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Cocaína: Conheça os efeitos e suas formas de uso
Publicado em: 07 de fevereiro de 2019

Atualizado em: 13 de abril de 2020

Cocaína: Conheça os efeitos e suas formas de uso

A cocaína é uma substância psicoativa sintética, (produzida em laboratório) que possui efeitos estimulantes no sistema nervoso central, que é o responsável pelos pensamentos e atitudes dos indivíduos, sendo ela uma das drogas ilícitas mais consumidas e perigosas do mundo.

A utilização desse tipo de substância geralmente leva o indivíduo a uma sensação de euforia, logo após seu uso. E este tipo de sentimento de felicidade faz com que os usuários consumam outras vezes, levando assim ao abuso e dependência da droga.

O seu uso também pode provocar excitação, sensação de onipotência, falta de apetite, insônia e um ilusório aumento de energia.

Esses sintomas de euforia são passageiros, e quando passam causam uma enorme depressão ao usuário e como resultado os usuários acabam buscando-a em maiores quantidades.

Este tipo de droga conquistou muito espaço entre os dependentes químicos em decorrência dos seus efeitos estimulantes, aumento da oferta e diversificação nas vias de administração.

No Brasil, entre os anos de 1988 e 1999, a cocaína teve seu consumo aumentado em 475%.

Ela pode ser consumida em forma de pó (cheirada) ou de maneira injetável ou oral (mascada). Aliás, quanto mais rápido o início dos efeitos e mais forte a intensidade, maior a probabilidade de dependência.

Na maneira mascada, ela demora mais de uma hora para ser absorvida, já na forma aspirada, o pico ocorre entre 30 e 60 minutos e quando injetada, os efeitos são imediatos isto é cerca de 30 a 60 segundos.

É válido dizer que, quando consumida por gestante, o nível da substância no bebê é semelhante ao da mãe.

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Na farmacologia: a cocaína possui três tipos de efeitos

  • Efeito anestésico: A cocaína possui efeito anestésico local, passando a bloquear os canais de sódio de células nervosas o que acaba impedindo a condução de conexões entre os neurônios.
  • Efeito cardiovascular: Esses efeitos associados a cocaína, incluem taquicardia e aumento da pressão arterial, além de arritmia e ataque cardíaco, ela pode também gerar alterações na condução de impulsos cardíacos. 
  • Efeito sobre o sistema nervoso central: Dor de cabeça, perda de consciência temporária, convulsões e morte.

A cocaína possui efeitos a curto e longo prazo, no organismo do indivíduo, conforme circula pela corrente sanguínea, até chegar ao cérebro, ela acaba afetando os órgãos de forma direta.

Este tipo de substância age com efeito estimulante do sistema nervoso central e por conta disso, causa variados efeitos ao indivíduo. Além desses, existem os efeitos psicoativos, de euforia, exaltação da energia, diminuição do apetite, exacerbação do estado de alerta e aumento da autoconfiança.

Estes efeitos, porém, favorecem a dependência, pois causam no indivíduo sensações positivas. Todavia, esses mesmos efeitos podem se transformar em irritabilidade, inquietude e confusão.

Efeitos da cocaína

Com o uso crônico da cocaína, três fenômenos podem ser observados:

  • Tolerância: O indivíduo tem a necessidade de consumir doses cada vez maiores, para obter efeitos mais intensos. Essas grandes quantidades acabam levando o indivíduo a ter comportamentos violentos, tremores e irritabilidade.
  • Sensibilização: Exacerbação da atividade motora e dos comportamentos estereotipados, o cérebro fica sensibilizado para efeitos desagradáveis e como consequência o indivíduo aumenta a dose, assim ocorre efeitos como, paranoia, desconfiança, agressividade entre outros.
  • Kindling: Ocorrência de convulsões.

Ademais não se deve esquecer da overdose que é caracterizada pelo consumo de uma dose alta que gera falência de um ou mais órgãos, e possui duas fases: a primeira de excitação, com dores de cabeça, náusea, vômito e convulsões; e a segunda com a perda de consciência, depressão respiratória e falha cardíaca, levando à morte.

O uso da droga também leva a complicações psiquiátricas, como prejuízos da capacidade de julgamento, memória e controle do pensamento, além de manifestações psicóticas, que são alucinações e delírio

Além disso, também entram nesse quadro o estado de insônia, ansiedade e depressão.

Tudo isso afeta, inclusive, a vida social do indivíduo; ao passo que ele deixa de participar da vida em sociedade, adquire comportamento violento e tendências criminosas, entre outros aspectos.

Existem diversos prejuízos físicos relacionados ao uso crônico da cocaína onde os mais recorrentes são o cardiovascular e alterações no ritmo cardíaco. 

A cocaína pode provocar também efeitos respiratórios como dor no peito, dificuldade para respirar e além disso náuseas. 

Os problemas crônicos dependem da forma de administração da droga, a frequência de uso e a quantidade ingerida a longo prazo. 

Ao cessar seu uso, o dependente evolui para quadros de síndrome de abstinência, que se divide em:

  • Crash: é a primeira fase da abstinência da cocaína, nela acontece a redução do humor e energia, com momentos de fadiga, depressão, ansiedade e paranoia, além de hipersonolência; esses sintomas acontecem em cerca de 15 a 30 minutos, após o consumo da droga, eles podem se prolongar por aproximadamente 8 horas, podendo se estender por até 4 dias, também pode acontecer que o usuário sinta depressão, ansiedade, paranoia e desejo intenso por consumir a droga “craving”.
  • Síndrome disfórica tardia: tem início entre 12 a 96 horas após o seu consumo, nos primeiros 4 dias existe a sonolência e desejo desenfreado pela utilização da substância;
  • Extinção: acontece a resolução completa dos sinais e sintomas físicos; o craving, porém, pode aparecer eventualmente. 

Dentre as principais doenças desenvolvidas com o consumo, estão os transtornos afetivos, transtornos de ansiedade, transtornos de personalidade, esquizofrenia, transtornos do déficit de atenção e hiperatividade.

Como acontece o tratamento para dependentes da cocaína?

O tratamento pode ser feito em uma Clínica de Reabilitação de maneira emergencial dos quadros agudos associados à cocaína (sedativos benzodiazepínicos, neurolépticos, diazepam e tiamina) ou com Farmacologia, utilizando-se agentes antipsicóticos, agentes antiepilépticos e vacina de cocaína (TA-CD).

Uma vez realizado o tratamento, muitos dependentes estão sujeitos a recaídas

Para evitar que isso ocorra, é preciso que os dependentes em recuperação evitem situações que facilitem a utilização da droga e priorizem uma mudança radical no estilo de vida.

O tratamento é realizado por uma equipe multiprofissional, especializada em dependência química, indivíduo será tratado em um ambiente seguro e acolhedor com todos os aparatos, para que haja a sua recuperação. Neste local, a pessoa será tratada de acordo com seu caso, e gravidade.

O tratamento tem como objetivo, manter o indivíduo em abstinência, para assim, tratar os sintomas e problemas de saúde que foram desenvolvidos pelo consumo da cocaína.

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