Estamos aqui 24h

é só clicar

Clínica para drogados: o que é, como funciona e benefícios
Publicado em: 13 de julho de 2020

Atualizado em: 13 de dezembro de 2022

Clínica para drogados: o que é, como funciona e benefícios

Apesar de carregar uma conotação negativa, o termo “clínica para drogados” é bastante utilizado e revela a busca por tratamento para um dependente químico

No fim das contas, recorrer a essa ajuda é o primeiro passo para gerar uma mudança no ciclo de abuso de substâncias como álcool e drogas. Ou seja, é algo a ser incentivado. 

É por isso que, ao longo deste artigo, falo sobre as principais informações sobre o que são e como funcionam os espaços de reabilitação, trazendo exemplos da minha experiência aqui no Grupo Recanto.

Convido você a seguir na leitura do artigo e tirar as suas dúvidas sobre o tema. 

O que é e como funciona uma clínica para drogados

Uma clínica de reabilitação (popularmente chamada de clínica para drogados) é um espaço pensado para promover a recuperação e a saúde dos pacientes que sofrem com um quadro de dependência química e precisam de ajuda especializada. 

Isso pode significar desde o acompanhamento multidisciplinar de rotina, com consultas e sessões de aconselhamento, até a necessidade de uma internação, quando outras alternativas já foram esgotadas.

O modo como a unidade é estruturada pode variar, assim como as abordagens profissionais utilizadas.

Nas clínicas do Grupo Recanto, a estrutura e o tratamento são os mesmos para todos os pacientes.

Para que a experiência seja positiva, no entanto, é importante que os preconceitos não estejam presentes e que a família e o paciente possam se sentir verdadeiramente acolhidos.

O momento já é complexo o suficiente. Por isso, quanto menos dificuldades adicionais surgirem no caminho, melhor. 

Então, não importa se você é dependente químico ou se possui um familiar nessa situação. 

Em qualquer um dos casos, eu diria que o primeiro passo para avançar é aceitar que o problema existe e que ele pode ser superado com suporte especializado.

E isso você encontra em uma clínica de reabilitação – ou clínica para drogados, caso prefira chamar assim.

Quais são os benefícios em internar um dependente químico em uma clínica

Enquanto opção de tratamento, a internação do dependente químico pode trazer inúmeros incentivos para que o uso do álcool e de outras drogas seja deixado para trás. 

A seguir, listei três deles que considero como centrais de todo o processo. 

Proposta de desintoxicação

Como já comentei, a desintoxicação não é uma etapa simples. 

Ela envolve conviver com a abstinência e os seus efeitos, que podem ser bastante presentes. 

Quando isso acontece em um clínica de reabilitação, o processo é acompanhado de perto por quem entende do assunto. 

Muitas vezes, pode ser necessário utilizar medicamentos para controlar os sintomas e garantir mais segurança ao paciente, o que só pode ser feito por um médico. 

Depois de concluída a desintoxicação do organismo, o tratamento não termina (afinal, o acompanhamento precisa ser contínuo), mas uma importante etapa vai ter sido vencida. 

Acompanhamento profissional

O acompanhamento profissional, aliás, é um dos pontos mais importantes da internação. 

Como estamos falando de pacientes que exigem cuidados intensivos, ter alguém 24 horas por dia para acompanhar a evolução do quadro e os eventuais percalços faz toda a diferença.

É também sobre humanizar o processo e oferecer o que a medicina tem de melhor para ajudar na luta contra a dependência.

Tratamento de todas as perspectivas

Além de desintoxicar o organismo, o paciente internado precisa trabalhar na sua recuperação em diversas perspectivas: emocional, física e também social. 

Esse trabalho permite que o indivíduo tome consciência da própria trajetória e entenda como o uso de drogas trouxe impactos negativos para a sua vida e daqueles que ama. 

É um processo de aceitação, reconhecimento e ação para mudar a realidade, sempre acompanhado de perto por especialistas.

Quais são os tratamentos disponíveis em um clínica para dependentes químicos

Ainda que a associação mais comum às clínicas de recuperação seja com a internação, esse não é o único tipo de serviço oferecido. Para ficar mais claro, vou falar dos tipos de tratamento disponíveis nas unidades do Grupo Recanto.

Acompanhamento para dependência química

Quando a dependência química se transforma em uma realidade, o seu enfrentamento pode parecer uma batalha perdida.

Já vi esse sentimento refletido na expressão de muitos pacientes e familiares que passaram por aqui. 

Mas, da mesma forma como as doenças crônicas são tratadas e controladas, o mesmo pode ocorrer com o uso abusivo de álcool e drogas.

No Grupo Recanto, o método de tratamento foi criado a partir de protocolos com respaldo científico. 

Ele prevê uma abordagem humanizada e individualizada do paciente, na qual são considerados os contextos biológico, psicológico e social. 

É o que se chama de abordagem biopsicossocial, que permite olhar para as especificidades para entender a trajetória do indivíduo, as suas dores e perspectivas. 

Isso leva o paciente a alcançar um estado de consciência que ajuda a entender o seu problema e as limitações criadas pela doença. 

Também é adotado o método de terapia racional emotiva (TRE), no qual o dependente químico é ensinado a lidar com as expectativas criadas com base em crenças irracionais, tornando-se menos vulnerável às armadilhas criadas pelas próprias emoções. O fio condutor para todo esse tratamento é o Programa dos 12 Passos, criado nos Estados Unidos em 1935 para o tratamento do alcoolismo e, hoje, amplamente utilizado para lidar com diferentes compulsões.

Tratamento ambulatorial

Algumas clínicas oferecem tratamento ambulatorial.

O objetivo é, encontro após encontro, chegar à origem do trauma que desencadeou a dependência química. 

No Grupo Recanto, o foco vai para a internação (tratamento sobre o qual comento a seguir), mas é possível encaminhar o paciente também para a psicanálise, se assim desejar.

Vale destacar, porém, que a abordagem da psicanálise não exclui o acompanhamento específico para a dependência química.

Internação

Ainda que a internação seja um recurso recomendado quando outras alternativas não se mostraram eficazes, ela pode ser uma aliada importante para mudar o cenário de vez e trilhar um caminho de recuperação. 

Ela é recomendada para casos mais graves, que necessitam de cuidados intensivos.

Trata-se de uma oportunidade de resgate que, quando conduzida de maneira séria e com a estrutura adequada, oferece resultados. 

No caso dos centros de tratamento do Grupo Recanto, a aposta é utilizar espaços aconchegantes, construídos em áreas arborizadas. 

O objetivo é permitir que etapas como a de desintoxicação, que pode ser tão difícil para o paciente, sejam desenvolvidas com o máximo de suporte e tranquilidade. 

Outro ponto crucial é a disponibilidade de uma equipe multidisciplinar especializada no assunto.

Quais são os sinais que apontam a internação como o melhor tratamento para o drogado

Como comentei, a internação não deve ser a primeira alternativa considerada para o tratamento do dependente químico. 

No entanto, quando outros modelos terapêuticos já foram adotados e não houve melhora, pode ser necessário considerar a opção. 

Outro ponto importante é avaliar a presença de crises constantes e prejuízos severos tanto em termos de saúde quanto na vida social e familiar. 

O ponto central de internar alguém que faz uso abusivo de álcool e drogas é permitir que o tratamento seja conduzido em uma ambiente tranquilo, que ofereça condições e segurança para o paciente.

Com a crise estabilizada, fica mais fácil dar seguimento a outras medidas menos invasivas de suporte.

Como escolher a melhor clínica de reabilitação para dependentes químicos

Todo o processo só vai ser efetivo se realizado em uma instituição séria, que ofereça estrutura, comprometimento e profissionais qualificados.

A minha primeira dica é, então, separar um tempo para realizar uma pesquisa. 

Verifique as opções disponíveis e faça um levantamento das características delas. 

Você conhece, por exemplo, alguém que já tenha sido internado na clínica? 

Qual é a avaliação das pessoas sobre ela?

Em termos legais, todos os documentos necessários estão regularizados? 

Buscar respostas para essas e outras perguntas é o passo inicial para garantir a escolha de um lugar que realmente promova a reabilitação do paciente e seja um espaço seguro. 

Em seguida, é indispensável visitar o local para conhecer a estrutura física e saber mais sobre os métodos terapêuticos adotados. 

Ao entender os processos e conhecer o objetivo de cada um deles, fica mais fácil desenvolver a confiança necessária. 

Como diretor do Grupo Recanto, sempre defendo a importância de ir em busca do que existe de mais inovador na área da saúde, sem abandonar um princípio central: o de defender a valorização e o respeito ao ser humano. 

Na prática do dia a dia, isso significa compreender as individualidades, o ambiente sociocultural no qual o paciente sempre esteve inserido, as suas vulnerabilidades e também potencialidades. 

Outras dúvidas frequentes sobre clínicas para drogados

Quando o assunto é clínica de recuperação, são inúmeras as perguntas que aparecem repetidamente. 

A seguir, trago as respostas para três das mais comuns. 

Quais são os tipos de internação disponíveis?

Atualmente, a legislação prevê três tipos diferentes de internação. 

A mais comum delas é a voluntária, que ocorre com o consentimento do paciente. 

Ou seja, ele entende que precisa de ajuda especializada, concorda com o tratamento e assina uma declaração, por livre e espontânea vontade, de que deseja ser internado. 

Outro modelo é a internação involuntária, que ocorre sem o consentimento do paciente e a pedido de terceiros. 

Ela pode ser solicitada em casos mais extremos, quando o paciente já perdeu a capacidade de tomar decisões e ponderar sobre o risco que representa para si e para as pessoas ao seu redor.

O mais comum é que a solicitação seja feita por familiares ou por um responsável legal. 

Na falta deles, a legislação vigente permite que servidores das áreas da saúde, assistência social ou de órgãos vinculados ao Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad) realizem o pedido. 

Em qualquer um dos casos, é preciso seguir o protocolo de realizar o pedido por escrito, que é analisado pelo médico responsável. 

Caso o pedido seja aceito, o estabelecimento tem uma prazo de até 72 horas para informar o Ministério Público do estado em questão sobre a internação e os motivos para que ela aconteça.

Por fim, há a internação compulsória, que é a menos comum entre as três. 

Ela ocorre a partir de medida judicial e independe da vontade expressa do indivíduo ou da sua família. 

Em geral, é a resposta do juiz a uma solicitação de caráter médico, feita por um especialista.

O dependente internado pode receber visitas?

Não existe uma definição específica que diga se o paciente pode ou não receber visitas, ainda que a prática seja bastante comum. 

Em alguns casos, o que pode acontecer é a existência de uma orientação médica para evitar contatos que possam despertar gatilhos ou a agressividade no paciente. 

Então, a não ser em casos muito específicos, o contato com a família não só é permitido como também incentivado. 

Nas unidades do Grupo Recanto, por exemplo, a ideia é que seja construída uma relação amistosa e de diálogo entre os profissionais envolvidos no tratamento, o indivíduo e a sua família desde o início. 

Esse contato fortalece os vínculos e permite estabelecer uma relação baseada na escuta, que sempre tende a ser mais sólida e a render bons resultados.

Quanto tempo o dependente fica internado?

Essa é uma das primeiras perguntas que os familiares costumam fazer, na ânsia por ver a pessoa que amam recuperada. 

No Grupo Recanto, o método de tratamento prevê uma abordagem biopsicossocial por 6 meses (180 dias).

Esse prazo foi definido ao longo de anos de prática e com base em contribuições científicas para os melhores resultados.

Conclusão

Tomar a decisão de recorrer a uma clínica de reabilitação não costuma ser escolha fácil para o paciente e para a sua família. 

Por outro lado, é um passo importante para admitir que a dependência química é um problema e que precisa de tratamento.

Como mostrei no artigo, nem sempre a internação é uma medida que se impõe.

Porém, quando indicada, ela pode fazer toda a diferença na recuperação.

Se você ainda está com dúvidas sobre o assunto e deseja conversar, preencha o formulário abaixo e aguarde o contato da equipe de especialistas do Grupo Recanto.

Nós ligamos para você