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Saiba mais sobre clínica de recuperação e desintoxicação
Publicado em: 21 de janeiro de 2021

Atualizado em: 28 de setembro de 2023

Saiba mais sobre clínica de recuperação e desintoxicação

Segundo dados do Ministério da Saúde, no Brasil mais de 6% da população Brasileira possui transtornos psiquiátricos de ordem grave, por conta do uso de álcool e outras drogas.

Por conta desse alto número instituições como as clínicas de recuperação, também chamadas de clínicas de desintoxicação ou reabilitação, são muito importantes no tratamento desses dependentes químicos.

São locais específicos para o tratamento dessa complexa doença que afeta não somente o físico, como também o psicológico e o social, alterando os pensamentos e os comportamentos da pessoa.

Por isso muitas vezes a internação numa clínica é o mais indicado, pois é um local especializado e pronto para enfrentar os desafios que esse processo requer.

Entenda mais sobre o que é a clínica de recuperação e a sua importância a seguir:

O que é uma clínica de Recuperação, Reabilitação ou Desintoxicação?

A Clínica de Recuperação, Reabilitação ou Desintoxicação oferece uma proposta de tratamento fundamentada no comportamento humano, com o objetivo de informar/educar os pacientes para que estes possam compreender a severidade e consequências da sua dependência química. 

A fim também de conscientizá-los dos mecanismos de defesa mental, para que possam reconhecer suas impotências, buscando obter um melhor estado emocional e desenvolver estratégias para prevenir recaídas.

Os tratamentos contemporâneos podem envolver modelos médicos, psicológicos, psicossociais e espirituais.

As técnicas terapêuticas mais eficazes se baseiam na proposta de que as dependências são doenças biopsicossociais que necessitam de abstinência completa e amadurecimento pessoal, sustentados na recuperação e nas mudanças de comportamentos.

Podemos utilizar a definição da clínica de recuperação ou reabilitação como uma instituição que provem o tratamento da dependência química em toda a sua complexidade, além de disponibilizar um local seguro para que se consiga a abstinência total do uso de substâncias psicoativas, o tratamento de desintoxicação (biológico), e sua realidade psicossocial e espiritual.

Comumente o dependente químico ou a família buscam o tratamento em um momento de crise em que o dependente apresenta claros prejuízos nas áreas: física, mental, espiritual, social, familiar e profissional. 

Neste momento é de fundamental importância o acolhimento estruturado de uma clínica de recuperação ou reabilitação, que deve proporcionar aos dependentes uma diminuição de suas defesas, resistências e para que assim demonstrem maior disponibilidade e abertura a mudanças.

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Qual é o papel da clínica de desintoxicação no tratamento de um dependente químico?

usuária de droga

O papel da clínica de desintoxicação é tratar de forma humanizada e individualizada cada paciente, buscando o melhor tratamento possível e adequado a condição de cada paciente.

Procura-se também identificar e entender os motivos que levaram o paciente a dependência química. 

Para entender esse processo é importante desconstruir essa crença e fazer com que o paciente reconheça seus erros e possa progredir para um pensamento e comportamento mais saudável.

A clínica também procura tratar das doenças chamadas comórbidas da dependência química, que são aquelas que se manifestam e se desenvolvem ao mesmo tempo da dependência química.

Exemplos dessas doenças são: Acidente vascular cerebral, Pressão alta, Diabetes, Transtornos de humor (depressão, bipolar), Transtornos de personalidade (antissocial, borderline, TOC) entre vários outros.

A clínica vai buscar a limpeza do corpo das substâncias nocivas que as drogas trazem, buscando o equilíbrio emocional e resolução das pendências internas.

Portanto, o papel dessas clínicas é acolher e tratar o paciente, reeducando para que não tome as mesmas escolhas e o conscientizando das consequências, para que possa voltar para a sociedade ser novamente um membro ativo.

Como funciona uma clínica de desintoxicação?

O paciente chega à clínica de desintoxicação por meio voluntário, involuntário ou compulsório. 

A partir do momento que passa a integrar a comunidade da clínica o paciente é atendido por uma equipe multidisciplinar.

Como a dependência química é uma doença multifatorial, requer profissionais de variadas áreas da saúde para um tratamento mais completo.

A partir do histórico do paciente e das informações que forem coletadas na anamnese feita, é definido o Projeto Terapêutico Singular (PTS) do paciente, esse plano de tratamento é feito para respeitar a individualidade da pessoa e procurar atender as demandas específicas dela.

Dentro desse cenário, para que o paciente esteja pronto para participar dos outros métodos de tratamento é preciso que ele passe pelo processo de desintoxicação, isto é, a limpeza das substâncias nocivas do corpo.

Esse processo acontece sob o acompanhamento de uma equipe médica que monitora e cuida do dependente químico durante o processo, afinal é muito difícil, para não dizer quase impossível, uma pessoa passar por esse processo sozinha.

O corpo humano acaba se acostumando com essas substâncias vindas da droga e passa a regular o funcionamento do corpo a partir delas. 

Então, parar e fazer o cérebro voltar ao normal é um processo doloroso, por isso podem surgir sintomas de uma forte crise de abstinência e é por isso que os médicos acompanham o procedimento.

Caso o médico verifique a necessidade, serão administrados remédios que diminuam os sintomas da abstinência que a pessoa sente.

Após isso o paciente vai para uma ala onde ele precisa se conscientizar sobre sua doença, sobre seus atos, sobre seus pensamentos, seu presente e seu possível futuro.

É nessa etapa onde através da psicoterapia, da terapia de grupos e de vários outros métodos de tratamento o paciente vai enfrentar suas perdas emocionais, suas crenças sobre si e sua doença.

É nesse ponto que muitas clínicas de desintoxicação utilizam o programa de doze passos, criado pelo Alcoólicos Anônimos e que se estendeu para os outros diversos grupos de apoio.

Após a aceitação da doença, o enfrentamento das frustrações e aquisição de novas crenças que dão norte a vida do paciente, vem a preparação para voltar a sociedade.

Aqui é ensinado como permanecer firme e não recair ao uso das drogas, pois haverá situações em que a pessoa será testada e poderá ressurgir a vontade ou o pensamento de voltar a usar; neste momento as habilidades e conhecimentos adquiridos durante o tempo na clínica irão ajudar.

Há uma série de preparações psicológicas para isso, a família também é instruída para poder ajudar ao dependente quando ele sair e ser um pilar de apoio e não acabar gerando ocasiões e situações que facilitem a recaída.

O que pode levar uma pessoa a usar drogas?

tratamento dependente químico

Diversos fatores podem contribuir para que o indivíduo venha a fazer o uso de substâncias químicas. 

Cada pessoa possui um universo particular de costumes e crenças, alguns acreditam que o uso de drogas é um tabu enquanto outros despertam curiosidade. Estudos comprovam que tais fatores se manifestam no emocional, social e biológico.

Com relação ao meio social, a droga se faz presente quase que em todos os lugares, seja em locais de periferias ou colégios e faculdades. 

A curiosidade pode ser um péssimo aliado neste momento pois pode abrir a porta para um primeiro contato com as substâncias. 

Temos ainda o agente influenciador, que pode ser representado na figura de um amigo ou um grupo de pessoas, que já fazem uso de alguma substância facilitando o acesso à droga.

Já o fator emocional parte de quando o indivíduo pretende uma alteração do seu estado de consciência real, ou seja, ele tem dificuldades para lidar com responsabilidades e emoções criando expectativas, acaba por se frustrar e consequentemente usando para minimizar a dor.

Quando apresenta insegurança e acredita que ao fazer uso de determinada droga, obterá a coragem necessária para realizar alguma atividade; quando não há perspectivas de crescimento pessoal e profissional na vida o uso de drogas acaba sendo a zona de conforto; ou quando se perde o raciocínio do certo e errado, a droga passa a ser uma aliada como fator de transgressão.

Por fim temos o fator da hereditariedade onde a influência genética torna-se um marcador no organismo do indivíduo, podendo em tempo de vida indeterminado despertar o uso de substâncias químicas.

De uma maneira geral, o uso de drogas traz uma falsa sensação de fuga dos problemas. 

Quais são os sintomas da dependência?

Os sintomas aparecem em sete formas, tendo cada uma sua peculiaridade. 

Com uma maneira de agir visando a desadaptação do uso de substância, provocando um sofrimento considerado significante do ponto de vista clínico, manifestado por três (ou mais), no período de 12 meses, apresentando-se através da saúde física e de comportamentos da pessoa.

São os sintomas: 

  • Uso em grandes quantidades com os períodos de uso maiores que o intencionado; 
  • Quando organismo passa a apresentar tolerância e naturalmente aumentam as quantidades e os tipos de substância; 
  • Síndrome de abstinência seguida de um uso para aliviar os sintomas; 
  • Não apresentar muito desejo ou esforço em parar o consumo, diminuir ou controlar; 
  • Tempo maior gasto em obtenção das substâncias, durante o uso ou mesmo para se recuperar dos efeitos; 
  • Reduzir ou abandonar atividades comuns, sociais ou ocupacionais devido ao uso; 
  • Utilizar como desculpa, para manter o uso, algum problema físico ou psicológico.

Lembrando que à medida que a dependência química vai se instalando e progredindo o comportamento da pessoa transita e oscila dentre esses aspectos da doença.

Como é o tratamento de um dependente químico em uma clínica de desintoxicação?

Desenvolvendo cada vez mais o método de tratamento, busca-se colocar em plano de igualdade de discussão toda a equipe profissional da clínica de recuperação. 

Fazendo assim, a união do técnico com o empírico, para melhor entender e ajudar os residentes em tratamento visando a recuperação física, emocional, social e espiritual.

O tratamento médico é importante no início para avaliar as consequências clínicas da dependência e acompanhar as manifestações de abstinência.

O tratamento psicológico e de aconselhamento em dependência química visará mudar ou influenciar atitudes e comportamentos de pacientes, para aumentar a motivação de abstinência e diminuir mecanismos de defesa (negação, racionalização e projeção da culpa).

Desta forma, é possível que cada residente vá em busca de seu papel, vivendo e discutindo seus problemas em um ambiente seguro e democrático. 

A utilização deste modelo desperta a responsabilidade individual e em grupo, facilitando a participação de todos nas atividades propostas no projeto terapêutico.

A Clínica de Reabilitação, em diferença a outras abordagens de tratamento, mantém um tratamento clínico, psiquiátrico, psicológico e fundamentalmente empírico de um adicto ajudando o outro, onde cada caso é um caso e com isso o tratamento deve ser o mais individualizado possível, apesar de não fugir do tratamento em grupo.

Como conceito de tratamento ou intervenção terapêutica, se entende ser uma série de eventos que iniciam quando o usuário de substâncias psicoativas estabelece um contato com uma clínica de recuperação, estabelecimento de saúde ou serviço comunitário.

O programa terapêutico a ser desenvolvido no período de tratamento da clínica de recuperação tem como objetivo ajudar o dependente químico a se tornar uma pessoa livre através da mudança de seu estilo de vida. 

A proposta da clínica de reabilitação deve considerar que o dependente químico pode desenvolver-se nas diversas dimensões de um ser humano integral através de uma comunicação livre entre a equipe e os residentes e uma organização solidária.

A clínica de desintoxicação química é uma ajuda eficaz para quem tem necessidade de liberar as próprias energias vitais para poder ser um homem/mulher em seu sentido pleno, adulto e autônomo.

O objetivo da clínica é o crescimento das pessoas através de um processo individual e social; e o papel da equipe é ajudar o indivíduo a desenvolver seu potencial.

Para que a equipe seja eficaz é muito importante acreditar, independentemente de qualquer comportamento que o residente tenha tido, que ele pode mudar. 

Se não houver essa credibilidade, existe o risco de “abandono” desses residentes. 

Se a equipe acreditar que todos podem mudar, dedicará sempre a atenção que cada um precisa para que a mudança ocorra.

O ambiente clínico deve possibilitar a aprendizagem social oferecendo a oportunidade de interagir, escutar, aprender, projetar, envolver-se e crescer de maneira que, normalmente reflita a capacidade e o potencial individual e coletivo das pessoas que dela fazem parte.

Quanto tempo leva para desintoxicar o organismo de drogas?

atendimento psicológico

O tratamento é um processo longo, de várias frentes, e que leva tempo. 

Esse tempo ainda é discutível. A maioria dos pesquisadores modernos, porém, conclui que o tratamento deve consistir na combinação de métodos que ajudem a alcançar o maior potencial de abstinência durante a vida inteira.

A internação em um centro de recuperação, localizado em um lugar grande, arborizado e propício a se ter um ambiente favorável a recuperação dura em média seis meses. 

O modelo de internação é terapêutico e tende a mesclar ensinamentos da maneira de fortalecer a aliança terapêutica buscando o reforço da união do trabalho profissional de Técnicos (Corpo médico – clínico e psiquiatra, Psicólogos, Nutricionista, Enfermagem e Educador físico) com o empírico vivencial – pessoas que estão livres das drogas e que têm experiência a ser repassada, ensinando o caminho da recuperação (Gerente de Tratamento, consultores em dependência química – Conselheiros e Monitores).

Médicos e outros profissionais da área da saúde, podem atender individualmente e em grupo os pacientes com dependências leves a moderadas e sem complicações associadas importantes. 

De uma forma geral, estes pacientes devem também frequentar reuniões de recuperação que seguem os 12 passos, um programa espiritual, o grupo de ajuda, faz parte do tratamento, sendo necessário para o dependente e para a família.

Os 12 passos de recuperação, criados originalmente pelos fundadores do AA, Bill W. e Dr. Bob, provaram aumentar as taxas de sobriedade após dois anos quando comparados com outras terapias.

Os Narcóticos Anônimos, um dos vários programas de 12 passos que se originaram no A.A., adaptou este programa para dar apoio aos dependentes de outras drogas.

A terapia comportamental cognitiva, por sua vez, é uma espécie de psicoterapia utilizada para uma variedade de distúrbios mentais. 

Os praticantes desse método acreditam que se concentrar nas razões do comportamento dependente pode ajudar a erradicá-lo de suas vidas. 

A maioria das reabilitações inclui esta terapia como parte de seu programa geral de tratamento, e costuma ser oferecida em grupo, individualmente e em família.

Os remédios são outra frente nos tratamentos modernos contra a dependência. Os medicamentos podem ser utilizados para ajudar a aliviar os sintomas físicos e psicológicos da abstinência. 

A abstinência é considerada dolorosa, o que leva à administração de medicação durante quatro a seis semanas após a interrupção do uso, também podendo ser usada como um tratamento a longo prazo, como é no caso das comorbidades (doenças psiquiátricas que coexistem com a dependência química).

Os antidepressivos também costumam ser usados na reabilitação, já que uma das principais comorbidades é a depressão profunda, podendo existir em conjunto com a dependência de substâncias ou distúrbio compulsivo e pode ser usada como parte do tratamento em ambos os casos.

O programa de recuperação tem objetivos claramente determinados, com prazos estabelecidos, sem que se perca a flexibilidade. O período para se conseguir a conscientização do problema da dependência é de 90 a 180 dias. 

É um programa didático-terapêutico composto por vários subprogramas trabalhados de forma coordenada, sendo eles:

Atendimento Médico Psiquiátrico – São feitas avaliações psiquiátricas do dependente, através de consultas com o profissional que presta serviço como psiquiatra ao centro. São avaliadas as comorbidades e a crise de abstinência e assim são prescritas as medicações necessárias.

Médico Clínico – Avalia e trata de problemas clínicos relacionados ao uso e abuso da substância e do histórico clínico do paciente, solicita e avalia os exames bioquímicos e laboratoriais, além de atestar a possibilidade de permanência em casos de internação de média durabilidade.

Atendimento de Psicologia – Terapias psicológicas são importantes, pois atuam nos valores pessoais, na filosofia de vida de cada um, facilitando a elaboração e a modificação da postura do dependente perante a droga. A ajuda terapêutica facilita a busca do equilíbrio, da harmonia, da coerência, do crescimento e também de uma nova maneira de pensar e encarar a realidade. Esse processo é extremamente necessário, pois permitirá ao dependente se responsabilizar pelo seu próprio crescimento pessoal.

Social – Visa conhecer dados do próprio dependente e sua relação com as drogas, infância, família e auxiliá-lo em sua elevação de consciência etc. No que diz respeito à família, busca-se o tratamento de sua co-dependência, efetuando-se reuniões de mútua ajuda com dependentes e seus familiares.

Ajuda mútua – A recuperação de dependente químico através do centro de reabilitação se utiliza dos 12 passos e as 12 tradições, seja do AA, seja do NA, passando a ter um número significativo de recuperação em escala. Estes ensinamentos são usados para se ter uma maior conscientização do tratamento diário, levando o dependente a se trabalhar para viver sóbrio (só por hoje).

Educação física – O tratamento é desenvolvido de forma prática através de atividades individuais e coletivas. O condicionamento físico serve para a eliminação das toxinas e a busca de um melhor relacionamento social e de lazer através de caminhadas, acompanhamento antropométrico dos dependentes, valorização do espaço e da natureza que cerca o centro e a prática de exercícios físicos.

Tipos de internação?

apoio da família clínica de desintoxcação

A internação é feita quando o profissional, que orienta o atendimento, percebe que a pessoa tem prejuízos na sua vida social, familiar e de saúde. 

No caso da internação involuntária quando o dependente corre risco de vida ou coloca terceiros neste risco. 

A internação voluntária ocorre quando a própria pessoa prefere ser internada para se submeter ao tratamento e a internação compulsória quando determinada por um juiz competente.

Internação voluntária

É quando o dependente aceita o tratamento. 

Deve-se sempre procurar uma clínica de recuperação especializada, capaz de ajudar o paciente nas crises de abstinência, evitando assim a desistência do tratamento por parte do usuário.

Com aceitação do dependente ao tratamento, esse é o método indicado. 

Há inclusive documentos formais para que seja reconhecida esta voluntariedade, como uma ficha de voluntário, que é assinada pelo residente no ingresso de seu tratamento. 

Deve-se sempre procurar um centro de recuperação especializado, acolhedor que esteja preparado para ajudar o paciente nas crises de abstinência, na ambivalência inicial e no decorrer de seu tratamento, evitando assim a desistência do tratamento por parte do usuário.

Internação involuntária

É indicado para pessoas que estão correndo risco de vida, mas não aceitam a internação. Esta é necessária quando o dependente perdeu a liberdade de escolha. 

O dependente químico não consegue mais dar importância às coisas como: família, estudo, emprego, regras, normas, leis. Na verdade, esta intervenção é um ato de preservação da vida.

Este tratamento é legal (lei 13.840/19) e necessário quando o dependente coloca em risco a própria vida e/ou a vida de terceiros pelo uso abusivo de álcool e outras drogas.

O dependente não consegue mais escolher entre o consumo e a abstinência, ele perdeu a capacidade de julgar os valores e riscos de suas atitudes.

Internação compulsória

A internação compulsória é determinada por uma medida judicial onde um Juiz competente vai atestar ou não a necessidade de um tratamento. 

Há um grande número de situações envolvendo o consumo de álcool e drogas identificadas como contravenções penais e crimes. 

Entre essas situações estão o ato de beber e dirigir, os crimes de natureza aquisitiva, isto é, aqueles que visam a angariar fundos para o porte ou consumo de drogas ilícitas e muitas outras.  

O juiz pode entender que o condenado é portador da dependência química e a prática dos delitos ou é para sustentar o uso ou para conseguir mais uma dose e assim em vez de encaminhá-lo ao sistema prisional. 

Tipos de reabilitação

Quando pensamos na droga e no álcool as histórias dos usuários podem variar individualmente, mas, no fundo, todos têm a mesma coisa em comum. 

Reabilitação para alcoólatras

O vício em álcool é uma doença crônica que contém uma variedade de causas, que incluem fatores genéticos, ambientais e psicológicos. 

O alcoolismo possui um grande impacto na vida do dependente, podendo, portanto, até levar à morte. 

A pessoa dependente em álcool procura aliviar seus sofrimentos de caráter emocionais ou mascarar dores físicas provocadas pela doença.

Reabilitação para dependentes químicos

O programa terapêutico, a ser desenvolvido no período de tratamento, tem como objetivo inicial ajudar o dependente químico a ficar abstêmio de drogas e começar a recuperar seu senso crítico.

A proposta do Clínica de Recuperação deve considerar que o dependente químico pode desenvolver-se nas diversas dimensões de um ser humano integral através de uma comunicação livre entre a equipe e os residentes, em uma organização solidária e igualitária. 

Para ajudar o dependente químico, o centro de recuperação deve criar um ambiente onde ele possa ter a compreensão necessária de que a droga é apenas um sintoma de algo mais profundo que precisa ser trabalhado e que, com certeza, está ligado a mudança de seu estilo de vida e de seus comportamentos.

Principais desafios do tratamento de dependência em uma clínica de desintoxicação?

Muitos não aceitam que a dependência química é uma doença ou não entendem que ela estava causando danos a sua vida e ainda pior na vida de outras pessoas.

A negação impede o andamento do tratamento e faz com que o paciente não queira participar, pois para ele, ele não deveria estar ali.

A vergonha também tem uma presença marcante, já que a dependência química é uma doença que carrega uma ideia negativa, um estigma social de sujeira, marginalidade mau caráter, entre outras concepções atribuídas ao dependente químico.

Muitos têm vergonha de si mesmos, vergonha do que representam e vergonha de admitirem isso e passarem a receber tratamento.

Existe também o preconceito, a imagem de um dependente químico é muito atrelada a atos ruins, como furto, roubo, agressão, assassinato.

Quando o preconceito está no seio familiar é ainda pior, afinal a família que poderia ajudar, muitas vezes abandona a pessoa.

Como a clínica de desintoxicação auxilia o dependente a lidar com a abstinência?

No início do tratamento durante a fase de desintoxicação esse controle é feito através de medicamentos e psicoterapia, após essa etapa é dado início ao modelo de tratamento da clínica em questão.

Assim, por meio de sessões de terapia de grupo, psicoterapia, laborterapia, lazer e atividades físicas, o dependente vai entendendo novamente que o mundo é muito maior e vasto do que as drogas e que existem outros prazeres, de modo que a mente vai desassociando do antigo pensamento e formulando novos baseado nas crenças que aprendeu durante o tratamento.

Após o tratamento o paciente da clínica de desintoxicação levará em conta os ensinamentos e aprendizados coletados através da experiência de tratamento para se manter firme na sobriedade.

Como é o processo de ressocialização após o tratamento em uma clínica de desintoxicação?

O processo de ressocialização ou reinserção social que acontece ao fim do tratamento consiste na volta do paciente a suas atividades diárias e convívio familiar, contudo a preparação para esse momento começa muito antes.

Os dependentes internados passam meses sem influência da droga, e geralmente um mês antes da liberação, começa um intenso trabalho de conscientização e prevenção a recaída.

Não só o paciente, como também a família, recebe instruções para que possa apoiar e incentivar o novo estilo de vida, ao mesmo tempo que observa e mantém a rédea curta para que não volte ao uso das drogas.

Por muitas vezes, é preciso cortar laços com amigos de longa data, não frequentar certos lugares, tomar outras atitudes, são mudanças que podem ser um pouco drásticas a depender do caso, porém necessárias para manter a sobriedade que conquistou.

São escolhas difíceis, mas que precisam ser feitas em ordem de um presente e futuro melhor; quando a pessoa escolhe se apartar da droga é preciso continuar se afastando daquilo que era ligada de algum modo a elas, por isso as clínicas ensinam um novo estilo de vida.

Quanto ao gênero

Num ambiente propício para o tratamento da dependência química se tem a separação por gêneros no espaço físico da clínica de recuperação ou reabilitação. 

Numa tentativa de evitar que problemas relacionados ao sentimental, comportamental e sexual interfira no propósito do tratamento dos internos. 

Ambos disponham do mesmo modelo de tratamento, sendo respeitadas as peculiaridades de cada e temas relacionados a cada gênero. 

Temos então a parte masculina separada da parte feminina.

Clínica de recuperação Masculina

Como o próprio nome já diz esse espaço disponibiliza tratamentos específicos para dependentes do sexo masculino. 

Na clínica de reabilitação masculina o paciente terá apenas contato com pessoas do mesmo sexo que ele e que passam pelas mesmas vivências no que diz respeito à utilização de drogas e que lutam contra o vício. 

Em muitos casos eles convivem em muitos ambientes, realizando também atividades de tratamento, gerando desta forma, uma conexão e rede de apoio com os que passam por condições parecidas.

Uma clínica de recuperação masculina sempre conta com profissionais especializados e qualificados para realizarem um bom diagnóstico e assim identificar qual a forma de tratamento adequada para cada um.

Portanto, uma clínica de recuperação masculina é uma possível alternativa segura e eficaz para tratar e salvar a vida de uma pessoa com dependência química. 

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Clínica de recuperação Feminina

A clínica de recuperação feminina conta com atendimento exclusivo para mulheres. 

Considerando que as necessidades delas são bem diferentes dos homens, como também o seu organismo reage de forma diferente, com relação às drogas. 

Nas mulheres existe uma incidência maior de depressão relacionada ao consumo de drogas, especialmente no que diz respeito ao álcool

Frequentemente as dependentes do sexo feminino, tem em seu histórico de vida o abuso sexual ou físico. 

As mulheres viciadas em drogas também lutam contra a imagem corporal, distúrbios alimentares, vício em sexo, entre outros assuntos que não podem ser tratados na presença de homens.

As clínicas de recuperação femininas são fundamentais para as pacientes. 

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Qual o preço de uma clínica de recuperação?

clínica de reabilitação grupo recanto

Acreditamos que a pergunta ideal seria: Qual o valor de uma clínica de recuperação ou reabilitação? 

Esse é um investimento para salvar uma vida destruída pelo uso de drogas, é poder ter o ente querido devidamente recuperado e reinserido na sociedade, cumprindo com seus compromissos e responsabilidades.

Nossas clínicas possuem um elevado padrão de qualidade no tratamento de pessoas com dependência química e saúde mental.

Dispomos de instalações com estrutura de hotelaria com piscina, academia ao ar livre, campo para atividades esportivas, médicos 24 horas, Unidade Hospitalar e uma estrutura de saúde formada, por médicos clínico e psiquiatras, psicólogos, terapeuta ocupacional, enfermeiros entre outros, além de frota padronizada e ambulância 24h no local para qualquer intercorrência.

Clínica de internação gratuita ou com plano de saúde

Nossa clínica de recuperação ou reabilitação, foi fundada em 2008 e a partir de 2011 começou a ter convênios com planos de saúde, a internação que era feita apenas na modalidade particular, agora com o plano de saúde, passava a ter a cobertura parcial ou até integral do tratamento.

Procure nosso setor de acolhimento para saber maiores informações.

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Conclusão

A partir do que foi exposto durante o texto, é possível concluir que não existe apenas um modelo de clínica de recuperação, reabilitação ou desintoxicação, muito menos um único modelo de tratamento.

Para que o tratamento seja eficaz, este deve atender às diversas necessidades e não apenas ao uso de drogas, devendo ter um plano de serviços e ser continuamente avaliados e modificados quando necessário para garantir que o plano atenda às necessidades da pessoa.

Que a permanência no tratamento por um período adequado de tempo é essencial para sua eficácia juntamente com aconselhamento (individual ou em grupo) e outras terapias comportamentais que são componentes cruciais para uma recuperação adequadamente eficaz. 

Que por vezes será necessário o uso de medicações como um elemento importante para vários pacientes, devidamente acompanhadas pelo psiquiatra e o médico clínico.

E que o tratamento precisa estar prontamente disponível para o momento de busca do dependente ou da família.

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