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Conheça Algumas Doenças Causadas Pelas Drogas e Como Tratar
Publicado em: 30 de novembro de 2021

Atualizado em: 03 de abril de 2024

Conheça Algumas Doenças Causadas Pelas Drogas e Como Tratar

O uso indiscriminado de substâncias químicas é responsável por diversas enfermidades e doenças causadas pelas drogas.

Não é novidade que o consumo abusivo de drogas gera diversas consequências à vida, pois a dependência química é uma doença biopsicossocial. 

Ela afeta não somente a saúde da pessoa, mas também, a área psicológica, social e ocupacional. 

Muitas doenças acabam modificando toda a dinâmica da vida cotidiana do dependente de drogas.

As drogas ocupam um lugar central na vida do dependente químico, fazendo ele viver apenas à compulsão e à obsessão. 

O viciado se torna refém de seus efeitos inicialmente prazerosos, mas que são na verdade temporários.

Essas substâncias acabam fazendo a pessoa cair em uma armadilha, levando ela a um ciclo constante e intenso de uso, podendo gerar doenças gravíssimas com efeitos irreversíveis à saúde ou levar à morte.

Quais são as doenças causadas pela droga? Conheça as 8 principais

O consumo abusivo de drogas além de gerar doenças, pode agravar e intensificar as já existentes na pessoa. 

A gravidade das doenças ocasionadas pelo uso de drogas, depende do tipo, tempo de uso da substância e quantidade ingerida que tende a aumentar cada vez mais devido a tolerância adquirida pelo organismo.

As doenças podem surgir tanto de modo repentino quanto meses após o início do consumo de drogas. 

Doenças neurológicas

drogas causando doenças

Um dos principais órgãos afetados pelo uso de drogas é o sistema nervoso central, que com o seu consumo frequente e excessivo pode acabar gerando lesões permanentes no cérebro.

Além da deterioração de neurônios, causando comprometimentos cerebrais, a saúde da pessoa como um todo.

A maconha, cocaína e crack estão entre umas das principais mais consumidas e tem levado muitas pessoas a alterações significativas no sistema nervoso central, passando a gerar lesões graves e permanentes, o que dá origem aos mais diferentes tipos de doenças.

A produção de neurotransmissores fica alterada, podendo levar a prejuízos nas funções cognitivas como memória e aprendizagem. 

Além disso, essas pessoas possuem um maior risco de terem um AVC (Acidente Vascular Cerebral), em comparação às que não usam drogas.

Os problemas neurológicos graves como Alzheimer e Parkinson também representam um risco de se desenvolverem diante do uso prolongado dessas substâncias. 

Com o passar do tempo, modificações na personalidade e comportamento da pessoa também passam a ser observados.

A maconha, por exemplo, aumenta os riscos da pessoa desenvolver psicose como a esquizofrenia, além de perda de memória, doenças pulmonares ou cardíacas. 

Sendo assim, a melhor maneira de frear o surgimento e desenvolvimento de novas doenças, sejam elas físicas ou mentais é a interrupção do consumo dessas substâncias.

Doenças sexualmente transmissíveis

As DSTs, conhecidas como Doenças Sexualmente Transmissíveis, se referem a doenças que podem ser passadas de pessoa para pessoa através do ato sexual ou por meio de agulhas compartilhadas, como o uso de drogas injetáveis, por exemplo. Doenças como o HIV, sífilis e gonorreia são alguns dos exemplos. 

O fato das pessoas que consomem drogas de forma abusiva terem mais riscos de desenvolverem essas doenças está relacionada ao desleixo em relação aos seus comportamentos, não se protegendo de forma adequada.

As drogas como por exemplo o crack, maconha e álcool alteram o nível de consciência da pessoa, fazendo ela se colocar em situações de risco, como o não uso de preservativos ou introdução de agulhas, ou objetos cortantes em seu corpo.

Insuficiência renal e hepática

doenças causadas pelas drogas hemodialise

O consumo de drogas e também do álcool pode acabar sobrecarregando as funções tanto dos rins quanto do fígado e gerando assim insuficiência desses órgãos. 

A cirrose por exemplo se encontra relacionada ao consumo excessivo de álcool causando lesões no fígado. 

Já os problemas nos rins estão relacionados com o acúmulo de substâncias tóxicas no sangue, causando assim a sobrecarga dos rins, o que faz com que deixe de filtrar o sangue de forma correta.

Problemas cardíacos

Um dos órgãos que também são mais afetados pelo consumo e doenças causadas pelas drogas é o coração. 

Devido às consequências de seus efeitos, elas são capazes de provocar aumento dos batimentos cardíacos, fazendo o dependente químico ser acometido de variados tipos de doenças causadas pelas drogas.                                                                                

O crack e a cocaína são uma das principais drogas que causam problemas cardíacos, como, por exemplo, infarto agudo do miocárdio. 

Esse risco aumenta ainda mais entre pacientes na faixa etária de 18 a 45 anos, e essa questão não depende da quantidade de uso, frequência ou via de administração.                                                       

Uma das formas mais graves da doença é chamada de endocardite infecciosa, que se encontra relacionada a uma inflamação do tecido do miocárdio. 

Essa infecção acaba danificando o correto funcionamento das válvulas do coração, gerando o aumento do coração e prejudicando a passagem do sangue.                   

Além disso, existe também o risco do desenvolvimento de insuficiência cardíaca. 

Da mesma forma que acontece com doenças que afetam o fígado ou os rins, os problemas cardíacos também podem gerar na pessoa a necessidade da realização de transplante de coração.

Problemas pulmonares

Os problemas pulmonares também são comuns de ocorrer, devido a ingestão de drogas pelas vias respiratórias como por exemplo maconha, crack e cocaína.                                                  

Com o consumo de drogas, partículas de pó podem passar a se instalarem nos pulmões, o que pode gerar alguns sintomas como falta de ar, tosse ou dificuldade para respirar.                                    

O enfisema pulmonar é considerado uma das principais doenças que acomete esse órgão, o que gera a destruição dos alvéolos pulmonares, que faz com que a pessoa passe a ter dificuldades para respirar de modo normal.                                                                                              

Este se refere a uma doença crônica, pois não possui uma cura, mas pode ter seus sintomas controlados através do uso de medicações. 

Assim como em outras doenças, quando não tratado, pode acabar diminuindo a expectativa de vida da pessoa, gerando câncer.

Desnutrição

A desnutrição acontece devido ao comportamento atípico do dependente químico, pois ele age em função dos efeitos das substâncias químicas, pois atua diretamente no sistema do cérebro responsável pela regulação da fome.

Por isso, a pessoa tende a não se alimentar de forma adequada, passando a ingerir alimentos com poucos níveis de nutrientes e vitaminas, que são essenciais para manter uma boa saúde.  

Em muitos casos devido ao agravamento da dependência química a pessoa tende a parar de comer, para consumir ainda mais drogas.                       

Diante disso, entre as diversas consequências do consumo abusivo de drogas está a desnutrição e ela pode ocasionar por exemplo a anemia gerada pela falta de ferro no sangue, baixando a imunidade da pessoa e tornando ela mais suscetível a outras doenças causadas pelas drogas.

Devido ao processo de desnutrição, a falta de cálcio atinge os ossos e dentes os deixando mais fracos, além disso, outros sintomas podem aparecer devido a desnutrição como queda de cabelo, cansaço excessivo e falta de memória.

Distúrbios comportamentais

Além da saúde, o comportamento do dependente químico também se modifica, principalmente quando a dependência química se encontra em um nível avançado devido a obsessão e compulsão geradas pelo consumo de drogas e aumento da tolerância.

As drogas fazem com que a pessoa deixe de frequentar lugares e atividades, além de passar a mentir com frequência, para esconder seu comportamento dependente. 

Em alguns casos, por exemplo, a pessoa pode passar a ter um comportamento mais agressivo, passando a se isolar, se tornado mais tendencioso a depressão, se mostrando mais agitado ou inquieto entre outros comportamentos que podem acontecer.    

Pode gerar dívidas, passando a ficar com problemas financeiros, além disso, existem as drogas do tipo, depressoras, estimulantes e alucinógenas.             

As drogas depressoras do sistema nervoso central geram no indivíduo, um comportamento mais lentificado, alterando funções cognitivas como atenção e memória, o deixando mais sonolento que é o caso do consumo do álcool por exemplo.

As drogas estimulantes são capazes de deixar a pessoa mais agitada, alerta e eufórica. Já as alucinógenas geram alucinações e delírios o fazendo se comportar de modo atípico.

Leia também: Como parar de beber definitivamente: Opções de tratamento e orientações

Depressão

A depressão, que tem afetado milhões de pessoas no mundo, também está relacionada com o consumo abusivo de drogas. 

O risco do desenvolvimento de quadros depressivos se torna maior, pois esse uso pode acabar fazendo a pessoa desenvolver esse transtorno ou potencializar o quadro depressivo já existente.

Como as drogas possuem efeitos de alívio e prazer imediato, a pessoa com depressão profunda começa a entrar em um círculo vicioso, indo em busca de mais drogas para manter os mesmos efeitos prazerosos de antes.

Leia também: Crise de depressão: O que é, sintomas, diagnóstico e tratamentos

Como tratar a dependência química?

doenças causadas pelas drogas como tratar

A dependência química se trata de uma doença que prejudica todas as áreas da vida do paciente. 

É uma doença crônica, que não possui cura e pode levar à morte, mas a boa notícia é que ela possui tratamento.

Existem variados métodos e diferentes meios para se tratar a dependência química. Sendo o primeiro deles a desintoxicação, que se refere a um método onde se faz a eliminação das substâncias tóxicas presentes no organismo da pessoa.

Diante disso, medicamentos também podem ser prescritos para a diminuição de alguns sintomas de abstinência ou devido a presença de doenças associadas. 

Vale lembrar que não é em todos os casos que existe a necessidade de medicação, pois cada pessoa possui suas particularidades.                               

A psicoterapia também se mostra eficaz no tratamento, pois além dos problemas na saúde, a pessoa necessita de auxílio psicológico, pois sabe-se que a dependência química é uma doença biopsicossocial.                               

A internação também se constitui como sendo outra forma de tratar a dependência química, e ela engloba todos esses métodos de tratamento acima descritos. 

Nesse caso, ela deve ser acionada quando a pessoa coloque em risco a sua própria vida ou a de terceiros.

No internamento a pessoa recebe um tratamento completo, chamado de multidisciplinar tendo a sua disposição diferentes profissionais como médico, psicólogo, enfermeiros e educadores físicos por exemplo, entre outros.                                                             

Com isso, a pessoa recebe todo o auxílio para o restabelecimento da sua saúde, mantendo e desenvolvendo novas estratégias para manejo de fissuras e construção de hábitos de vida mais saudáveis longe do uso de drogas.

Leia também: Clínica de recuperação e desintoxicação para dependentes químicos

Conclusão

No primeiro momento as drogas podem até surtir efeitos prazerosos, porém eles são temporários. 

Com a dependência já instalada a pessoa vai a procura de cada vez mais para suprir e isso acaba virando um ciclo, que se repete a cada dia. 

Assim, vão gerando doenças causadas pelas drogas gravíssimas em diversas partes do corpo, como, por exemplo, DSTs, neurológicas, insuficiência renal e hepática, problemas cardíacos, pulmonares, desnutrição, distúrbios comportamentais e depressão.              

Diante desse contexto, as doenças causadas pelo consumo abusivo de drogas, só podem ser cessadas com a eliminação do comportamento obsessivo e compulsivo pelo uso de drogas que só pode ocorrer com o tratamento adequado.                                    

A internação se torna essencial nesse processo, quando o dependente químico gera riscos a sua vida, e a vida de terceiros inclusive quando apresenta prejuízos em todas as áreas de sua vida. 

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