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Tratamento da ansiedade: veja dicas, hábitos e quando procurar ajuda
Publicado em: 17 de agosto de 2022

Atualizado em: 04 de abril de 2024

Tratamento da ansiedade: veja dicas, hábitos e quando procurar ajuda

A ansiedade é um fator normal para a sobrevivência de qualquer ser humano. Porém, o aumento e descontrole dessa condição tem se intensificado, causando sérios transtornos de saúde mental. Mas, afinal, quais são as causas e o tratamento da ansiedade? 

Como transtorno mental, a ansiedade já afeta mais de 18 milhões de pessoas no Brasil, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Mas, também segundo a OMS, durante a pandemia esses dados podem ter aumentado em até 25%, em todo o mundo.

É intrigante pensar que, hoje, a sociedade vive o florescimento do entretenimento e do lazer. Nunca antes a vida pôde ser aproveitada como é hoje. Mas, em contraste, nunca houve tantos problemas de saúde mental. Então, como entender o que está acontecendo? E o que se pode fazer?

Para te ajudar a entender o que é, suas causas e o tratamento da ansiedade, produzimos este artigo repleto de informações oficiais e dicas úteis. Acompanhe a leitura!

O que é a ansiedade?

Ao contrário do que se pensa por aí, a ansiedade não é necessariamente ruim. Na verdade, é um mecanismo necessário para nossa sobrevivência. Também produz um tipo de “incômodo”, que não chega a atrapalhar a vida cotidiana, mas sim impulsiona, incentiva e nos faz agir.

Entretanto, o problema começa quando essa ansiedade se torna patológica, ou seja, se converte em uma doença, que se configura como transtornos mentais ansiosos. Eles podem ocorrer em diferentes manifestações, como: 

  • Transtorno de ansiedade generalizada (TAG): preocupação excessiva e persistente sobre diversos assuntos, acompanhada de sintomas físicos como inquietação, fadiga, dificuldade de concentração e irritabilidade;
  • Síndrome do pânico: episódios repentinos e inesperados de medo intenso, acompanhados de sintomas físicos como palpitações, falta de ar, sudorese e tremores;
  • Fobias específicas: medo persistente e excessivo de um objeto ou situação específica, levando à evitação a todo custo;
  • Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT): desenvolvimento de sintomas como flashbacks, pesadelos, reações de susto e esquiva após um evento traumático;
  • Transtorno obsessivo compulsivo (TOC): pensamentos intrusivos e repetitivos (obsessões) que levam a comportamentos repetitivos e compulsivos.

Dessa maneira, a ansiedade é uma sensação de nervosismo e agitação que nos faz querer agir. É normal sentir isso de vez em quando, mas quando acontece com muita frequência ou é muito intensa, pode atrapalhar a vida de um indivíduo seriamente.

O que leva a pessoa a ter ansiedade?

Há inúmeros estudos sobre o que leva a ansiedade a se tornar um transtorno, além de, é claro, teorias e especulações. 

Embora já existam algumas respostas, a maioria não é conclusiva. Porém, é comumente aceito que a ansiedade é causada por uma soma de fatores, e não uma única causa determinada.

Um dos fatores que podem contribuir para o aparecimento de transtornos ansiosos é a genética; se pais ou parentes próximos possuem algum desses transtornos, a chance dos filhos e outros familiares também desenvolvê-los é maior.

Outra causa está ligada a experiências traumáticas e estressantes, que podem levar ao desenvolvimento da ansiedade patológica. Isso principalmente em eventos durante a infância e adolescência, em que o indivíduo ainda está se desenvolvendo.

Outra possibilidade muito comum é aparecer como comorbidade de outras doenças, físicas e psicológicas, em especial outros transtornos mentais, como a depressão, transtorno de personalidade borderline e síndrome do pânico.

Como saber se você sofre de ansiedade?

Como saber se você sofre de ansiedade

A ansiedade possui sintomas psicológicos, físicos e cognitivos e alguns são mais característicos, como: 

  • medo repentino e constante;
  • coração acelerado;
  • náuseas e vômitos;
  • sensação de cansaço;
  • socialização dificultada;
  • suor em excesso;
  • enjoo;
  • dificuldades para dormir; 
  • alteração do apetite.

Também existem outros sintomas mais específicos, que vão depender do tipo de transtorno a qual a ansiedade está atrelada, precisando haver um critério diferencial entre eles. 

Em todo caso, apenas um psiquiatra pode realizar o diagnóstico de um transtorno de ansiedade. O profissional observa atentamente o histórico pessoal e médico do paciente, analisa a dimensão e intensidade, assim como verifica se há comorbidade na relação da ansiedade.

Se o transtorno não é causado por outros fatores externos ou internos, se perturba e interfere no funcionamento pessoal daquela pessoa e aparece de maneira persistente no decorrer dos dias, então, pode-se dizer que se trata da ansiedade patológica.

Como tratar a ansiedade: confira 10 dicas importantes

Agora que você já sabe o que é, e o que leva a pessoa a ter ansiedade, é o momento de conferir algumas dicas e hábitos que compõem o tratamento da ansiedade. 

Mas lembre-se que é a partir do diagnóstico que se pode iniciar o tratamento da ansiedade, que deve ser seguido à risca. 

1. Atividade física

A atividade física ajuda no relaxamento do corpo e da mente, assim como ajuda a expelir impurezas do organismo pelo suor e urina, a presença de atividades físicas regulares ajuda a não se preocupar com o que vem depois e sim com o agora.

Dessa forma, constitui um grande pilar da manutenção de uma ansiedade controlada, pois mantém a mente ocupada e sob controle, assim como relaxa o corpo e remove o estresse.

2. Alimentação saudável

Uma alimentação saudável ajuda a manter corpo e mente em equilíbrio, de forma que diminui os efeitos da ansiedade e ajuda a manter-se sob controle durante situações estressantes.

Como mencionado anteriormente, uma alimentação centrada em gorduras saturadas, alimentos industrializados, álcool e açúcares, leva a uma pessoa mais facilmente estressada, que se irrita com facilidade e está sempre tensa, facilitando com que a ansiedade surja.

3. Ocupe seu tempo

Estabelecer uma rotina e segui-la pode ajudar no controle da ansiedade, pois já se sabe o que esperar em cada dia e as atividades a serem realizadas.

É importante que cada turno do dia esteja preenchido com atividades mentais e físicas, podendo ser esportes, hobbies, saída com os amigos, o importante é balancear bem entre as responsabilidades e o lazer.

4. Valorize quem te valoriza

Estar sempre atrás daquele (a) colega ou amigo (a) que sempre precisa de ajuda, mas na hora de ajudar o outro não é presente não é algo positivo. 

Tal procura e busca só vai gerar ainda mais ansiedade, nestas horas é melhor estar com pessoas positivas.

A rede de apoio para pessoas com ansiedade é muito importante, então procure cercar-se de amigos, parentes e familiares que realmente possam contar, que estão presentes e que lhe ajudam na hora da necessidade.

Afaste-se das pessoas negativas!

5. Se afaste do álcool e outras drogas

Todas as drogas possuem efeitos colaterais e, apesar de muitas apresentarem efeitos que parecem benéficos a princípio, irão com o tempo provocar outros efeitos que irão agravar os sintomas, como as crises de ansiedade.

Drogas de efeito estimulante podem desencadear crises de ansiedade durante seu efeito. Drogas depressoras como o álcool também provocam os mesmos sintomas até seus efeitos passarem.

Além do aumento dos sintomas é possível desenvolver outras doenças e transtornos por conta da associação dos efeitos de ansiedade com os efeitos das drogas, inclusive levar à dependência química.

6. Controle a respiração

O controle de respiração é um instrumento que ajuda a controlar e a impedir que certas crises aconteçam.

Ao reduzir e controlar o ritmo de sua respiração estará também reduzindo gradativamente os batimentos cardíacos e por consequência o fluxo de sangue, fazendo com que vá ficando cada vez mais calmo.

7. Procure por ajuda especializada

ajuda especializada para ansiedade

Essa é a dica mais importante: há aspectos da ansiedade que só um especialista poderá identificar e tratar de maneira correta, então assim que possível procure um psicólogo e um psiquiatra.

Sem eles, enfrentar esse problema será muito mais difícil do que precisa ser, o psiquiatra vai ajudar a identificar e confirmar se é realmente ansiedade, assim como prescrever medicamentos quando necessário, eles ajudam a reduzir sintomas.

O psicólogo vai a fundo no problema, procurando suas causas, assim como ensinando estratégias para o controle, também é responsável por ir tratando dos problemas que originam essa ansiedade, pois se sua causa sumir é bem possível que também irá embora.

Leia também: Quando Procurar um Psiquiatra: Saiba como o profissional pode ajudar

8. Acupuntura

Para surpresa de alguns, a acupuntura pode ser um ótimo complemento no tratamento da ansiedade. Ela estimula a produção de neurotransmissores como serotonina e endorfina, que regulam o humor e a sensação de bem-estar. 

A técnica milenar, reconhecida pela OMS e pela Comissão Médica Federal, utiliza agulhas finas em pontos específicos do corpo para promover o equilíbrio energético e aliviar os sintomas da ansiedade, como nervosismo, insônia e pensamentos negativos. 

9. Limite o uso de telas

Embora também faça parte do gerenciamento de tempo, limitar o tempo gasto em telas é uma necessidade para todos, em especial para quem sofre de ansiedade. 

Segundo uma pesquisa conduzida na UFMG, o uso excessivo de telas piora a saúde mental de diferentes gerações.

Outro aspecto relevante é que o algoritmo das redes sociais reforça a comparação e os pensamentos do indivíduo, sejam eles positivos ou negativos. 

Esses fatores contribuem para o aparecimento de crises de ansiedade, e/ou agravamento de outros transtornos como a depressão. 

10. Durma suficientemente

Dormir o suficiente, cerca de 7 a 8 horas por noite, é essencial para o tratamento da ansiedade porque o sono regula o humor e as emoções. 

A privação do sono, por outro lado, aumenta os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, que pode piorar os sintomas da ansiedade, como nervosismo, pensamentos negativos e dificuldade de concentração. 

Dormir bem também ajuda a restaurar o sistema nervoso central e a melhorar a capacidade de lidar com o estresse, o que contribui para a redução da ansiedade.

Tratamento da ansiedade: qual médico procurar?

médico que faz Tratamento da ansiedade

Para tratar a ansiedade, o profissional ideal a se procurar é o psiquiatra. Este é o médico especialista em transtornos mentais e pode diagnosticar a ansiedade, prescrever medicamentos como ansiolíticos ou antidepressivos. 

Mas, na maioria dos casos, o tratamento ideal é feito em conjunto com o psicólogo. Esses profissionais atuam de maneiras complementares, contribuindo para um tratamento mais completo e eficaz.

Tratamento da ansiedade: quando a internação é indicada?

Como dito anteriormente, o tratamento para ansiedade é tipicamente feito com a ajuda de psiquiatras e psicólogos, que contribuem de maneiras diferentes para ajudar um indivíduo a viver de forma saudável novamente.

Porém, há casos em que esses cuidados e serviços não são suficientes. O indivíduo se encontra em crises sem fim, e nenhum tratamento parece funcionar. Em casos como esse, que são mais graves, uma saída a ser considerada é a internação.

A internação em clínicas de reabilitação é uma decisão humanizada e dentro da lei nos dias de hoje, diferentemente de como era no passado. Durante a internação, a pessoa recebe todos os cuidados biopsicossociais necessários até sua recuperação.

Em clínicas especializadas e modernas, há uma numerosa equipe de profissionais que atuam em conjunto com o indivíduo, como: 

  • psicólogos; 
  • médicos clínicos;
  • psiquiatras;
  • enfermeiros;
  • terapeutas ocupacionais;
  • educadores físicos;
  • assistentes sociais;
  • nutricionistas e muito mais.

Se você ou alguém que você ama necessita desses cuidados integrados, converse com a equipe de especialistas do Grupo Recanto

Conclusão

A ansiedade é, infelizmente, um problema de saúde crescente, e o Brasil lidera o ranking dos países mais ansiosos do mundo. Esse dado reflete que os atuais esforços não estão sendo suficientes para parar tamanho fenômeno.

Portanto, é preciso sair do convencional e procurar a ajuda mais adequada para o tratamento da ansiedade. 

Para isso, se mantenha informado e atento aos sinais e sintomas e, caso apareçam, procure ajuda o mais rápido possível.

Acesse aqui o blog do Grupo Recanto e se informe sobre outros assuntos relacionados. 

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