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Vício em remédio: como identificar e tratar essa dependência

O vício em remédio começa de forma silenciosa, com o uso eventual para aliviar dores ou insônia, mas, quando menos se percebe, ele passa a dominar a rotina e a saúde. 

Isso porque esse vício se disfarça de solução, enquanto desgasta a saúde, os relacionamentos e a autonomia.

Se você quer entender mais sobre o que leva alguém a depender de comprimidos para estar bem ou qual a linha entre o tratamento e a dependência, encontrará essas respostas nos próximos tópicos deste artigo.

Além disso, falaremos sobre as causas por trás deste vício, sinais de alerta e as consequências para o corpo e a mente, bem como o tratamento especializado e o apoio de uma clínica de recuperação podem ser o caminho para recuperar o controle da vida.

Seguimos juntos?

O que é vício em remédio?

O vício em remédio é um tipo de dependência química, que se configura pela compulsão e obsessão que a pessoa manifesta com relação a alguma substância. 

Nesse cenário, se manifestam dois fenômenos: a abstinência e a tolerância.

A tolerância é quando o corpo já se acostumou com determinada substância e é preciso uma quantidade cada vez maior dela para gerar os mesmos efeitos que antes eram conseguidos com bem menos.

Já a abstinência, ou crise de abstinência, se manifesta quando a pessoa permanece certo período afastado da substância e pela ausência do consumo, passa a desenvolver sinais e sintomas relacionados, como uma tentativa do corpo de obter mais.

Para você entender melhor como funciona o vício em remédios, esclarecemos que determinados medicamentos ativam o sistema de recompensa do cérebro, algo que causa uma perturbação e eleva a necessidade de ativar esse estímulo novamente, além de diminuir o prazer de outros estímulos que temos, como nos alimentar.

“O indivíduo fica dependente desse estímulo por não sentir mais prazer em outras coisas naturais do dia a dia e sua interrupção causa sintomas físicos de desconforto, ansiedade e até sintomas graves que podem levar à morte”, esclarece a farmacêutica Anelise Liduvino Faria Kojo, em entrevista ao Estado de Minas.

Principais causas do vício em remédios

Três causas são evidentes quando falamos do vídeo em remédios: 

  • o hábito da automedicação;
  • o uso indiscriminado de medicamentos;
  • vontade de efeitos alucinógenos e entorpecentes.

O hábito da automedicação ocorre quando, sem consultar um médico, tomamos um medicamento que já é de costume usar naquela situação, como um analgésico.

Às vezes, fazemos isso até por indicação de um familiar ou amigo.

A automedicação pode resolver a situação na hora, mas pode criar tolerância à substância no corpo, o que faz com que você use mais e mais, logo, abre caminho para o vício, como um vício em analgésico.

No vídeo abaixo, o Dr. Drauzio Varella fala sobre os perigos da automedicação, com um exemplo prático de o que geralmente acontece nestes casos:

Quanto ao uso indiscriminado, ele acontece quando a pessoa não respeita os períodos de tempo entre cada dose e/ou não respeita as doses recomendadas.

Existem ainda aqueles que procuram especificamente por medicamentos que gerem efeitos alucinógenos e entorpecentes para diversão ou relaxamento.

Aqui, um exemplo deste caso é o Purple Drank, (drink com codeína) comumente usado nas baladas. 

Nesses casos, também é comum gerar dependência. 

Sinais e sintomas do vício em remédios

Os sintomas do vício ou dependência de remédios podem ser divididos em duas categorias principais: comportamentais e físicos. 

Alguns sintomas comportamentais comuns são:

  • uso crescente sem prescrição;
  • preocupação com o medicamento;
  • falta de controle sobre o uso;
  • continuação do uso apesar dos problemas;
  • isolamento social.

Enquanto os principais sintomas físicos são:

  • sintomas de abstinência;
  • tolerância, com necessidade de doses cada vez maiores;
  • mudanças no sono ou apetite;
  • alterações de peso;
  • problemas gastrointestinais.

Quais são as consequências do vício em remédio para o organismo? 

O uso indiscriminado de remédio pode trazer consequências profundas para o corpo do viciado, como:

  • aumento ou redução da pressão arterial;
  • taquicardia;
  • alucinações;
  • perda de sensação do corpo;
  • efeito de sedação;
  • vertigem e tontura;
  • vômito;
  • mudanças no comportamento.

Quanto a essas consequências, primeiramente, quando ocorre o uso de diversos medicamentos de uma só vez, a interação entre eles pode ocasionar reações adversas, com diferentes níveis de gravidade, leves ou bastante sérias, com necessidade de hospitalização.

Além disso, altas dosagens ou superdosagens podem levar à intoxicação, chegando a quadros de alucinações e overdose.

Vale considerar também que muitos remédios, se usados por muito tempo ou de forma excessiva, causam prejuízo aos órgãos internos, como: coração, fígado, rins e estômago. Alguns causam danos no cérebro, com perdas cognitivas e quadros de demência.

Em todo caso, os efeitos variam bastante, pois dependem do tipo de remédios ingerido, da sua quantidade e se houve combinações com outros remédios.

Como é o tratamento para o vício em remédios?

O tratamento para a dependência de medicamentos geralmente é multidisciplinar, ou seja, conta com a ajuda de uma equipe composta por médicos, psicólogos e outros profissionais especializados. 

Por isso, a internação em uma clínica de recuperação é indicada, especialmente em casos mais sérios. 

Isso porque se trata de um ambiente controlado e seguro, com monitoramento médico contínuo, suporte terapêutico e isolamento de gatilhos que possam levar a recaídas

A importância da clínica de recuperação no tratamento do vício em remédio

A clínica de recuperação é importante porque é um espaço que irá tratar não só da doença da dependência química, mas suas razões psicológicas e sociais.

O objetivo, assim, é procurar resolver possíveis traços deixados pelo abuso de substâncias e buscar um ser humano pronto para voltar à sociedade.

Na clínica, o paciente não terá acesso somente ao tratamento, mas também interação com outras pessoas que estão passando pelo mesmo problema. Também será aconselhado e guiado por pessoas que já foram dependentes químicos e conseguiram se recuperar.

Perguntas frequentes sobre vício em remédios

Abaixo, respondemos algumas perguntas comuns de serem feitas sobre o vício em remédio. 

Qual a diferença entre uso controlado e vício?

A diferença é que o uso controlado segue a prescrição médica, com dosagens e prazos definidos para tratar um problema específico, sem perda de autonomia, já o vício surge quando o remédio vira uma necessidade compulsiva.

Essa necessidade ocorre mesmo sem indicação, com aumento das doses e dependência física ou emocional. 

Ou seja, enquanto o uso terapêutico traz benefícios, o vício domina a vida, prejudica saúde e relações. 

Portanto, reconhecer essa linha é essencial para evitar a dependência.

Quais medicamentos podem causar dependência?

Existem vários tipos de remédios que podem causar dependência. Os principais são os ansiolíticos, sedativos, estimulantes e analgésicos opioides (compostos semelhantes à morfina).

Os ansiolíticos são geralmente indicados para transtornos de ansiedade e outros transtornos associados. 

Alguns sedativos e remédios para dormir também têm uma chance maior de gerar dependência, pois contém em suas fórmulas benzodiazepínicos e barbitúricos.

Os benzodiazepínicos, assim como os barbitúricos, podem causar efeitos adversos como confusão mental e fala descoordenada. Com o tempo, podem afetar as funções cognitivas como memória, atenção e concentração. É semelhante aos efeitos do álcool, inclusive.

Os estimulantes, como a ritalina, podem viciar devido ao seu potencial de aumentar a dopamina no cérebro, o que pode levar ao uso indevido e dependência se não for usado conforme prescrito.

Os analgésicos também são bem conhecidos por causarem dependência quando usados de forma discriminada. Como dito anteriormente, alguns são opioides, ou seja, derivados da substância do ópio, o que explica o vício.

Por isso, podem apresentar sintomas de abstinência fortíssimos. Mesmo remédios comuns para dor de cabeça, febre e mal-estar, também podem gerar dependência. Mas, tudo depende do uso.

Como saber se a pessoa é viciada?

A pessoa que está sob influência da farmacodependência age como um dependente padrão. Se ficar atento, é possível identificar certos hábitos e comportamentos que evidenciam o vício.

A pessoa geralmente está sempre andando com algum tipo de remédio por perto ou guardando em gavetas e armários.

Ela não respeita os intervalos de tempo de uso nem a quantidade, por isso é bom se atentar se a pessoa toma os medicamentos nas doses certas e no tempo certo.

Mudanças de comportamento e de humor também são comuns, seja por efeitos de medicamentos ou pela abstinência.

Na suspeita, verifique também se a pessoa consegue passar algum tempo longe do medicamento, ou se começa a ter sinais e sintomas adversos. Se acontecer, é sinal de abstinência.

Como se livrar do vício em remédios?

A dependência de medicamentos só pode ser abandonada com tratamento especializado e adequado. 

As opções mais eficazes são a psicoterapia, os tratamentos por medicamentos feitos de forma correta e a internação em uma clínica de recuperação.

Isso porque a desintoxicação de um viciado é um processo que precisa ser controlado e acompanhado por médicos e outros profissionais da saúde. 

Afinal, consiste em retirar as substâncias de forma gradual, fazendo o desmame da medicação. Em alguns casos, as substâncias não podem ser retiradas abruptamente pois podem causar sérias complicações.

Então, é preciso deixar que a abstinência aconteça, para assim manter o controle até que o corpo se limpe das substâncias.

Quanto tempo se cura de um vício? 

Não existe um prazo fixo para recuperação do vício em remédio ou qualquer outro vício, pois a recuperação depende do tipo de medicamento, do tempo de uso, da saúde física e mental do paciente e do apoio recebido. 

Em geral, os sintomas agudos de abstinência podem durar dias ou semanas, mas a recuperação completa leva meses ou anos, justamente por isso precisa de acompanhamento contínuo. 

Além do mais, o processo não é linear, já que recaídas podem acontecer, mas não significam fracasso.

O essencial é manter o tratamento, com terapia e suporte especializado, para reconstruir uma vida sem dependência.

Por que escolher a Clínica Hospitalar Recanto para o tratamento?

Na Clínica Hospitalar Recanto, o tratamento do vício em remédio vai além da desintoxicação, pois trabalhamos com uma jornada de transformação integral. 

Com uma equipe multidisciplinar especializada, combinamos métodos comprovados, como os 12 passos e a Terapia Racional Emotiva, para tratar além do vício, indo até as suas causas profundas.

Nossas unidades oferecem estrutura completa e suporte 24h em um ambiente acolhedor, para garantir conforto e segurança dos nossos pacientes.

Aqui, cada pessoa recebe um plano personalizado, focado em reeducação emocional e reinserção social, com ética e respeito.

Recuperação real exige cuidado real. Venha reconstruir sua vida na Clínica Hospitalar Recanto.

Conclusão

O vício em remédio é uma armadilha silenciosa, que começa como um alívio e pode se tornar uma prisão. 

Ao longo deste artigo, mostramos a você:

  • suas causas (como automedicação e busca por efeitos psicoativos);
  • sintomas (tolerância, abstinência e mudanças comportamentais);
  • consequências graves (danos a órgãos e saúde mental). 

Como você viu, o tratamento exige abordagem multidisciplinar, com desintoxicação supervisionada e terapias para reconstruir a vida.

E aqui, na Clínica Hospitalar Recanto, esse processo é humanizado. 

Com equipe especializada, métodos como os 12 passos e estrutura acolhedora, oferecemos a base segura para a recuperação. 

Em nosso espaço, você não só supera a dependência, mas reconquista autonomia e bem-estar.

Não espere o vício em remédio controlar sua vida. Busque ajuda hoje mesmo!

Fabrício Selbmann é psicanalista, palestrante sobre Dependência Química e diretor da Recanto Clínica Hospitalar – rede de três clínicas de tratamento para dependência química e saúde mental, referência no Norte e Nordeste nesse segmento.

Especialista em DependênciaQuímica pela UNIFESP, pós-graduado em Filosofia | Neurociências | Psicanalise pela PUC-RS, além de especialização na Europa sobre o modelo de tratamento Terapia Racional Emotiva (Minessota).

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