibilidade de escolha, permitindo que cada pessoa encontre a estratégia que melhor se alinhe às suas necessidades e preferências.

Conclusão

É possível concluir que os remédios de tarjas pretas são necessários em casos específicos, quando não há alternativas melhores e que apesar dos seus efeitos colaterais, se bem usado possuem efeitos muito bons.

É uma pena que o uso indevido tenha crescido tanto, assim como o uso do “jeitinho brasileiro” para conseguir esses medicamentos sem receita médica.

Como vimos, se utilizados sem um acompanhamento médico e de todo jeito, esses medicamentos serão apenas uma droga qualquer e trarão mais prejuízos que resultados esperados.

É importante também que fiquemos atentos ao risco de dependência que esses medicamentos possuem, a dependência química é uma doença séria e cruel que uma vez instalada domina por completo as vontades da pessoa.

Para continuar descobrindo mais sobre a dependência química, questões de saúde mental e tratamentos, continue a ler nosso blog!