Grupo Recanto Logo Grupo Recanto Logo
Capitais e Regiões Metropolitanas 4007.2316 Demais Regiões (81) 3543.0300
S.O.S Drogas Logo
  • Grupo Recanto
  • Equipe
  • Tratamentos
    • Dependência Química
    • Internação Psiquiatria
    • Tratamento Ambulatorial
  • Estrutura
  • Blog
  • Contato

Plantão Médico

24H

Atendimento Chat Online

Atendimento

Chat Online
Estamos aqui 24h

é só clicar

O dependente químico e seus problemas com as pessoas
Publicado em: 04 de maio de 2020

Atualizado em: 04 de maio de 2020
  • Dependência Química

O dependente químico e seus problemas com as pessoas

Na progressão da doença da dependência, o dependente químico se volta para dentro, os outros sentem o afastamento emocional e reagem. Isto é o começo dos “problemas com pessoas” para o dependente químico. 

A ligação emocional do dependente químico é com um objeto ou acontecimento e não com pessoas, eles manipulam as pessoas e as tratam como objetos e acham que não faz sentido os outros se ofenderem. A doença da dependência química é muito arrogante e egocêntrica.

Um dependente químico que mentia à mulher ficava furioso quando ela lhe fazia perguntas. Ele dizia: “Porque é que tenho que falar com minha mulher se ela não acredita no que eu digo?” Esta pergunta seria justificada na relação normal, mas a dependência química não é normal.

Para um dependente químico a preocupação dos outros é um problema. As pessoas são consideradas bisbilhoteiras, e a sua preocupação torna-se um obstáculo a ser ultrapassado, elas não são importantes a menos que possam ser usadas para intensificar a dependência química.

Os dependentes químicos sentem bem-estar na relação emocional com o álcool e outras drogas ou com acontecimentos e sentimentos que causam o prazer intenso e compulsivo, em vez de pessoas, é porque as drogas não fazem perguntas. 

As drogas não se queixam e nem exigem do dependente químico. O mundo da dependência química é mais atrativo com a progressão da doença e a desconfiança nos outros.

Nesta fase de progressão da dependência química, se a família e amigos tentarem entrar em contato, para saber como o dependente químico está passando, encontrarão resistências e mentiras, um afastamento ou até um ataque à dignidade.

Os dependentes químicos desconfiam dos outros porque, projetam os seus sistemas de crenças e valores adictivos nas pessoas. As convicções do dependente químico é que eles acreditam que todos são objetos e podem ser usados, e que se deve “fazer aos outros antes que façam a nós.” 

O dependente doente rejeita esta forma de pensar, mas não tem forças para lutar. Não é o Eu que controla, é o dependente químico. Isto causa mais vergonha, se sentem vítimas, ficam com autopiedade e desespero. Assim procuram alguém para culpar, e é geralmente alguém próximo.

O mais triste disto é que, na realidade, o dependente químico é uma vítima. A doença da dependência química é um assalto contra a pessoa, mas ele não pensa nisto com um sentido lógico. Constatar a realidade, como resultado da dependência química, é uma ameaça ao usar drogas. A raiva e a tensão que o dependente químico sente, são projetadas contra os outros, eles próprios e o mundo inteiro.

Os ataques, o afastamento, as mentiras e a negação são comportamentos que fazem parte de usar drogas. É assim que se cria o sofrimento interior, que justifica o próximo excesso. 

As pessoas que o rodeiam tentam contatos emocionais com o Eu do dependente químico. Ficam de mãos vazias e, alteram a relação com o dependente químico para se protegerem emocionalmente. Ter uma relação emocional com um dependente químico é muito doloroso e perigoso.

Precisa de ajuda? Entre em contato com nossos profissionais.

Como é que os outros reagem em relação ao dependente químico?

Os amigos e a família querem compreender o que acontece com o dependente químico que gostam profundamente. Tentam compreender e acompanhar as mudanças, e acabam pondo um “rótulo”, que na verdade, estão rotulando é a presença da doença da dependência química. 

O dependente químico é classificado como “irresponsável”, “perturbado”, “tenso”, “louco”, “estranho” ou “fraco”. Se soubessem qual a verdadeira raiz do problema, o dependente químico seria classificado de forma mais exata, que refletisse o que está acontecendo, a doença da dependência química. 

Com frequência, escutamos os rótulos sobre o dependente. Eis uma lista de alguns dos rótulos que as famílias usam:

• “É um preguiçoso.”;

• “É tão irresponsável!”;

• “A única coisa que sabe fazer é comprar, comprar, comprar!” 

  •       “Não faz mais nada senão trabalhar, trabalhar, trabalhar!” 
  •       “Realmente, bebe demais.”;

• “Só pensa em sexo.”;

• “Já não se pode confiar nele.”.

Quando a rotulação começa, é sinal de que a doença progrediu o suficiente para que os outros se protejam da dependência química. As pessoas sentem que o dependente químico não se importa com outros. Irão se proteger se afastando ou tentando controlá-lo.

Para as famílias, o processo de classificação (rótulos) é a tentativa de controlar o que está acontecendo. Os dependentes químicos reagem e se protegem, e assim o sistema de defesa da dependência química se desenvolve.

Tornar-se dependente do dependente químico

Na continuidade do processo da dependência química, o dependente precisa aprender a se desviar da preocupação dos outros. Um dos perigos da classificação é a família se adaptar à “nova pessoa” depois de rotular. Há necessidade em relação ao dependente químico na família, que se torna dependente de ter perto e este começa a servir como um propósito vital. 

A família pode não gostar do Dependente químico, mas ele faz parte. Há um dilema: odeiam o dependente químico, mas têm amor ao Eu dele. Os membros têm consciência que lidam com uma doença, à medida que a dependência química progride no seio da família, pouco a pouco se adaptam a ela.

As pessoas percebem que o dependente químico pode ser um ótimo bode expiatório, e o odeiam. Se alguém da família se sente atacado, usado e abusado pelo dependente químico vai querer se vingar. Assim os membros ficam enredados na mesma luta em que o dependente químico e o Eu se encontram presos. 

A família pergunta, “Como vou conseguir que o dependente químico aja de forma responsável e me trate com respeito?” A família tenta, mas falha, porque um dependente químico não respeita.

A Família sente-se envergonhada e culpa a si mesma (exatamente o mesmo processo do dependente químico). Enquanto lutam, todos tentam resolver a situação, mas não conseguem. Sentem-se cada vez pior, desistem e envergonham-se. Tentam levar o dependente químico a compreender e agir com respeito. O ritual começa a se fixar dentro da família. 

Eis um exemplo do dilema familiar:

• Você ama o dependente químico que não é capaz de lhe devolver amor. 

O dependente sofre oscilações de humor, enquanto ele oscila do Eu para o Dependente químico. Relaciona-se bem com o Eu da pessoa; então, qualquer coisa desperta o Dependente químico, e a mudança de personalidade ocorre, você o odeia e tenta descobrir o que aconteceu? Será que errou? Só disse que gostaria de mais tempo com ele. Uma manifestação de afeto. 

Mas o dependente químico está envergonhado por ter usado na noite anterior, em vez de estar com a família. Então, o dragão acordou e o dependente químico tenta proteger o território.

O Dependente químico começa agir com falsidade, e assim não confiamos. No interior o rotulamos de “falso”. Se não confiamos, consciente ou inconscientemente, nos distanciamos. É natural se proteger. 

Quando o dependente químico age com o seu Eu, a família envergonha-se por ter se afastado e tentam, para serem traídos de novo. Indefinidamente até que alguém não aguente mais e desista de qualquer relação com a pessoa. Sempre que os membros da família sentirem a presença do Eu, terão um forte desejo de contato com ele, mas vergonha por não o quererem fazer.

Saiba como ajudar um dependente químico

Aumentando a dependência química

A doença da dependência química encontra liberdade para agir irresponsavelmente dentro do rótulo negativo no processo adictivo. A permissividade faz parte do rótulo. Os dependentes químicos se classificam de forma negativa e isso traz vergonha e é assustador para ele como para a família envolvida, pois é um reconhecimento do perigo que vivem no cotidiano. Este processo é apenas uma das alterações que acontece no dependente químico e nos que o rodeiam.

Outra alteração é o completar do sistema ilusório. Através da interação desonesta com os outros que o sistema ilusório do dependente químico fica completo. 

Nesta fase com o desenvolvimento da doença, o sistema ilusório e o de defesa são mais usados pelo dependente químico, que confia mais neles. O dependente químico sente-se mais confiante na capacidade de manipular os outros, mas o Eu do dependente químico sente-se mais envergonhado, perdido e isolado. 

Os dependentes químicos sentem-se internamente estranhos. Ninguém conhece o que é o sofrimento tão bem como o dependente químico. A raiva e o desespero de se estar emocional e espiritualmente afastado dos outros e de si, provoca um mal-estar contínuo que faz o Eu recorrer para o dependente químico a fim de encontrar alívio, e assim se usa mais drogas de forma justificada.

Sentimentos de medo, raiva, dor e sofrimento vindo do processo adictivo, fazem com que os dependentes químicos se joguem mais na sua dependência química em busca de alívio. 

Vi um menino perdido na barraca dos espelhos. Chorava e gritava, correndo para o interior do labirinto atrás da saída. Alguém teve de salvá-lo. Os dependentes químicos se sentem semelhantes a este menino.

A dor e a raiva alimentam o processo doentio e são os principais subprodutos da dependência química , tanto para os dependente químicos como para os que o rodeiam.

O sofrimento e a tensão aumentam, e o dependente químico usa mais drogas, assim, com o decorrer do tempo, os dependentes químicos se adaptam à modificação de humor produzida pela sua atuação, sentem necessidade de maior frequência e intensidade.

O dependente químico fica descontrolado

Os dependentes químicos têm “tolerância”, significa que se acostumam à mudança no humor de usar drogas. Por causa da tolerância e do aumento da raiva e sofrimento, usam drogas com frequência e de forma perigosa nesta fase de desenvolvimento da doença.

O dependente à comida que excede se sente pior, e então decide que é normal comer o que quiser. Então, toma laxante para não engordar. Sente vergonha do descontrole, e come mais para se sentir melhor.

Para o dependente químico, o descontrole é assustador, pois confirma sua falta de controle sobre suas compulsões e obsessões. As situações são seguidas de promessas de parar de usar álcool e drogas e começar a “agir corretamente”. No intuito de se convencer que controla ou que vai controlar.

O dependente químico vai ao seu fundo, reúne força de vontade e “se porta bem” durante um tempo. Logo que o medo ou a vergonha passam, ele volta a ter controle do Eu e a pessoa volta a usar drogas.

Usar drogas é uma forma de lidar com a vergonha. Nas situações que atua de forma compulsiva, o dependente químico necessita de um sentido e volta-se para o sistema ilusório da lógica doentia a fim de obter resposta. Usando esta lógica, ele encontra a forma de justificar o que acontece. A lógica adictiva se baseia na proteção da dependência química e o usar álcool e outras drogas e acontecimentos que causam o prazer intenso e compulsivo.

• O dependente a jogo acredita que seus problemas financeiros não vêm do jogo, mas do fato da prestação da casa ser alta;

• O dependente a pequenos roubos acredita que seus problemas vêm da família e de emoções perturbadas e não do roubo.

No sistema ilusório, é difícil, senão impossível, o dependente químico perceber as razões do seu sofrimento. Acredita que as pessoas não o compreendem e o mundo um lugar difícil.

O esgotar da energia

O controle, é uma atração do estilo de vida da dependência química, é crer que controla o seu mundo. Ironicamente, é a busca de controle que faz o dependente químico possuir cada vez menos.

Viver no mundo de objetos e acontecimentos, a procura de controle, aumenta a vergonha, leva ao maior isolamento emocional e produz e consome uma enorme tensão e energia emocional e psicológica. 

No estilo de vida do dependente químico nesta fase do desenvolvimento da doença, utilizam as energias de forma diferente, canalizando maior quantidade para a dependência química. As atividades e as pessoas importantes no passado tornam-se menos importantes.

Pro dependente químico é difícil viver duas vidas. Algo precisa desaparecer. A família, os amigos e os passatempos são trocados pela dependência química. A energia afetuosa, dirigida para os outros e para o Eu, é agora utilizada na relação doentia. A dependência química exigirá mais e mais e, a pessoa impotente e sem controle, terá de ceder à exigência.

Há uma batalha quase constante entre o Eu e o dependente químico. 

• Eu – Devo atuar sentimentos ou não?      

• Dependente químico – não faz mal… Está Certo atuar!   

• Eu – Vou arranjar problemas!  

• Dependente químico – Não me importo se arranjar problemas!

Esta conversa continua dentro da pessoa. O Eu tenta controlar o Dependente químico, parar de lutar significa atuar. Muitas pessoas em recuperação falam ter atuado para se verem livres durante um período da luta interna, entre o devo e o não devo. 

A luta para controlar a dependência química é um enorme gasto de energias, esta doença irá confiscar cada vez mais energia, poder de concentração e capacidade de funcionar do dependente químico, eliminando a possibilidade de ser um ser humano “normal”. 

Vazio espiritual

À medida que a dependência química adquire controle, os dependentes químicos perdem capacidade de influenciar os seus pensamentos e comportamentos, vai-se dando a morte espiritual. Espiritual significa estar ligado a um sentido e ao mundo que nos rodeia.

O sentimento de pertencer ao mundo perde-se assim que a dependência química progride. A sensação de se conhecer a si e à sua importância afasta-se cada vez mais.

A dependência química é uma doença espiritual. Todos têm a capacidade de se ligar à alma e ao espírito dos outros. A dependência química é um assalto contra o Eu, e direto ao espírito do dependente químico. O espírito produz vida; o objetivo da dependência química é a morte espiritual.

Quanto mais a dependência química avança, mais isolada espiritualmente fica a pessoa. Aspecto mais triste e assustador da dependência química. O pôr do sol, os sorrisos, o apoio dos outros que alimentam o espírito, tem menos significado à medida que o usar drogas se torna mais importante. A dependência química bloqueia a capacidade da pessoa entrar em contato com o seu espírito, e diminui a capacidade de entrar em contato com o espírito dos outros. 

As relações com os outros são superficiais assim que a doença progride. Os dependentes químicos se isolam ou escolhem outros dependentes químicos camaradas que provocam neles pouca confrontação.

Com o avanço da dependência química, a morte espiritual torna-se mais profunda, é o aspecto mais perigoso da dependência química. Na recuperação, terá um renovar do empenho em alimentar o próprio espírito. Quanto mais se afasta do Eu, mais difícil restabelecer uma relação com a recuperação. 

No início, a pessoa recorreu à dependência química numa tentativa de alimentar a vida, o espírito e o Eu no processo de procura da perfeição. Os dependentes químicos em recuperação agarram-se ao aspecto espiritual porque ficam gratos por lhes serem devolvidos dons tão preciosos: o Eu, a consciência espiritual e a capacidade de entrar em contato com outros de uma forma que tenha significado e que os conforte.

Conclusão

O que precisamos ter em mente é que estar na condição de dependente químico não é fácil e tentar entender também não. 

Por isso recomendamos sempre que a família e amigos procurem ajuda profissional para poder saber o que fazer e qual melhor forma de ajudar um dependente. 

Em nosso blog você vai encontrar diversas formas de ajudar e se conscientizar, mas também vai encontrar o nosso telefone que funciona 24h para atender você e ajudar no que for possível. 

Fabrício Selbmann

Fabrício Selbman é Diretor do Grupo Recanto, rede de três clínicas de tratamento de dependentes químicos referência no Norte e Nordeste nesse segmento, e também é:

  • Formado em marketing e pós-graduado em gestão empresarial;
  • Especialista em Dependência Química pela UNIFESP. Especialização na Europa sobre o modelo de tratamento Terapia Racional Emotiva (TRE);
  • Psicanalista pela Associação Brasileira de Estudos Psicanalíticos do Estado de Pernambuco (ABEPE);
  • Professor de Especialização na Associação Brasileira de Estudos Psicanalíticos do Estado de Pernambuco (ABEPE);
  • Diretor do Grupo Recanto, rede de três clínicas de tratamento de dependentes químicos referência no Norte e Nordeste nesse segmento.
Proximo Anterior

PESQUISAR:

Categories

  • Alcoolismo
  • Dependência Química
  • Drogas
  • Sem categoria
  • Tratamento

Sobre

o autor

Autor

Sou Fabrício Selbman, psicanalista, palestrante sobre Dependência Química, diretor do Grupo Recanto, rede de quatro clínicas de tratamento de dependentes químicos, referência no Norte e Nordeste nesse segmento. Sou formado em marketing e pós-graduado em Gestão Empresarial;

Especialista em Dependência Química pela UNIFESP, além de especialização na Europa sobre o modelo de tratamento Minessota.

Tudo que Você Precisa Saber Sobre Reabilitação Para Dependentes Químicos

FIQUE ATUALIZADO!

Nós ligamos para você







Trabalhe Conosco: envie um e-mail para [email protected]

4007.2316

Central de Atendimento
Desenvolvido por Agência Ópera